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Oscar

Oscar 2023 tem cerimônia arrastada e perde chance de retratação um ano após tapa

Jimmy Kimmel hosts the live ABC telecast of the 95th Oscars® at the Dolby® Theatre at Ovation Hollywood on Sunday, March 12, 2023. Foto: Divulgação / The Academy / PhotoShelter

Ah, o Oscar… A principal premiação do cinema mundial aconteceu em Los Angeles, Califórnia, na noite deste domingo (12). Reunindo grande parte dos maiores astros e estrelas da sétima arte, a premiação, comandada por Jimmy Kimmel, contou com diversos momentos que chamaram a atenção. A falta de representatividade feminina e uma não retratação a Academia após o vexame entre Chris Rock e Will Smith no ano anterior, deram lugar a piadas ruins e momentos de constrangimento.

A tentativa forçada de aplicar ao Oscar uma dinâmica mais animada, acaba se contradizendo com a proposta de uma cerimônia pouco diversa, com atos musicais que beiram a mesmice e de nada atraem o público mais jovem. Nas redes sociais, chovem críticas, tanto à questão da organização, quanto ao evento em si.

Se levarmos em consideração a transmissão oficial, sem a presença questionável de Ana Furtado, que comandou o especial para a TV brasileira, o evento parece datado e cansativo. Até para aqueles que acompanham o cinema e apostam seus filmes queridos na premiação, a falta de dinamismo dialoga com a perda de espectadores ao qual vem sofrendo.

Na prática, o que aconteceu:

Jimmy Kimmel entra no palco saudando o público usando uma espécie de pára-quedas. Dessa forma, fazendo alusão a “Top Gun: Maverick“, longa estrelado por Tom Cruise e continuação do filme do mesmo nome, o humorista engata em um monólogo chato, sem dinamismo e com momentos de constrangimento. Ao interagir com os famosos, critica a própria Academia pela ausência de figuras femininas concorrendo nos principais prêmios, como o de “Melhor Diretor”.

Ao levar prêmios técnicos para a cerimônia principal, os discursos eram erroneamente cortados de uma maneira que deixava os vencedores das categorias, ainda incrédulos e celebrando seus respectivos Oscars, a se portarem de maneira ambígua. Afinal, tão importante quanto a estatueta é a mensagem de agradecimento, que por inúmeras vezes foi cerceada aos vencedores.

Ainda assim, um dos momentos que mais marcaram o sentimento “sem noção” das brincadeiras foi quando Kimmel leu algumas perguntas de fãs. Ao chamar a ativista e vencedora do Nobel Malala Yousafzai, que estava no evento por ter atuado como produtora-executiva do filme “Stranger at the Gate“, fez uma pergunta sem sentido.

“Seu trabalho nos direitos humanos e educação para mulheres e crianças é uma inspiração. Como a mais jovem vencedora de um Prêmio Nobel da história, eu gostaria de saber: você acha que Harry Styles cuspiu em Chris Pine?”.

Visivelmente descontente e desconfortável com a situação, a ativista respondeu: “Eu só falo sobre a paz”. 

Posteriormente, no Twitter, Malala fez uma publicação onde escreveu: “Trate as pessoas com gentileza”, em resposta ao acontecido.

Outros momentos

O tom cético dos apresentadores do Oscar é quase que uma característica onipresente a cada ano. É de se esperar que o host da noite faça críticas e utilize de deboche em situações durante a cerimônia, mas Kimmel perdeu a mão ao citar inúmeras vezes o indigesto ato de violência física protagonizado por Will Smith e Chris Rock no ano anterior.

“Nós temos uma política de segurança dura. Se alguém nesse teatro cometer um ato de violência em qualquer momento da cerimônia, você receberá o Oscar de melhor ator”, disse Kimmel, que continuou: “É sério, a Academia tem um time de crise. Se algo imprevisível ou violento acontecer durante a cerimônia, faça o que fizeram no ano passado: nada! Sentem aí e não façam nada, talvez até deem um abraço para o agressor”.

Por fim, o humorista apareceu na transmissão mostrando um quadro com um contador de dias sem incidentes desde a última cerimônia.

E as apresentações?

Concorrendo na categoria “Melhor Canção Original”, Rihanna protagonizou uma das melhores apresentações da noite. Deslumbrante e acompanhada de uma orquestra, a cantora apresentou a faixa “Lift me up”, trilha sonora de “Pantera Negra: Wakanda Para Sempre”.

Dessa forma, a performance rendeu à cantora um dos momentos de maior protagonismo no evento. Apesar de não levar a estatueta para casa, o prêmio de “Melhor Apresentação” ela tem.

Também concorrendo na mesma categoria, Lady Gaga surgiu basiquinha numa performance acústica e intimista de “Hold My Hand”, faixa da trilha de “Top Gun: Maverick”.

Mas foi levando a cultura indiana para o principal evento do cinema mundial que as apresentações realmente ganharam destaque. “Naatu Naatu“, trilha do filme “RRR“, vencedora na categoria “Melhor Canção Original” que rendeu um dos momentos mais divertidos de todo o evento.

Pontos positivos

Michelle Yeoh accepts the Oscar® for Actress in a Leading Role during the live ABC telecast of the 95th Oscars® at the Dolby® Theatre at Ovation Hollywood on Sunday, March 12, 2023. Foto: Divulgação / The Academy / PhotoShelter

Mas nem só de críticas se faz o Oscar, há muito o que louvar a premiação. Pela primeira vez, uma mulher asiática venceu na categoria “Melhor Atriz”. Michelle Yeoh, nascida na Malásia, começou sua carreira em Hong Kong e vem conquistando o mundo. A estatueta foi entregue por Halle Berry, primeira mulher negra a vencer a categoria.

Além disso, Brendan Fraser, conhecido por trabalhos como “A Múmia” e “George, o Rei da Floresta”, saiu do ostracismo e se sagrou vencedor na categoria “Melhor Ator”, por sua atuação em “A Baleia”.

E agora?

Com mais de 3 horas de duração, cabe uma reflexão à Academia, entidade responsável pela organização do evento, sobre o formato e duração do Oscar. Com o avanço das redes sociais, a comunicação com o público jovem não é mais a mesma, necessitando de uma visão única para isso.

Se por um lado, plataformas como a Netflix passaram a superar a resistência dos criadores “tradicionais” ao ter suas produções indicadas – diga-se de passagem, “Nada de novo no front”, filme alemão que levou boa parte das premiações para casa – dá oportunidade para mais representatividade.

A ausência de diversidade entre os indicados também é outro ponto que vem sendo levantado nos últimos anos. Como não se lembrar do movimento #OscarsIsSoWhite, que rendeu críticas à organização ao apresentar pouca representatividade étnica. Não à toa, o próprio apresentador criticou o alto número de pessoas brancas e a ausência de mulheres como indicados nas principais categorias. Veremos o que será feito.

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Jornalista, publicitário e diretor de jornalismo do PopNow, trabalha na área há 8 anos. Amante de música Pop e uma boa leitura, já foi a tantos shows que nem consegue lembrar. Já cobriu eventos como Rock in Rio, Lollapalooza Brasil, conheceu o Papa e busca o sucesso do portal.

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