*Por: Bianca Luzetti
Nesta terça-feira, 26, o PopNow foi convidado para assistir o lançamento de The Resident, a nova série médica da FOX. Viemos contar aqui tudo o que achamos sobre ela e se vale a pena ou não acompanhar (porque sabemos que acompanhar séries é praticamente como criar um filho, exige muita responsabilidade e full atenção).
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Então vamos lá: a série é dirigida pelo australiano Phillip Noyce, diretor famoso por filmes como “Invasão de Privacidade”, “O Doador de Memórias”, “Salt”, a série “Revenge”, entre outros. Nos elenco podemos ver rostos conhecidos para quem é assíduo em séries: Matt Czuchry, Manish Dayal, Bruce Greenwood, Emily VanCamp e Shaunette Wilson.
O enredo se passa em um hospital em Nova Iorque onde o chefe de cirurgia é um médico muito famoso e conceituado, mas que está perdendo a habilidade das mãos e se nega a deixar seu cargo (mesmo que suas mãos trêmulas sejam um risco para os pacientes). Ao mesmo tempo, a série apresenta uma equipe jovem que trabalha no hospital e tem que lidar com os desafios da medicina e com o ego de profissionais mais experientes.
Um dos personagens principais, o Conrad (interpretado pelo ator Matt Czuchry), é um médico charmoso, habilidoso, fora do padrão e muito inteligente. Sabe aquele tipo de personagem que sempre tem sacadas geniais, é bonitão e todos amam? Normalmente esses personagens ficam muito manjados e surreais, mas o impressionante é que Conrad convence. E funciona. Ele consegue fazer a série ficar interessante e um tanto quanto imprevisível.
A história não é 100% nova e quem gosta de séries médicas como Dr. House, E.R. e Greys Anatomy já viu inúmeras histórias passadas no Pronto Socorro. Porém, em The Resident há um tom de sinceridade muito interessante. Logo no primeiro episódio, um paciente morre por erro médico. A personagem Nic (de Emily VanCamp) fala em alto em bom tom que erros médicos são a terceira causa que mais mata pessoas nos EUA. Os dramas enfrentados pelos personagens viram quase nossos dramas – afinal, é muito difícil não se identificar quando o conteúdo é puramente humano.
Além disso, a série carrega consigo uma boa dose de sarcasmo, administrada com sabedoria. O humor é presente nos episódios de uma forma que deixa a série mais leve de assistir, apesar da carga emocional.
A OPINIÃO DE QUEM ENTENDE DO ASSUNTO
Bom, nós, como meros expectadores, acreditamos que tudo aquilo que os médicos fazem no Pronto Socorro é real e recorrente, mas e quem entende mesmo do assunto, o que acha? Para responder essa pergunta a Fox convidou a Dra. Fabiana Rached, cardiologista com anos de experiência na medicina dentro e fora do Brasil.
A Dra. Fabiana assistiu a série e nos contou que ela faz caricaturas de cenas muito reais. Ela disse que em qualquer hospital existe muita hierarquia e política – e foi assim que ela percebeu que a medicina também se tratava de um negócio.
“The Resident não é clichê e nunca vi esse retrato em outras séries. Não tem um médico que não irá se identificar” – Fabiana Rached.
Segundo a Dra. Fabiana, a situação que acontece na série, do médico “estrela” e mais experiente não querer abrir mão do seu cargo para uma equipe mais jovem é muito recorrente.
“Conheço médicos com mais de 70 anos que não admitem sair e deixar a nova geração no comando” – Fabiana Rached.
A dinâmica surreal do Pronto Socorro
Até aí tudo bem, a série retratou vários casos que acontecem de verdade. Mas e o Pronto Socorro? Todo mundo que já foi para o hospital esperando uma correria de macas e vários médicos tentando diagnosticar um caso complexo depois de tanto assistir séries médicas, sabe que é bem frustrante ver o marasmo que se instala naquele lugar quando vamos ao hospital. Perguntaram para a Dra. Fabiana o porquê de o Pronto Socorro ser tão diferente da série para a vida real.
Ela explicou tudo direitinho: “acontece que no Brasil atendemos muitos casos de baixa complexidade – os chamados níveis 3 e 4. São esses casos gripes, resfriados, dores de garganta, entre outros. Nós médicos sabemos que só é preciso ir até um hospital no terceiro dia de febre, mas a população geral não – então muita gente já corre para o hospital”.
A Dra. Fabiana também explicou que os nossos hospitais se dividem muito por especialidades (o que não acontece na série, que tem médicos de todas as frentes). Ela trabalha no InCor, um hospital paulista especializado em Cardiologia, e contou que na área onde ela fica só chegam casos graves – infartos, pessoas baleadas, entre outros. Mas normalmente esse é um setor “portas fechadas”, então os outros casos menos complexos nem entram.
E é por isso, meus amigos, que não vemos ao vivo a correria dessas séries médicas.
O drama da profissão e da residência
A série aborda também temas importantes como o machismo na profissão, a dificuldade de lidar com decisões erradas na medicina, ética médica, entre muitos outros (e olha que só assistimos os primeiros episódios).
Os episódios
A primeira temporada de The Resident conta com 14 episódios, que serão exibidos em dupla todas as quartas-feiras à partir de 04 de junho. As histórias são individuais (começam e terminam no mesmo episódio), mas a história é levada ao longo da série.
Vale a pena?
Olha, vale. The Resident deixa você curioso para os próximos episódios e é aquele tipo de série fácil de assistir, que você nem vê o tempo passando. Para quem gosta, ainda existe um romance acontecendo paralelo das histórias médicas (uuuh). Enfim, recomendamos!
Então fiquem ligados e não percam a estreia de The Resident dia 04 de junho, 22h15 na FOX!
Veja o trailer de The Resident:
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