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Ultra Music

#UltraBrasil: primeiro dia do festival reúne trance, EDM e future bass com shows cheios de pirotecnia

Armin Van Buuren. Foto: Daniel Outlander/PopNow.

Edição: Daniel Outlander

O primeiro dia da segunda edição do Ultra Brasil, realizado no Sambódromo do Rio de Janeiro, acabou há poucos instantes e o que se viu por lá foi um desfile de performances com um foco nos efeitos especiais. Desde o início da tarde, por volta das 17h, a música eletrônica explodiu nos três palcos do festival: o MainStage, o Resistance e o UMF Radio. Enquanto o DJ cubano IamChino tomava conta do set no cenário principal com seu suingue latino, o duo brasiliense de house music GalviK fazia um belo aquece do público no palco secundário, o Resistance – cada um com 45 minutos de apresentação ao todo. O tempo de show no UMF Radio – menor palco e mais ‘escondido’ – para as primeiras três atrações que lá pisaram foi ainda menor: Reezer, D-Groov e Dre Guazzelli tiveram apenas trinta minutos de set. Os grandes destaques do UMF Radio foram as performances de Bhaskar, irmão do DJ Alok, que estava escalado no lineup e foi subitamente cancelado sem motivos explícitos; o carioca Marcelo CIC – que revelou em entrevista exclusiva ao PopNow que a partir de agora usará apenas CIC como nome artístico –, além do duo de deep house Dubdogz.


Do entardecer ao anoitecer, outros DJs – nacionais e internacionais – que em sua maioria hoje figuram no cenário de transição do underground ao mainstream da indústria da música eletrônica se apresentaram para os apaixonados pelo ritmo em ambos os palcos.  Entre eles, Blancah, Anderson Noise, Dashdot, Nic Fanciulli, Sasha | John Digweed, Mykris, Wao, Feed Me e Jet Lag.

A estrutura:

Os mais de 700m de comprimento do Sambódromo da Marquês de Sapucaí foram divididos em áreas bem divididas e delineadas. Os palcos – Resistance e MainStage – são cada um em um extremo do espaço, enquanto que o UMF Radio fica um pouco mais acanhado nas laterais da área. Em comparação à primeira edição do evento, em 2016, o palco principal aparece maior em comprimento, mas bastante similar em design, reforçando a identidade bem definida do Ultra ao redor do mundo: o “U” em destaque no topo do palco e a quantidade de telões e LEDs espalhados por ele fazem parte de todo o espetáculo e experiência que a organização promete proporcionar ao fã.

As opções de alimentação e bebidas estão por toda a passarela, com na maior parte de oferta por food trucks e stands de marcas, como a Chandon. Há, ainda, um local para relaxar e descansar de um show para o outro – com pufes de plástico à disposição do público. Quem garantiu acesso VIP ao festival, tem uma visão privilegiada das atrações que tocam no MainStage em uma espécie de lounge exclusivo, localizados em uma tenda à direita e esquerda do palco. Apesar dos preços relativamente elevados e a não inclusão de open bar no ticket, o local ficou bastante movimentado a partir dos shows das 21h.

Os destaques do lineup:

Nicky Romero:

Nicky Romero. Foto: Divulgação.

Primeiro a se apresentar dentre os principais nomes do dia, o holandês de 28 anos trouxe um set bastante diversificado e de impor respeito. “Living on a Prayer”, hit do Bon Jovi, “Young”, dos Chainsmokers, e “Tennis Court”, da neozelandesa Lorde, foram alguns dos remixes apresentados. Como um presente ao público brasileiro, a quem rasgou elogios em bate-papo com o PopNow, o hit “Sua Cara”, uma parceria de Anitta e Pabllo Vittar com Major Lazer, ganhou uma versão toda especial e diferente.

Dentre os clássicos do próprio DJ – que em dez anos de carreira, já trabalhou com grandes nomes como David Guetta, Tiësto e Calvin Harris -, os singles “Toulouse”, “Legacy” e “I Could Be The One”, com parceria de Avicii, não ficaram de fora. Bastante comunicativo e a todo instante pedindo palmas e a participação do público – que se envolveu de fato no set consistente de Nicky -, ele abusou do show de luzes – com lasers e iluminação cênica de encher os olhos – e da pirotecnia. Labaredas de fogo saíam de frente do palco, a medida que o set ia empolgando cada vez mais a multidão.

