Depois de conquistar dezoito prêmios em festivais ao redor do mundo, e após uma passagem pelos cinemas brasileiros, “Valentina” estreia no dia 17/10 (domingo) na Netflix Brasil. O filme conta a história de Valentina (Thiessa Woinbackk), uma adolescente trans que se muda para o interior de Minas Gerais com a mãe, (Guta Stresser) para um recomeço.
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Com receio de ser intimidada na nova escola, a garota busca mais privacidade e tenta se matricular com seu nome social. No entanto, mãe e filha enfrentam problemas quando a diretoria da escola, despreparada, começa a exigir a assinatura do pai ausente (Rômulo Braga) para realizar a matrícula.
“O filme mostra a luta de uma adolescente trans que quer estudar e se formar. Espero que sirva para gerar diálogos na sociedade, nas famílias e na comunidade escolar”, diz Cássio Pereira dos Santos, roteirista e diretor do filme.
“Valentina” traz como protagonista Thiessa Woinbackk, influenciadora digital que começa a legitimar seu espaço como atriz. Assim como sua personagem, Thiessa também é uma mulher trans. Ela ganhou 4 prêmios de atuação por seu trabalho no filme, em festivais como Outfest Los Angeles, Mix Brasil, Mostra Internacional de Cinema de São Paulo e Festival de Cinema de Seattle. Nesta semana, Thiessa está na Suíça representando o filme no “Everybody’s Perfect”, Festival de Cinema Queer de Geneva, que termina no domingo, dia 17.
“A partir do momento que você não respeita o nome social de uma aluna ou aluno trans na escola, e isso fere a pessoa, e ela sai da escola por causa desta e de outras violências, isso não é evasão escolar, isso é expulsão”, afirma Thiessa.
O longa tem produção de Erika Pereira dos Santos e produção executiva de Hebe Tabachnik, Natália Brandino e Walder Junior. Elenco e equipe de “Valentina” são compostos, em grande parte, por membros da comunidade LGBTQIA+. “É muito emocionante olhar para trás, relembrar cada desafio da nossa carreira e perceber que conseguimos produzir um filme que pode ser visto em todo Brasil. A arte tem o poder de transformar. Estamos muito felizes e esperamos contribuir para um mundo mais tolerante e sem preconceitos”, afirma Erika.
O filme foi produzido de forma independente pela Campo Cerrado Produções, com o apoio da Secretaria do Audiovisual, do edital de Longas de Baixo Orçamento 2016 (SAV/Ancine) e em parceria com o Fundo Setorial do Audiovisual e tem distribuição da Anagrama Filmes.
Assista ao trailer:
Filmado na cidade histórica de Estrela do Sul (MG), e com algumas cenas rodadas em Uberlândia (MG), o longa foi o vencedor de 18 prêmios em festivais pelo mundo todo, entre eles: Prêmio do Público na 44ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, Prêmio Especial do Júri no 50o. Festival de Cinema de Kiev, Melhor Diretor Estreante do 51o. Festival de Cinema da Índia. No último Festival Mix Brasil, venceu os prêmios de Melhor Atuação (Thiessa Woinbackk), Melhor Roteiro, Prêmio do Público, além do troféu “Coelho de Ouro” de Melhor Longa Brasileiro.
O projeto conta com trilha original da banda paranaense Tuyo, com destaque para a canção “Eu Nasci Ali”, realizada em coautoria com a cantora e compositora Xan. O filme também conta com músicas de Enme Paixão, Bemti (feat. Johnny Hooker), Jhury Machado, Duda Beat (feat. Mateus Carrilho e Jaloo) e Pedro Mesquita.
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