O cantor e compositor Viegas lançou seu segundo álbum, intitulado “Conexão”. Em mais de 15 anos de carreira musical, o artista apresenta o novo projeto recheado de parcerias, como Maneva, Tati Portella e muitos outros nomes que integram um círculo de relações e referências do cantor.
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Como o próprio título sugere, “Conexão” surgiu a partir de um momento de reflexão e internalização de Viegas, que passou a buscar uma leveza, tanto no trabalho autoral, quanto no cotidiano. Principalmente durante o período pandêmico, o cantor começou a tocar violão e teclado quase todos os dias em casa e compor sobre diferentes temas, relacionados a sua essência e conexões pessoais. Nesse período, acabou com mais de quarenta músicas escritas e pediu ajuda dos amigos para selecionar as oito faixas que entraram para o repertório.
“Tanto como ser humano quanto como profissional, cheguei em um momento mais conectado com a essência da arte e comigo mesmo. Nesse projeto, compus sobre o que eu sentia e queria falar, das minhas conexões. São músicas que eu fiz de forma leve, sem pressão e do jeito que eu queria”, revela Viegas.
Com referências na musicalidade brasileira, desde Gilberto Gil a Jorge Ben, Viegas buscou uma sonoridade que traduzisse os sentimentos das letras nas canções. As conexões e relações também deram origens às colaborações do projeto. Na produção de Bruno DuPre junto à banda Brasa Ativa, que acompanham artistas como Rael, o disco ainda conta com as participações em seis das oito faixas. Os indicados ao Grammy Latino 2021, Maneva, colaboram com Viegas em “Posso Ser”, enquanto o renomado técnico técnico vocal Isabeh se une ao artista e a Dow Raiz, que já produziu com grandes nomes como Tropikillaz, em “Baú com Ouro”.
“Quando eu Acordei” conta com parceria do cantor Jota.pê, participante do The Voice Brasil em 2017, “Só Quem Pode” traz Daniel Yorubá, cantor e irmão de Rael, e a faixa “Só Liguei” com o músico Jhef. Completando o repertório, estão o single lançado anteriormente, “Pra Voar”, e a inédita “Você Sabe Bem”.
O álbum chega acompanhado do videoclipe da faixa “Outras Vidas”, em parceria com Tati Portella, ex-vocalista do grupo Chimarruts, tanto na composição quanto nos vocais. A letra aborda a sintonia em uma relação de companheirismo e lealdade que traz leveza e a força de uma conexão que perpassa a outras vidas. O clipe foi gravado em Campos de Jordão, São Paulo, e acompanha imagens aéreas da paisagem e a presença dos dois artistas.
Assista:
“Gosto muito do timbre da voz da Tati, é uma honra trabalhar com uma artista que eu admiro e que sempre ouvia na rádio. Tê-la como parceria na música e também na composição só tornou essa faixa mais especial, com mais essa conexão”, comenta Viegas sobre a parceria.
”Eu já trabalhei com várias pessoas, mas com Viegas foi muito especial. A gente já tinha uma amizade, um torcia muito pelas conquistas do outro, e aí veio o momento de a gente fazer uma música juntos. Ele me mandou a canção, me identifiquei na hora. Tenho certeza que as pessoas vão gostar da junção da minha voz com a do Viegas”, afirma Taty Portella sobre sua parceria com o cantor.
O segundo álbum da carreira do artista chega através do Edital de Apoio à Criação Artística – Linguagem Reggae, que Viegas ajudou a colocar em vigor pela sua relação com o movimento musical. Com mais de 15 anos na música, o artista lançou dois EPs e seu primeiro disco em 2015, intitulado “Alquimia Sonora”, junto a um documentário sobre o projeto “Viver é Acreditar”.
Ouça o álbum:
Confira a entrevista com o Viegas:
Seu segundo álbum vem chegando e quais suas expectativas para esse lançamento?
