Majur lança, nesta quarta-feira (12), seu primeiro disco de inéditas, chamado Ojunifé. O nome vem do idioma iorubá e significa ‘olhos do amor’, simbolizando o amadurecimento pessoal e artístico da cantora soteropolitana e dando o tom do atual momento de sua carreira. Com participações de Luedji Luna e Liniker, produção assinada por Ubunto e Dadi e direção musical da própria artista, o álbum explora as diversas facetas dessa nova Majur, indo a fundo em suas vivências, amores e reflexões.
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Ojunifé vem sendo concebido há pelo menos dois anos e reflete os aprendizados que Majur obteve durante esse período, e o nome (“olhos do amor”) vem exatamente para celebrar esse momento de plenitude, em que ela consegue olhar-se com o amor que merece. É um trabalho de força e fé na Majur do presente, que tem muito a compartilhar com o mundo, a exemplo do mantra de auto aceitação que é a faixa “Flua”, a segunda da tracklist – “Se deixa viver/Passarinho voa além/Diversidade não tem refém/Eu posso ser que eu quiser ser”.
É sob essa ótica, do amor pleno por si, que Majur navega por reflexões sobre afeto, orgulho e outras vivências. Em “Aquário”, ela está alerta a um relacionamento que não faz bem, e entende que deve seguir em frente, sozinha. “Desculpa, mas, comigo não vai dar/Essa história, eu sei onde chega/Bem que eu quis acreditar/Você não quis acertar, então”. A narrativa desemboca em “Rainha de Copas”, em que Liniker faz coro com Majur, numa faixa sobre o amor próprio necessário para finalizar um relacionamento abusivo (“Você pediu agora aguenta/Pegou pressão, não se esquenta não/Rainha de copas do baralho/Brincou de gato e rato/Cria de naja, não brinca não”). A faixa é, segundo a cantora, o “ponto alto do disco”.
É sob essa ótica, do amor pleno por si, que Majur navega por reflexões sobre afeto, orgulho e outras vivências. Em “Aquário”, ela está alerta a um relacionamento que não faz bem, e entende que deve seguir em frente, sozinha. “Desculpa, mas, comigo não vai dar/Essa história, eu sei onde chega/Bem que eu quis acreditar/Você não quis acertar, então”. A narrativa desemboca em “Rainha de Copas”, em que Liniker faz coro com Majur, numa faixa sobre o amor próprio necessário para finalizar um relacionamento abusivo (“Você pediu agora aguenta/Pegou pressão, não se esquenta não/Rainha de copas do baralho/Brincou de gato e rato/Cria de naja, não brinca não”). A faixa é, segundo a cantora, o “ponto alto do disco”.
É com um olhar carinhoso para si mesma que a cantora se percebe plena, orgulhosa da mulher que é. “E como se fosse certeza, te jurei meu amor/Se nos transpassasse mil vidas, memória vividas/Se eu pudesse escolher, te amaria de novo/E de novo, E de novo”, ela canta em “De novo”, a faixa de encerramento, na qual ela parece falar com a Majur de anos atrás, declarando seu amor incondicional por ela. E para entender cada vez mais sobre este universo do novo disco da cantora e mergulhar em todos os seus sentimentos, o PopNow bateu um papo exclusivo com a Majur, que você confere logo abaixo!
- O que significa a palavra ojunifé para você? E como ela se relaciona com este trabalho?
Majur: Ojunifé significa ‘olhos do amor’, e para mim tem grande importância na minha vida, com significados diferentes mas em relação ao álbum acaba que virou uma carta aberta à mim mesma, depois de tanto resistir e batalhar, analisar o local aonde estou hoje, entender meu percurso, quem eu sou. Estou mais madura, e mais consciente das minhas escolhas, principalmente do meu corpo. - Qual é a menagem que você deseja passar ao público com este disco?
