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Dado Villa-Lobos. Foto: Divulgação

Rock

Dado Villa-Lobos faz estreia nacional do show Exit no Casa Natura Musical

Dado Villa-Lobos. Foto: Divulgação

Na sexta, 10 de agosto, às 22h, na Casa Natura Musical, o cantor Dado Villa-Lobos estreia o show do seu quarto disco solo, Exit (Rockit!, lançado em dezembro de 2017). Dado sobe ao palco da Casa Natura Musical acompanhado por Lucas Vasconcellos (guitarra), Mauro Berman (baixo), Roberto Pollo (teclados e programações) e Lourenço Monteiro (bateria). No repertório, as novas BlueFogueira de Natal 7 x 1, além de alguns sucessos de sua carreira, como Beleza Americana e Tempo Perdido.

Dado Villa-Lobos (Bruxelas, 29 de junho de 1965) é músico, produtor, integrante do grupo musical Legião Urbana, compôs em parceria com Renato Russo Marcelo Bonfá algumas das canções mais representativas da recente história da música brasileira. À frente de sua produtora Rockit!, lançou e produziu uma série de artistas da geração 90 e 2000 como Dinho Ouro PretoToni PlatãoMoreno VelosoUltramen Chelpa Ferro. Premiado compositor de trilhas sonoras para o cinema – Bufo & Spallanzani (prêmio de melhor trilha sonora no Festival do Cinema Brasileiro, em Miami), O Homem do AnoPro Dia Nascer Feliz (vencedor do Kikito de Melhor Trilha Sonora no Festival de Gramado de 2006) entre outros, faz da criação musical seu ofício. Com o lançamento de sua carreira solo em 2005, voltou aos palcos com o projeto MTV apresenta: Dado Villa-Lobos | Jardim de Cactus. Lançou seu segundo CD O Passo do Colapsono final de 2012 e, em maio de 2015, lançou o livro Dado Villa-Lobos, memórias de um legionário. Em 2018, volta com novo trabalho Exit, um êxito na busca do reencontro com o que se entende por música.

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O cantor e guitarrista Dado Villa-Lobos lançou três álbuns solo e compôs para nove trilhas de cinema desde 1996. Portanto, é meio natural que o quarto solo seja, ele também, uma trilha sonora – só que para um filme que não existe. Porque tanto pode ser escutado como coletânea de canções quanto sucessão de ambientes quase visuais.

EXIT é este disco. O título em inglês de cara lança no ar algumas questões. Sair de onde? Da vida? Do Brasil? Do passado na Legião Urbana? A saúde bem cuidada aos 52 anos descarta a primeira das opções. Nascido em Bruxelas, Bélgica, este filho de diplomata há tempos poderia ter dado no pé do país que se recusa a abandonar o século XX (talvez o XIX). Menos uma opção. Sobra sair do passado legionário? Também não.

O Dado solo nunca se relacionou mais que tangencialmente com ele. Aliás, sempre foi assim com todos os legionários, cientes de que, juntos, possuíam uma coisa especial demais para se reproduzir palidamente em trabalhos individuais. Renato Russo cantava em inglês e em italiano. Marcelo Bonfá se agasalhou numa cold wave cheia de teclados. Renato Rocha retornou para o hardcore de onde tinha vindo.

EXIT do que, então? Cada ouvinte responderá de onde, conforme enveredar pelas 11 faixas produzidas por Estevão Casé Lucas Vasconcellos. Elas apresentam uma tal alternância de climas que sugerem várias respostas, todas reflexivas, remetendo a facetas já presentes nos trabalhos anteriores de Dado ou acrescentando cores à sua paleta sonora.

Pegue-se, por exemplo, a faixa de abertura de EXIT, Sete a um, parceria de Dado com Nenung Gabriel Muzak. Mesmo cantada em português, soa como uma faixa inédita dos Stones – caso eles ainda tivessem algum vigor criativo. Havia uma música assim no último CD de Dado, O Passo do Colapso (2012). Chamava-se Tudo bem. Se nela havia a concisão de três guitarras, baixo, bateria & percussão, Sete a umestá expandida para coros e seção de sopros. Um antiépico batizado pelo Mineiraço da Copa de 2014 para falar das goleadas que tomamos no dia a dia: “Eu pago para não saber / Não ter que olhar para frente / Jurei que vou disfarçar / Meu desespero latente…”

Corta para Fogueira de Natal, outra parceria de Dado com Nenung. Corta mesmo. O coro e os sopros estão lá, mas a pegada é completamente diferente. Uma balada que alude ao episódio em que Renato Russo botou fogo na clínica onde estava internado para se desintoxicar. É disso que trata o refrão: “O Natal foi fogo / O fogo fui eu que comecei / Quem sabe o Ano Novo / Me devolva o que eu sonhei.” Triste e bonito.

A terceira faixa, Blue, é mais uma tabelinha entre Dado e Nenung, alma das bandas Os The Dharma Lóvers Projeto Dragão. É uma road song que fala em carros, sinais, retrovisores. Há, na letra, a serenidade zen típica do músico gaúcho: “E o que virá, é o que virá / Não importa mais, já não sigo só.” Dado não está só, literal e metaforicamente. Além da banda-base de EXIT, formada por Lucas Vasconcellos (guitarra), Mauro Berman (baixo), Roberto Pollo (teclados) e Lourenço Monteiro (bateria), ele parece ter encontrado em Nenung seu novo parceiro ideal.

