Nathan Barone é jovem, mas tem uma trajetória musical e tanto: apresentado às artes quando era uma criança, participou do programa “Ídolos”, integrou uma boy band popular e, depois de sair em carreira solo, fez parcerias com nomes como King, Jerry Smith e Selva.
Atualmente, pode ser visto na websérie uRock!, que tem lançado episódios semanalmente no YouTube, e prepara uma série de novidades artísticas.
O PopNow bateu um papo com ele para saber mais sobre música, vida, produção artística, criatividade, quarentena e muito mais. Confere aqui embaixo!
POPNOW: Vamos começar com o básico: como surgiu o interesse pela música?
NATHAN: A minha relação com a música começou cedo. Eu tenho pessoas na minha família que vivem de arte e da música, então desde muito novo eu tive esse contato. A minha entrada no mundo artístico foi por todos os lados: modelo, ator, cantor, bailarino… Todas as coisas que eu podia ter experimentado desde cedo com relação a arte, eu experimentei. Ainda bem que isso aconteceu (risos), porque a gente descobre coisas muito boas nessa trajetória.
POPNOW: Como você chegou ao Fly?
NATHAN: Eu participei do “Ídolos” em 2011, escondido dos meus pais (risos), porque eles não queriam que eu participasse naquele momento, até porque seria melhor se eu tivesse mais experiência, mais contato com o palco, com o público. Enfim… participei do programa escondido e fui até a semifinal. Por causa dos vídeos do programa, que rolavam na internet e na TV, eu recebi um convite dos meninos para integrar no projeto Fly. Como era algo que eu queria muito, eu aceitei. Fiquei no Fly de 2013 até o final de 2016.
POPNOW: Em carreira solo, você lançou parcerias importantes, como Foda-se/Flores e Tá carente. São estilos bastante diferentes; como é, para você, trafegar entre os gêneros musicais?
NATHAN: Eu acredito muito que a música e as letras são formas de contar algo a quem ouve. Eu sempre tento unir um ritmo que dialogue com as coisas que eu componho… e me sinto livre pra poder entregar isso da melhor forma, independente do estilo musical. Eu posso trafegar entre estilos, porque as pessoas tendem a separar as músicas assim, porque o que me importa é contar histórias.
POPNOW: Ainda sobre a questão da carreira solo, gostaria de falar sobre a parte visual. No clipe de “Intro”, você beija a King, mas também um outro rapaz. Como foi o processo de criação do clipe?
NATHAN: A minha criatividade é muito louca e muito espontânea. Se em algum momento ela faz sentido pra mim, eu busco entregar exatamente o que eu tô visualizando. As pessoas que eu chamei pra fazerem parte da minha equipe são pessoas que têm essa sensibilidade e essa conexão comigo. Então elas conseguem reproduzir o que eu penso, seja o visual, a construção de cenário, figurino, as pessoas que estão em cena, enfim… Tudo isso tem que estar muito conectado. Esse papo de beijar uma menina e um cara, por mais que, nos tempos atuais, seja algo que talvez muitos ainda repudiam – o que é uma pena! -, é uma forma de expressar o que eu penso sobre o mundo. E o que eu penso sobre o mundo é uma coisa muito doida (risos)! Por isso que eu chamei o clipe de “Intro”, porque é o início do meu processo de expressar o que eu penso sobre relacionamentos entre pessoas. Isso não significa que sejam relacionamentos amorosos, mas sim relacionamentos entre pessoas, entre corpos.
POPNOW: Ainda sobre “Intro”: você diria que falar sobre bissexualidade é algo que faz sentido para você, como um todo, ou o clipe foi uma abordagem artística de algo que é comum a muitas pessoas?
NATHAN: Eu reproduzi algo artístico, porém entregando algo que eu penso sobre o mundo. O que eu penso, resumidamente, é que todos nós somos livres para fazer o que quisermos… Até porque o número de opções que a gente tem, e que infelizmente a sociedade diz que não temos, é gigantesca. Temos muitas opções sobre qualquer coisa. Sobre qualquer vontade, sobre qualquer sensação. Você pode usar o cabelo que você quiser, a maquiagem que você quiser, o sapato que você quiser. Independente do seu gênero. Isso vale também para a forma que você quer se relacionar sexualmente. Para mim, não importa. Se a sua escolha te faz feliz, é isso e ponto.
POPNOW: Como tem sido a pandemia pra você, artística e pessoalmente? Você tem criado durante o isolamento?
