Brasil
Skank anuncia fim e Samuel Rosa saíra em carreira solo
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Em comunicado oficial, a banda comemora o sucesso e fala sobre o legado deixado.
“Não precisa nem da decadência, nem da guerra para terminar alguma coisa” – Samuel Rosa.
“É um grande desafio pessoal para cada um. Pode ser extremamente saudável nos reinventarmos, tentarmos coisas diferentes, ter esse espaço para liberdade criativa”, completa o tecladista Henrique Portugal.
Tomada de rumos inesperados não é algo esquisito à banda. Basta lembrar que explodiram nos anos 90 com uma mistura de dancehall, rock e música brasileira e na virada do milênio deram uma guinada para sonoridade mais retrô, influências de Beatles, Clube da Esquina e mantiveram a estatura como banda com “Maquinarama” e “Cosmotron”.
“(Chegou a hora de) Cada um olhar para si. É hora de experimentarmos, ainda que demos com os burros n´água. Quero me testar fora do Skank, me ver em um círculo de músicos fora do que sempre transitamos. Há muito ainda a descobrir” – Samuel Rosa.
“Nosso grande compromisso é com o público e no cuidado com a carreira. Não acreditamos que é preciso estar em baixa para dar uma parada, não precisa ser trágico, nem problemático”, endossa o clima amistoso na decisão o baixista Lelo Zaneti.
Claro que dentro de uma banda que, de tão grande, se tornou quase um patrimônio nacional, a parada causa um certo frio na barriga.
“Quando parávamos era por seis meses. E ficávamos esses meses em estúdio para gravar um disco. Quando falei para pessoas próximas, a reação foi: ‘Até que enfim você vai descansar’. E quem disse que eu quero descansar?” (risos), afirma o baterista Haroldo Ferretti. “Mas o bom é inimigo do ótimo. Então vamos parar enquanto está bom pra cacete”, conclui.
Os quatro, mesmo sem combinarem, falam no timing estratégico de final de ciclo. “Mesmo que o Skank tenha tido mudanças dentro de sua estética até agora, certas coisas são impossíveis de mudar quando se trata de uma relação dos mesmos quatro indivíduos. Quem sabe se hoje individualmente não sejamos melhores do que coletivamente?”, questiona Samuel.
Henrique segue a mesma linha de raciocínio: “É legal ver nos shows atualmente uma nova geração, pessoas que conheceram a banda recentemente. É resultado de prezarmos pela qualidade e não pela quantidade. Dessa forma, conseguimos ter músicas conhecidas nas três décadas. Isso até hoje permitiu que não nos tornássemos covers de nós mesmos”.
Prova disso é que uma das músicas mais tocadas é o single recente “Algo Parecido”, que soma mais de 31 milhões de plays no Spotify e 12 milhões de views no Youtube. Que seja a senha para um próximo capítulo, que começa com a turnê e depois se divide em quatro.