No sítio de seus avós, lugar fundamental para sua infância e adolescência, ZOO tinha a atenção dividida entre dois universos. O primeiro eram os animais, a observação das particularidades do comportamento de cada um — e de como se podia traçar paralelos entre eles e os diferentes humores do ser humano. O segundo universo era o aparelho de DVD, um dos poucos eletrônicos da casa. Mais especificamente, os shows de artistas como Britney Spears e Christina Aguilera, aos quais ela assistia avidamente, decorando falas e coreografias.
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“efeito borboleta”, seu álbum de estreia que sai pela Universal Music, conjuga esses dois mundos que moldaram sua formação. De um lado, a metáfora dos animais para tratar de emoções — cada faixa é associada a um deles, da lagarta ao cisne, passando pelo coelho e pelo crocodilo. De outro, o artesanato pop que aprendeu nos DVDs, a amarração conceitual sem arestas.
— Pra mim, pop é conceito. Tudo tem que ter um porquê — afirma a cantora.
O formato de lançamento de “efeito borboleta” reforça as palavras de ZOO. Cada uma de suas músicas ganhou um clipe, que se juntam num álbum visual, com direção de ZOO e Gabriel Caviness. Os vídeos serão lançados sequencialmente e, apesar de cada um ter linguagem e identidade própria, eles formam uma unidade encadeada — o início do clipe remete ao fim do anterior e assim sucessivamente, numa grande narrativa.
Confira a entrevista com ZOO.
1- O sítio dos seus avós sempre teve uma grande referência na sua vida e carreira. O que isso marcou e representa para você atualmente?
R: Sim, o sítio dos meus avós era um dos meus lugares favoritos na minha infância, e é de lá que eu guardo as maiores recordações dessa fase. Foi lá que eu comecei a descobrir o quanto eu gostaria de ter uma carreira como cantora, também foi onde eu me conectei de fato com os animais e hoje ficam só as memórias e saudades daquele lugar incrível. Espero um dia poder voltar lá pra resgatar ainda mais lembranças e me reconectar com tudo o que vivi no sítio.
2- Conta um pouco sobre seu novo álbum “efeito borboleta”, quais as principais referências que ele traz?
R: A maior referência do meu álbum é a história da minha vida, nele eu conto algumas fases que já passei. além disso, cada música é inspirada num animal e seus instintos. Tentei trazer a atmosfera de cada música na parte visual, pois todas as faixas tem seu próprio clipe, que se conectam um ao outro. isso sempre foi um sonho pra mim, ter o meu primeiro álbum lançado como um álbum audiovisual.
3- Sobre o processo de composição das faixas, como aconteceu? Tem alguma que é a sua preferida?
R: A maior parte das músicas eu fiz parte da composição, juntamente com outros compositores como: Mayra, Bibi, Pablo Bispo, Fraga, Dona Nyna, entre outros. Já algumas outras músicas, eu não participei do processo de composição, mas selecionei a dedo as que se enquadravam na minha história e que super tinham a ver comigo. Difícil dizer qual a minha favorita, pois amo todas igualmente! Mas a letra mais poética que eu tive o prazer de fazer parte da composição, é o segundo interlude do meu álbum, a faixa “respirar”.
4- Todas as faixas ganharão videoclipes dirigidos por você. Como foi fazê-los?
R: Sim, eu fiz questão de dirigir a maioria dos clipes juntos com o diretor Gabriel Caviness, que realizou grande parte do projeto comigo, já o clipe de “pegar você” e “pantera” eu contei com a ajuda do meu amigo e coreógrafo Felipe Vilarim para dirigir comigo, e “respirar” dirigi sozinha. Foi uma delícia poder colocar pra fora minhas ideias, e tentar trazer nos clipes o que eu visualizo de cada faixa, sejam as emoções e sensações, mistas de muita arte e identidade.
5- O que esse lançamento representa para você?
R: O início de um grande sonho se tornando realidade, e saber que é só o começo… foi o pontapé inicial!
6- Além do lançamento do novo álbum, o que mais podemos esperar da ZOO?
R: Muito conceito, muita arte, visuais marcantes, muitas surpresas e muita música boa!
