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Opinião

Rua do Medo: por que os anos 80 e 90?

Hoje saiu a parte três de Rua do Medo, da Netflix, e, com certeza, não é uma rua em si e muito menos dá medo. Porém, o que mais achei incrível é a fidelidade do roteiro, cenários e intérpretes com a década de 1980 e 90. Mesmo no ano ponto que é 1978, e quando a história volta à época da Inquisição, parece que a série foi feita no tempo em que o futurismo era o hype e que a tecnologia chega ao mundo.

Às vezes você poderá se perguntar se está dentro de Stranger Things pela mistura de crianças em prol de uma cidade, ou mesmo pelo shopping como palco de luta, mas o enredo se diferencia e mostra uma outra parte dessa nostalgia que os produtores e roteiristas fizeram para que a geração das décadas finais do século XX imergisse.

É tudo muito bem pensado, e por mais que aconteça o já esperado, é exatamente o que você quer. A não ser pela reviravolta principal, que ainda consegue surpreender um pouco.

Ao retornar para uma espécie de época de Plymouth, misturada com os tempos em que se queimavam bruxas, os acontecimentos são tão amarrados e não deixam soltas pontas, que qualquer um consegue perceber o valor daquela história.

Jovens corajosos, uma crítica social ao preconceito contra homoafetivos, o julgamento de toda uma comunidade que não olha para os lados e até mesmo uma pitada de supremacia branca foi colocada, quando todos aceitam que a personagem preta foi quem seduziu a todos para o caminho do mal. Realmente, são todos esses contextos que enriqueceram a trama e a fizeram deixar de ser uma cidade x maldição da bruxa.

É possível ver algumas inspirações, como o homem boneco e uma espécie de Harlequina – ambos do Batman, um mascarado com um machado – Sexta-Feira 13, a caveira representando a morte – de Pânico, que inclusive utilizou uma cena clássica do filme, um deleite para a geração dos anos 90. Eu até as vezes senti uma pegada Thomas Hewitt e Michael Myers, que mata sua irmã e seu modo silencioso é colocado em um dos personagens.

De fato, preciso reiterar que não é nenhum pesadelo assistir, mas sim um momento que as crianças do começo da Geração Z poderiam querer para sentir uma nostalgia inquietante e surpreendente. Rua do Medo não superou nenhuma expectativa, mas trouxe alegria e um ótimo conjunto de fatores.

Sobre o cineasta

O cineasta brasileiro Daniel Bydlowski é membro do Directors Guild of America e artista de realidade virtual. Faz parte do júri de festivais internacionais de cinema e pesquisa temas relacionados às novas tecnologias de mídia, como a realidade virtual e o future do cinema. Daniel também tenta conscientizar as pessoas com questões sociais ligadas à saúde, educação e bullying nas escolas. É mestre pela University of Southern California (USC), considerada a melhor faculdade de cinema dos Estados Unidos.

Atualmente, cursa doutorado na University of California, em Santa Barbara, nos Estados Unidos. Recentemente, seu filme Bullies foi premiado em NewPort Beach como melhor curta infantil, no Comic-Con recebeu 2 prêmios: melhor filme fantasia e prêmio especial do júri. O Ticket for Success, também do cineasta, foi selecionado no Animamundi e ganhou de melhor curta internacional pelo Moondance International Film Festival.

*por Daniel Bydlowski

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