NATHAN: Esse “break” de correrias foi necessário pra mim. Pessoalmente, para crescimento interno, ressignificação de várias coisas, como o mundo, a família, as minhas questões internas, enfim… Foi extremamente necessário. Artisticamente falando, eu entreguei pro artista aquilo que ele tava precisando, que é paz. Paz em pensamentos, principalmente. A gente vive nessa correria, todos nós, de buscar sempre algo que a gente nunca sabe o que é. Isso estava me deixando alucinado, enlouquecido mesmo. Então eu dei criatividade ao artista, para ele descobrir o que ele faria naquele momento, e dei paz para ele parar de pensar em tudo o que ele precisava fazer. Eu busquei aprender a produzir musicalmente, por hobbie e por mim, para que eu possa lançar as minhas coisas com mais calma. Nesses meses de quarentena, eu criei um número razoavelmente grande de produções musicais, o que foi ótimo. Falando do ponto de vista artístico, sinto que houve uma evolução.
POPNOW: Falando sobre criar: temos projetos musicais novos a caminho? Você pode falar um pouco sobre eles?
NATHAN: Temos projetos sendo fomentados e criados. Quando serão entregues, eu não tenho ideia. Eu tenho produzido faixas, tenho conhecido outras pessoas que trabalham com composição, audiovisual… Talvez eu junte todas essas pessoas e crie algo muito legal para essas músicas e produções que eu tenho feito. Vamos jogar energia boa para que seja em breve.
POPNOW: Ouvimos dizer que você está em uma websérie. Você poderia, por favor, falar um pouco sobre ela?
NATHAN: Durante esse tempo de pandemia, eu fiz parte de alguns projetos. Um deles é a websérie uRock!, que se passa dentro de um ambiente escolar, em Santos. Foi uma entrega super legal; a equipe de atores, a produção… foram incríveis. O meu personagem é o Mika e ele está prestes a se formar na escola. Antes disso, porém, ele quer deixar a sua marca através de uma grande festa. Você pode saber mais sobre isso, é só ver a websérie, que já está disponível (risos).
POPNOW: Quais são os desafios de criar um personagem? Quais referências você utilizou para compor a personalidade e os trejeitos dele?
NATHAN: Eu acredito que, independente do personagem, o ator tem que ter alguma referência interna do que ele já presenciou ou vivenciou para criar algo vivo. Esse personagem da série é um garoto de família rica, cujo pai patrocina a banda mais popular da região. É o cara que senta no fundo da sala e que, se pudesse, ele deixaria a marca dele dando festas o tempo inteiro. Ele poderia explodir a escola, a verdade é essa. Eu busquei alguns trejeitos dentro de mim que poderiam compor o personagem e busquei em algumas vivências dessa jornada doida, de pessoas que eu conheci, de coisas que eu acho legais ou não… Até as coisas que eu não acho legal eu trouxe para o personagem. É tipo “isso aqui o Nathan Barone não faria, mas o Mika talvez fizesse”. A construção de qualquer personagem é muito legal. Inclusive nas minhas produções musicais. A cada entrega de história, às vezes eu mudo a roupa, o cabelo, a expressão corporal, mas sempre estou ligado ao que eu tenho dentro de mim.
POPNOW: Quais são as suas expectativas para os próximos meses, com relação ao mundo do audiovisual?
NATHAN: Eu espero que o meu crescimento e entrega no audiovisual sejam cada vez maiores na qualidade. Quando eu falo em qualidade, falo sobre a quantidade de entrega que eu consigo dar, seja em filmes, webséries, séries, novelas… Enfim. Obviamente, quero manter o meu trabalho musical. Eu acredito na necessidade de unir a música com o audiovisual e outras artes. Música, cores, danças… Tudo isso explode a minha cabeça. Eu nunca vou estar pronto e perfeito, mas quero, durante o processo de criação, entregar sempre o melhor.
POPNOW: Faça um convite para os nossos leitores, por favorzinho?NATHAN: Tem um programa que eu gravei na Record, “Canta Comigo – Teen”, que vai estrear agora, dia 4 de outubro… é um programa super legal! Eu participei como jurado, em um paredão de 100 jurados, e a gente recebeu, nesta temporada, crianças de oito a dezesseis anos que, eu juro para vocês, são talentosíssimas. São crianças que fazem coisas que eu nunca vi nem em apresentações internacionais. Falar com elas, aconselhar sobre um caminho a seguir, foi delicioso. Espero que vocês curtam!
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