Misteriosa, maravilhosa e magnética, Kali Uchis é uma força da natureza. A vencedora do Grammy®, de 28 anos, nascida Karly-Marina Loaiza, conquistou os fãs pela primeira vez com seu EP “Por Vida”, apresentado em 2015, e por conta de colaborações multiplatina como “Get You”, de Daniel Caesar, e “See You Again”, de Tyler, the Creator. Desde então, ela ganhou elogios da crítica e estrelato mundial com um par de álbuns solo e seu grande hit da carreira, “Telepatía”, de 2021.
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O terceiro álbum solo de Uchis, “Red Moon in Venus”, acaba de ser lançado e já está disponível em todas as plataformas digitais. Ele combina suas composições evocativas e íntimas com um interesse bem aguçado pelos elementos. Inspirada pela astrologia e pela conexão entre a natureza, a humanidade e os corpos celestes, ela descreve o álbum como “celestial”. O disco contém 15 faixas e é totalmente em inglês. O projeto traz colaborações com nomes renomados como Omar Apollo, Don Toliver e Summer Walker.
“Eu definitivamente sempre me senti conectada para aprender mais sobre como a natureza e as estrelas nos afetam e o que há mais sobre a vida e a filosofia. Todas essas coisas realmente sempre me interessaram. Não é tanto para ser um título astrológico, mas foi realmente o sentimento por trás da música”, diz a artista.
Ao longo de sua carreira, Uchis sempre casou o cósmico com percepções emocionais mais fundamentadas. Ambos os aspectos são profundamente sentidos no single principal “I Wish you Roses”, uma música de separação apresentada sem amargura, mas com uma boa dose de compressão, enquanto Uchis canta docemente em cima de melodias quentes de guitarra, conseguindo mostrar verdadeira ternura sem sacrificar seu próprio valor.
“Eu sinto que este álbum é sobre todos os diferentes níveis de amor, seja amor próprio ou trazer amor para sua vida, chamando amor para sua vida, libertando as pessoas com amor”, relatou a cantora.
Crescendo entre a Colômbia e a Virgínia (EUA), Uchis tocou instrumentos durante toda a sua vida. Um interesse precoce pelo jazz a levou a se apresentar em bandas e conjuntos ao longo de sua adolescência. Inteiramente autodidata, ela começou a levar sua voz a sério aos 19 anos e rapidamente encontrou um estilo que misturava gêneros que honrava seu amor por R&B, reggaeton, hip-hop e música alternativa.
O último álbum de Uchis está em andamento há meia década, com várias canções anteriores ao seu aclamado álbum de 2020, “Sin Miedo (del Amor y Otros Demonios)”. Visionária, a cantora não se contentou em simplesmente focar em um álbum e já pensa em lançar mais um disco ainda este ano.
Criada em uma família bicultural e bilíngue e frequentando escolas na Colômbia e nos Estados Unidos, Uchis diz que tem “falado espanglês a vida inteira”. Essa dualidade informa sua música e sua abordagem livre e sem fronteiras para criar.
“Meu cérebro sempre trabalhou em ambas as línguas e acho que isso definitivamente desempenhou um papel importante em minhas composições. Em alguns dias, posso acordar pensando: ‘Quero fazer uma música inspirada em merengue’. “E então, em alguns dias posso acordar e pensar que quero fazer algo realmente poético em inglês, algo superemotivo”, revelou.
Inspirada por mulheres musicistas “atemporais”, como Sade e Björk, Kali Uchis constrói um mundo rico e realizado no novo disco, “Red Moon in Venus”, convidando diversos colaboradores como Don Toliver e Summer Walker para deixar sua marca. Ela e Omar Apollo dividem os holofotes em “Worth the Wait”, uma canção de amor fervilhante e sincera de dois proeminentes músicos queer de cor. Essa faixa incorpora o espírito de “Red Moon” que Uchis explicou sucintamente com a frase “o amor é a mensagem”.
“Isso é porque eu sinto que com esse corpo de trabalho eu estava realmente tentando falar do meu coração. Para mim, é muito música de amor-próprio, algo para colocar no banho acendendo suas velas, para cuidar da pele, fazer um longo passeio de bicicleta ou tomar banho de sol ao ar livre”, disse.
Após o lançamento do álbum, Uchis embarca em uma turnê esgotada pela América do Norte e se apresenta no Coachella, além de vários festivais de música importantes na América do Sul, como o Lollapalooza 2023, em São Paulo, no dia 24 de março.