Nenung era coautor de uma das 14 músicas de Jardim de cactus, o primeiro álbum solo (gravado em 2005, mas lançado em 2010), e de cinco das 12 músicas de O Passo do Colapso. Em EXIT, Nenung aparece nos créditos de sete das 11 faixas. Além das três já mencionadas, em A Saudade dos UnicórniosPartidaRespeito Voltando pra Escola. Esta encerra o álbum de um jeito suave que remete a Por Enquanto, última faixa do primeiro LP da Legião. Sobre sons de crianças captados na porta de uma escola e com citação a Every Little Counts, música do New Order, Dado canta “o presente é um caminho sem volta / E por ele brinco / Outra vez voltando pra escola / É como me sinto”.

Essa humildade se verifica, na prática de EXIT, na abertura para músicas dos parceiros. Há A bolha, do batera Lourenço, mordaz retrato das redes sociais. Há Integrado, de Domenico Lancelotti Bruno di Lullo, que se reveza no baixo do álbum com Mauro Berman. Há L’oeil du Drône, do guitarrista Lucas, cuja versão para o francês é de Dado. Ele também fez uma versão folk-suingada para I Don`t Know, dos Beastie Boys, chamada Então Vem, na qual conta com o backing vocal de Nina Becker.

EXIT foi pensado em termos de LP. As cinco primeiras faixas estariam no lado A. E as últimas seis, no B. Independentemente da mídia na qual o trabalho vier a ser ouvido, porém, ele transmite o cuidado de quem ainda acha a música importante. A atenção às diferentes sonoridades, aos recursos de um estúdio bem pilotado, à sequência mais expressiva para as faixas, à interpretação, enfim, atenção à experiência do ouvinte.

Saídas, afinal, são também entradas.

Casa Natura Musical:

Inaugurada em maio de 2017, a Casa Natura Musical celebra um ano e o fato de ter entrado para o mapa cultural de São Paulo como uma das mais charmosas e aconchegantes casas de shows do País. Com total visibilidade de qualquer ponto da plateia, a Casa oferece uma combinação de conforto e qualidade musical, configurando o palco ideal para abrigar nomes consagrados, novos talentos e projetos desenhados a muitas mãos. O acesso por transporte público é fácil, pois a Casa está localizada na esquina da rua Artur de Azevedo com a rua dos Pinheiros, entre as estações Fradique Coutinho e Faria Lima do metrô, próxima a linhas de ônibus e ciclovias.

O empreendimento soma as credibilidades dos empresários Paulinho Rosa, dono do Canto da Ema, e Edgard Radesca, fundador do Bourbon Street Music Club, à cantora e compositora Vanessa da Mata. Formaram assim a VIVÁ Cultural, empresa proprietária e realizadora do projeto. O patrocínio é da Natura, empresa que há 12 anos destaca-se pela atuação na valorização da produção contemporânea e da identidade musical brasileira por meio do Natura Musical. Uma novidade da casa, inspirada nas lojinhas de museu, é o espaço de experimentação de produtos Natura, com balcões de maquiagem e perfumaria e consultoria especializada.

Dado Villa-Lobos

Show de lançamento do CD Exit
Quando: sexta, 10 de agosto, às 22h
Abertura da Casa: 20h30

Ingressos:

Meia-entrada para todos os setores
Plateia mesa: R$ 100 (setor 2) e R$ 120 (setor 1)
Bistrô inferior: R$ 60
Bistrô superior: R$ 160
Camarote: R$ 180
Lotação para este show: 480 lugares
Classificação etária: 12 anos (menor de 12 acompanhado pelos pais ou responsáveis)

Casa Natura Musical

Rua Artur de Azevedo, 2134, Pinheiros, São Paulo
Ingressos sem taxa de conveniência na bilheteria da Casa
Ingressos podem ser pagos com dinheiro, cartões de crédito e débito
Horário da bilheteria: de terça a sábado, das 12h às 20h. Segundas e domingos, quando houver show. Em dias de espetáculo, a bilheteria fecha mais tarde, até uma hora após o início da apresentação.
Vendas de ingressos: Eventim
SAC Eventim: 4003-6860, das 11h às 17h, de segunda a sexta-feira
Vendas para pessoas com deficiência: 4003-6860

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Jornalista, publicitária, pós-graduada em Marketing, apaixonada por música e esportes e com experiência de cerca de dez anos na área do entretenimento. Leonina e workaholic, já atuei na produção e imprensa de eventos como Rock in Rio (2013, 2015, 2017, 2019, 2023), Lollapalooza Brasil, Maximus Festival e Olimpíadas Rio 2016. A música é como uma extensão da minha alma e a diversidade cultural e linguística me fascinam. Livros não podem faltar na minha estante, shows na minha agenda e esportes na minha programação dia-a-dia. Se pudesse me descrever em uma frase na atual fase da vida, esta seria: "Find what you love and let it kill you." BUKOWSKI, Charles.

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