R: As melhores possíveis. Eu acho que tudo que a gente faz com amor, com o coração, não tem como dar errado. Hoje em dia no mundo da musica, da arte e tudo mais, as pessoas muitas vezes se atentam aos números e a gente sabe que tem muitos números que são mentirosos e mesmo independente disso, a gente vive num mundo onde a gente ouve tanto falar de milhões de visualizações, que as vezes parece que quem tem mil visualizações é pouco. Coloca mil pessoas pra ir te assistir! Consegue? Então eu já venho trabalhando a minha mente com relação a isso a muito tempo. Obviamente a gente faz um trabalhando tentando alcançar o máximo de pessoas possíveis, mas valorizando cada pessoa possível.
Conta pra gente sobre o nome do álbum “Conexão”, como surgiu?
R: Foi da maneira mais singles e obvia possível. Eu precisava em um determinado momento me conectar, me entender, me ouvir, me sentir, sabe? Pra mim naquele determinado momento não importava o que aquele artista estava fazendo, o que aquele outro lançou, o que aquele outro está alcançando, pra mim tanto faz o que estava rolando, eu precisava me ouvir, entender sobre as coisas que eu precisava falar, que eu precisava compartilhar. E aí foi um momento de imersão, um processo mais introspectivo, onde ali dentro do meu quarto, com o meu violão, eu comecei a colocar pra fora isso: melodias, letras e tudo mais e sentindo cada uma dessa ideias e transformando cada uma dessas historias em musica.
O álbum vem repleto de participações especiais, como foi fazer esse projeto tão importante com essas pessoas?
R: Cada musica que eu escrevia, chegando em um determinado momento, assim como algumas vezes quando a gente está compondo, a gente vai construindo isso musicalmente, e as participações no meu caso foram assim também. E em determinado momento eu falava “poxa, aqui ia ser legal se tivesse uma voz feminina, um dueto, vou botar a Tati Portela”, cada uma das faixas foi assim, acontecendo. Inclusive, que é muito importante ser dito também, quando surgiam algum desses nomes na minha cabeça, as vezes eu não conversava com essa pessoa. O Jeff por exemplo, é um cara que eu já tinha trocado algumas mensagens, mas não conhecia ele. Então todas as participações quando fazia o convite deixava isso muito claro, muito aberto “sinta a vontade pra declinar o convite se você sente que não quer falar sobre isso”, porque eu estou falando de um álbum que é conexão, se você não tiver conectado com ele, não precisa. E eu fui muito feliz em todas as escolhas que eu fiz, as pessoas que fizeram parte, tudo mais, foi muito legal esse processo. Cada pessoa que veio, veio com sua vontade, sua arte e sua energia. Então ficou muito mais o álbum do que ele já era.
Como foi esse processo de fazer um álbum em meio a pandemia? Isso te fez refletir ainda mais?
R: O processo de composição não interferiu em nada pra mim. Se o mundo não tivesse em uma pandemia eu estaria dentro do meu quarto com meu violão escrevendo aquelas musicas que eu escrevi, porque eu sinto que precisei criar uma bolha, precisei criar o meu mundo, o meu universo pra poder escrever sobre aquelas coisas. Eu queria falar sobre coisas leves, coisas bonitas, coisas simples. Eu não assistia jornal, não ficava acompanhando essas matérias da internet, eu criei o meu mundo. Então dentro do processo de composição a pandemia não interferiu em nada. O processo de produção, que precisei sair de casa, ir para o estúdio, usar mascara, isso me mostrou o que estávamos vivendo.
Todas as canções foram composições próprias?
R: Isso. Algumas participações vieram acrescentando também uma letra. A Tati Portela escreveu um trecho, o Dow Raiz também, o Tales também fez uma parte, o Daniel Yorubá também… as únicas pessoas que fizeram parte do álbum e não escreveram foi o Jhef que interpretou o refrão, Isabêh também cantou o refrão e o Jota.pê que cantou a musica inteira que eu já tinha feito.
Além do videoclipe da faixa “Outras Vidas”, alguma outra também terá?
R: Por enquanto somente “Outras Vidas” vai chegar com clipe. A gente já lançou “Pra Voar” e “Posso Ser” com clipe também. Provavelmente as musicas que a gente for trabalhando vamos fazendo com clipe também.
Podemos esperar uma turnê para divulgação desse novo projeto?
R: Vai ter! Tem que ter! Conexão somente em casa não pode.
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