O cantor e compositor Siamese lançou recentemente seu projeto visual “Overdose Sessions”, uma nova versão do EP lançado em 2019.
Assim como o EP original, o projeto visual conta com cinco canções, sendo elas “Iguais”, parceria com a banda Tuyo; “Bixa no Rap”, parceria com Danna Lisboa; “Vai Voltar”, com Boombeat; “Fim”, que ganhou um novo arranjo especialmente para esse projeto; E por fim, “Overdose”, que dá nome ao EP.
Dirigido por Willian Klimpel e Siamese, o projeto é a realização de um sonho de longa data do artista e ele contou um pouco sobre pra gente.
PN: Como é ser um artista negro-não binário LGBTQI+ na cena musical independente de Curitiba? A cidade é acolhedora?
O fato de ser uma corpa QUEER e preta com certeza influencia na forma de como a sociedade recebe meu trabalho.Não podemos esquecer que vivemos num país racista e cheio de preconceitos, aqui em Curitiba não é diferente, mas foi aqui que conheci pessoasque incentivaram a me libertar de padrões reproduzidos pela heteronormatividade. Conseguir me conectar com meu verdadeiro“EU” e experimentar ser quem sou. Nasci no interior do Paraná, numa cidade muito pequena, e por mais “conservadora” que possa ser Curitiba, foi aqui que vi a possibilidade de tornar minha arte possível. Hoje comando e produzo o Bloco Fogosa, primeiro bloco de carnaval com a temática Queer e sonoridade pop, Hip Hop e eletrônico a desfilar no carnaval tradicional de Curitiba.Desde o meu primeiro lançamento busco trabalhar e dar o protagonismo a pessoas pretas, mulheres e LGBTQIA+, produzir com quem a gente se identifica e acredita torna o ambiente mais acolhedor, acredito que quando temos o poder de escolha devemos fazer parte de mudanças necessárias pra uma sociedade mais plural e diversa.
PN: Seu último lançamento foi o “Overdose Sessions”, em parcerias com Tuyo, Danna Lisboa, Boombeat e Klüber. Como foi a experiência de tocar com esses artistas e para você o que significa essas parcerias no meio musical independente?
Foi uma experiência incrível trabalhar com artistas que admiro, além de parceiros na música tenho o privilégio de ter a amizade deles, isso torna o projeto ainda mais especial. É sempre bom estar perto, compartilhar momentos e experiências juntes, cada conversa é um aprendizado, uma troca saudável e transparente. Sinto que fazer parcerias, principalmente no cenário independente, nos dápossibilidade de enxergar nossa arte e a oportunidade de aprender e ampliar a visão sobre formas de como produzir. Cada artista tem sua individualidade, tanto de estilo musical quanto de personalidade, isso cria uma rede onde nossos universos se encontram e criamos algo único para ambos os públicos.A gente fala um pouco de como foi o processo de criação das músicas no documentário que produzimos nos bastidores do Overdose Sessions, serão 5 episódios com lançamento de 1 por semana no meu IGTV, o primeiro episódio já está disponível. Podem aguardar mais novidades e uma mistura gostosa, porque logo tem o lançamento do remix das faixas com a Boombeat, Danna Lisboa e Tuyo. Em “IGUAIS” remix tem produção musical do Machado da Tuyo assinado pelo seu selo FLWVLW, a faixa “BIXA NO RAP” remix tem produção musical do Tirado e a faixa “VAI VOLTAR” remix tem produção musical da Veronicat.
PN: Em 9 de fevereiro do ano passado foi gravada a faixa “Overdose” na Sofar Curitiba edição Summer 2020. A gravação estreou recentemente no youtube, em 20 de abril desse ano. Como foi a experiência de tocar no Sofar?
Cantar no Sofar foi uma experiência única, tem o fator das pessoas não saberem quem vai se apresentarem cada edição, isso é muito legal e pra mim foi uma sensação nova, o ambiente é bem intimista e deixa você mais próximo de público, é interessante ver como cada pessoa reage música a música. O SofarSounds é reconhecido mundialmente e é importante e urgente ocuparmos espaços que não nos víamos antes, eu tinha o desejo de performar no Sofar e fiquei feliz com o convite em fazer parte da edição Summer 2020, inclusive foi um dos últimos shows que fiz presencialmente antes da pandemia, a produção do evento me recebeu muito bem e o público se jogou na minha performance. Estou ansioso para novas oportunidades de cantar em outras edições ao redor do mundo.
Quero agradecer a vocês do Pop Now pelo espaço e suporte, fiquei feliz em poder mostrar um pouco da minha arte e trocar essa ideia com vocês. Obrigado pelo carinho e me acompanhem nas redes socias e plataformas de streaming. Um Beijo, Siamese.
“Overdose Sessions” é um projeto realizado com recursos do programa de apoio e incentivo à cultura – Fundação Cultural de Curitiba, da Prefeitura Municipal de Curitiba e do Ministério do Turismo.
Para acompanhar Siamese nas redes sociais e ficar por dentro dos próximos lançamentos:
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