Um dos maiores sucessos musicais de todos os tempos, os Backstreet Boys estão de volta. Além disso, após 27 anos desde a formação do grupo, AJ McLean, Howie Dorough, Nick Carter, Kevin Richardson e Brian Littrell estão no Brasil para uma série de shows da “DNA World Tour“. E unindo medo e nostalgia, o concerto lotou a Jeunesse Arena, localizada na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Se por um lado o medo com a pandemia mundial do Coronavírus deixou alguns fãs com receio de ir ao show, a grande maioria compareceu em peso para a apresentação. O resultado? Um show de hits e recheado de muita nostalgia.
Apresentando a 11ª turnê da carreira e com 27 anos de sucessos, os Backstreet Boys provam que música não tem idade. Ao longe de 27 anos de história, entre idas e vindas, a banda nunca chegou ao fim oficialmente. Foram 11 turnês, 9 álbuns, inúmeros sucessos número 1, além de inúmeros prêmios. Foram sete Billboard Music Awards, dois MTV Video Music Awards, quatro MTV Europe Music Awards, oito World Music Awards, entre outros. Com todo o sucesso, não é difícil imaginar a legião de fãs que continuam acompanhando os artistas. E nesta sexta-feira (13), foi a vez dos fãs cariocas poderem estar frente à frente com os ídolos em um show cheio de energia.
Iniciando pontualmente às 21h30, AJ McLean, Howie Dorough, Nick Carter, Kevin Richardson e Brian Littrell surgiram no palco após uma imagem interessante no telão. Percorrendo detalhes do início da carreira, a “DNA World Tour” tem início com um passeio na história da boyband. E passando pelos nomes dos nove álbuns da carreira, os BSB surgem no palco como as estrelas a que devem o atributo. Sobre gritos de euforia, o quinteto remete à uma grande era da música, quando grandes nomes ainda caminhavam para o estrelato. É o caso dos Backstreet Boys.
Com ajuda do telão – que, aliás, são cinco – e de eventos especiais como chuva de fumaça, os norte-americanos são içados ao posto maior, mostrando que a interação entre eles ainda continua de pé e provando que música e nostalgia caminham lado a lado.
E visivelmente à vontade, o quinteto fez do Rio de Janeiro sua casa na noite desta sexta-feira (13), que de nada aterrorizante teve. No ar, uma onda de felicidade se aliava à nostalgia, saudades do final dos anos 1990 e início dos anos 2000. E foram diversos momentos de inteiração com o público, desde olhares acalorados a distribuição de autógrafos no meio do show, a banda estava focada em dar o seu melhor.
E passeando por hits, que se iniciaram com “Everyone” e seguiram por “I Wanna Be With You“, “The Call“, “Don’t Want You Back“, a banda foi marcando território e mostrando que inteiração e a soma perfeita de vozes estava ali.
Com nove álbuns e diversos sucessos na carreira, deve ter sido difícil montar a setlist para esse show. Mas percorrendo pelos principais momentos desde a criação da banda, estavam presentes na setlist alguns dos mais memoráveis sons do Backstreet Boys. Seguindo o show com grandes faixas, chegaram à apresentação “Nobody Else“, “New Love” e “Get Down (You’re the One for Me)” e “Chateau“.
Com todos os integrantes na casa dos 40 anos, é legal falar sobre música. Se um dia os Backstreet Boys foram o sonho de consumo das adolescente, hoje se transformarão em tiozões enxutos e muito bem apessoados. Mas a idade não pesa para nenhum dos integrantes, e eles ainda rendem uns bons passos de dança e promovem momentos bastante divertidos.
Dentre uma troca de roupas e outra, um componente da banda sempre fica no palco para conversar com o público e mostrar, não apenas sua gratidão e retribuição por tanto amor e carinho, mas também para provar que os Backstreet Boys estão vivos.
Um grande acertivo da banda, durante toda sua trajetória, foi nunca ter, de fato, se encerrado. Tanto que essa não é a única turnê nos últimos anos. Em 2013, por exemplo, houve uma outra reunião que rendeu o lançamento do álbum “In a World Like This“, e uma turnê mundial de dois anos com o mesmo nome. Já em 2019, foi a vez de um novo reencontro e o lançamento de “DNA“, último álbum do grupo.
E passeando pelos trabalhos de 27 anos, estão ainda aqueles hits que não podiam faltar – e eles ficaram mais para o meio e para o final do show -. “I’ll Never Break Your Heart” e “Everbody“, por exemplo, estiveram presentes no meio da setlist.
Já “I Want It That Way“, maior sucesso do grupo, foi a antepenúltima faixa da apresentação.
E falando de shows e de pessoas que amam música, não falaram momentos divertidos na apresentação. Entre a nostalgia e palavras de agradecimentos, AJ McLean e Kevin Richardson protagonizaram um dos momentos mais engraçados de toda a apresentação. Com diversas trocas de roupa e inteiração do telão, a produção da turnê pôs no palco dois biombos. Entre brincadeiras com a plateia falando sobre as trocas de roupa nos bastidores, os cantores disseram que iriam trocar de roupa ali mesmo, em cima do palco. E assim foi, se divertindo, inclusive mostrando o bumbum, os artistas entreterem o público em um dos momentos mais descontraídos.
“Vamos entrar na caixa e ficaremos nus” – Kevin Richardson.
“Pessoal, vocês provavelmente estão se perguntando, talvez você não esteja se perguntando, mas eu acho que você está se perguntando onde est˜ao o Brian e os outros. Eles estão nos bastidores agora, trocando de roupa. O que vocês estão sentindo agora, Rio? Como vocês se sentiriam se eu e Kevin realmente mudássemos dentro da caixa? Tipo, quando costumávamos malhar, malhávamos juntos antes de 2010, é claro, qual foi a última vez que a gente teve um tanquinho, provavelmente quando eu tinha quatorze anos? Vamos entrar na caixa e ficaremos nus”, brincou Kevin Richardson antes de entrar na caixa.
No contato, eles ainda lembraram que o show do Rio de Janeiro cravou a marca de 100º show da “DNA World Tour“, que já passou por diversos países.
Os dois ainda brincaram de dançar, interagindo o público, e performance o que parecia uma dança de funk improvisada.
Mas no show, apesar do uso de máscaras por parte do público, a pandemia do novo Coronavírus ficou entre os assuntos não lembrados, o que causou um refresco diante do caos tomado em todo o planeta com a propagação passiva do Covid-19.
Homenagem à família
A história do grupo foi lembrada em alguns momentos no telão. Hoje, casados, pais, e seguindo caminhos distintos, os cinco integrantes do Backstreet Boys parecem se encontrar para uma celebração. Não apenas às conquistas e dias felizes, mas também para provar aos fãs que os sucessos podem transcender gerações. E no público, pessoas de todas as idades, incluindo crianças, que sequer haviam nascido durante os dias de glória do grupo, se aglutinavam para não perde nenhum detalhe do show, provando que o amor pelos Backstreet Boys também passa de pais para filhos.
E para mostrar também um lado mais humano dos artistas, foi adicionado um momento especial ao show, onde todos os cinco podem ser vistos em imagens ao lado de suas respectivas famílias em momentos de intimidade. Enquanto performavam juntos a recém-lançada faixa “No Place”, presente no último álbum, imagens do clipe passavam no telão.
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