Já perto do fim da apresentação, dois momentos bem bacanas aconteceram: um deles foi a homenagem de Nicky à um membro de seu staff – o fotógrafo Ali Mousavi -, que estava no Rio como membro da equipe do DJ pela última vez. Até foto com a multidão teve. O segundo foi o agradecimento do europeu à todos que fizeram o Ultra Brasil ser possível: dançarinos, produção, fotógrafos – e todo o staff basicamente -, além da plateia, que comprou a ideia da segunda edição do festival. À eles, o artista fez questão de prestar honras e dizer que espera voltar muito em breve.


Veja a galeria de fotos do show do Nicky Romero: 

Marshmello:

Com apenas dois anos de carreira e uma série de sucessos, Marshmello voltou ao Brasil para uma apresentação memorável. O artista, que se apresentou em São Paulo no Lollapalooza 2017, arrebatou os fãs da eletro music com uma apresentação envolvente embalada por um alto poder das projeções. A postos no palco usando seu icônico capacete envolvido em LEDs, o norte-americano foi o penúltimo a se apresentar no principal stage.

Com apenas 21 anos, o DJ fugiu do óbvio apresentando versões remixadas de sucessos de grandes artistas como “Don’t Let Me Down”, dos Chainsmokers e “Wonderwall “, do Oasis. Mas foi o sucesso “Hello”, eternizado na voz da britânica Adele, que fez o público delirar cantando o refrão.

Um dos integrantes da nova leva do  future bass, Marshmello é um dos adeptos da “busca pela vida normal sem que sua aparência esteja ligada ao produto vende”, premissa também seguida pela australiana Sia e pelos franceses do Daft Punk, o artista mostra que está cada vez mais alçando o topo. Recentemente, o DJ assinou a parceria de “Love Don’t Let Me Go”, junto à Demi Lovato.

Rio that was unreal thank you guys ❤️

Uma publicação compartilhada por marshmello [✖‿✖] (@marshmellomusic) em

Armin Van Buuren:

Atração mais aguardada da noite, Armin Van Buuren é tudo aquilo que se espera. A bordo dos seus 40 anos, o experiente DJ chegou mostrando um gênero musical bastante diferente de seus antecessores. Um dos grandes nomes da trance music, Buuren foge dos remixes tradicionais e aposta nas músicas só com batida – sem letra. Com uma fanbase super formada, o holandês marcou presença com o som mais potente dentre as principais apresentações.

Van Buuren é uma referência e, no palco, mostra o porquê de todo seu status. Com 20 anos de carreira recém completos em um grande show que contou com 5 horas de apresentação ininterruptas em Amsterdã, o holandês provou novamente que é, sem dúvidas, um dos grandes nomes do cenário eletrônico mundial.

O europeu é referência, e não apenas para os que defendem o trance assim como ele. Em entrevista ao PopNow, Nicky Romero afirmou que Van Buuren é um de seus ídolos.

Brasil you were on 🔥…obrigado!

Uma publicação compartilhada por Armin van Buuren (@arminvanbuuren) em

O público:

A multidão que ocupou a Apoteose nesta quinta, 12, para o Ultra Brasil não arredou pé antes do último DJ colocar ponto final no seu set. Se a maioria estava ali – e foi o que transpareceu ao observar a empolgação e êxtase do público pelos shows do dia – pelo holandês Armin Van Buuren, os fãs que mais se caracterizaram e levaram faixas para o festival foram os do jovem que vem conquistando todos os holofotes por onde passa, o caricato e divertido Marshmello. A fanbase do artista norte-americano, que se intitula de “Mellogang”, fez presença, colou na grade e ‘imitou’ o DJ com aquele capacete branco clássico que usa em todas as apresentações, em formato de marshmallow e com dois “X” pretos no lugar dos olhos. Os admiradores de Nicky Romero, por sua vez, não se intimidaram por talvez estarem em menor número e seguiram bem aos comandos do DJ de bater palmas, pular ou fazer coros durante os refrões dos remixes.

Veja a galeria de fotos do público no Ultra Brasil no primeiro dia de evento:

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Written By

Jornalista, publicitária, pós-graduada em Marketing, apaixonada por música e esportes e com experiência de cerca de dez anos na área do entretenimento. Leonina e workaholic, já atuei na produção e imprensa de eventos como Rock in Rio (2013, 2015, 2017, 2019, 2023), Lollapalooza Brasil, Maximus Festival e Olimpíadas Rio 2016. A música é como uma extensão da minha alma e a diversidade cultural e linguística me fascinam. Livros não podem faltar na minha estante, shows na minha agenda e esportes na minha programação dia-a-dia. Se pudesse me descrever em uma frase na atual fase da vida, esta seria: "Find what you love and let it kill you." BUKOWSKI, Charles.

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