Majur: Uma mensagem de liberdade! Dentro da construção do álbum eu precisei falar sobre a minha existência, que é algo que a gente resiste, para existir, e acredito que todas as experiências, perpassam umas pelas outras, fazendo a gente crescer, ter senso crítico, ter novas ideias, e acho que com as minhas experiências, as pessoas que estão me vendo possam ter coragem para serem elas mesmas, assim como eu sou eu mesma. É a minha vida sendo aberta pro mundo, inspirando a viver. Estou muito orgulhosa e emocionada de estar rompendo tantas barreiras - Percebemos que para a pré divulgação deste disco, você divulgou algumas imagens que apresentam já o visual do que está por vir, o que essas fotos significam para o disco?
Majur: Para essa sessão de terapia, que é esse projeto, cada foto divulgada do editorial, lançado antes do site, tem uma referência à minha ancestralidade e a minha vida e um propósito, e passa uma mensagem sobre o disco, sobre todo o caminho que eu vou falar no álbum, desde a foto que representa uma cobra, o orixá da riqueza e tem um significado muito grande da minha casa, de onde eu sou. A foto vermelha que significa a mulher forte e viril que tá chegando, e se transformou e até a última foto de Iemanjá que eu simboliza o começo, o meio e o fim, de toda essa história, foi onde eu me agarrei e tive fé para chegar até aqui. - Tem alguma faixa que você tem um carinho mais especial?
Majur: Tem parcerias no álbum que eu amo muito e significam muito para mim, como é o caso de Liniker que era uma grande referência lá atrás pra mim, e teve também um significado muito grande na minha carreira, então poder contar com ela neste projeto, realmente é incrível, e tem uma música em específica que eu sinto que é muito importante pra mim, que se chama ‘De Novo’ e fala sobre um questionamento que eu tive muito medo por anos na minha vida, que sempre me perguntavam se eu pudesse escolher, se eu viveria toda minha vida novamente, e eu nunca soube responder pois mesmo num estado de amor próprio e de valorização da minha vida, eu não sei se gostaria de enfrentar todo o preconceito que tive que enfrentar na minha vida, então essa canção reflete muito isso e é bastante especial. - E sobre a sonoridade do disco? Como você explorou ela? E as letras, mergulham nesse universo amor e aceitação?
Majur: Vai ter sons alternativos, muito pop, vai ter jogação sim, muita gente me perguntando sobre. Uma frase que eu tenho desse disco, e que agora vocês vão saber com o manifesto, é: ‘amem, para ter coragem e acredite para chegar em algum lugar, isso faz toda a diferença’. Esse disco vai falar sobre auto amor, sobre se amar e ter coragem para chegar nos nosso sonhos e alcançar, até porque nós somos os únicos responsáveis por eles e mais ninguém. Ojunifé é AfroPop, toques alternativos, claves de matrizes africana e indígena, em harmonia com o beat no pop, soul, R&B - Olhando sua trajetória até agora, qual o momento mais te marcou, que você leva com muito carinho nas lembranças?
Majur: Eu acredito que a história de quando Liniker estava em Salvador, ela ia se apresentar por lá e acabou passando por um problema técnico pois a produção não levou um violão que ela precisava para se apresentar, e equipe dela acabou entrando em contato comigo, para justamente eu poder ajudar nisso. E não apenas isso, Liniker queria me conhecer, e que eu levasse o instrumento até o local pessoalmente. E o universo conspira ao favor né, pois chegando lá eu subi no palco com ela e cantei pela primeira vez pra quase 800 pessoas, e foi um momento muito importante na minha carreira, o inicio da minha visibilidade. - Como foi seu processo artístico durante a quarentena? Foi proveitoso? Ou gerou algum bloqueio?
Majur: Foi exatamente o que fez o meu álbum nascer, durante a quarentena eu tive um grande tempo para focar em mim, cuidar de mim, me entender cada vez mais, e nesse processo acabou que foram criadas das faixas par este disco, nesse processo de justamente me aceitar e me amar, cada vez mais! - O que podemos esperar dos próximos passos da Majur após a divulgação do novo disco? Clipes novos? O que planejou para 2021?
Majur: É justamente o meu grande passo deste ano, está sendo justamente este álbum que chega nas plataformas hoje, e eu pretendo sim fazer vários clipes, estou super animada com isso pois queria sim fazer um projeto visual, onde cada faixa possa ter sua representação em vídeo, e espero que isso aconteça!
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