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Representatividade e ancestralidade conceituam novo EP autointitulado de Kynnie; confira
Kynnie, uma das maiores apostas femininas da black music atual e artista do Inbraza apresenta nesta sexta (19) o EP 2 “KYNNIE”. Como é característico das produções da cantora, o projeto vem recheado de mensagens de representatividade e empoderamento – e não à toa na véspera do Dia da Consciência Negra. Totalizando seis faixas, o trabalho chega com três inéditas e novos feats super especiais, como Preta Gil, Luthuly, Bivolt, Ruxell e Dona Nyna. O lançamento chega na esteira do primeiro EP da carreira da artista e funciona como uma continuação do trabalho anterior.
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A música de destaque do EP 2 é “Oro“, fruto da parceria com Preta Gil, e cujo clipe será lançado na próxima terça-feira, dia 23/11. Repleta de significado e ancestralidade, a canção simboliza a conexão de Kynnie e Preta no âmbito religioso, uma vez que ambas as artistas têm Oxum como orixá de frente. O nome da canção, aliás, pode ser interpretado de duas formas distintas, mas complementares: “oro” pode ser tanto a conjugação do verbo orar no presente do indicativo, quanto uma referência ao ouro, metal valioso e um dos símbolos da entidade Oxum.
“As parcerias musicais são mais do que especiais. Neste EP, todas as faixas inéditas são featurings e eu só posso me sentir lisonjeada e honrada por estar tendo a oportunidade de trabalhar com esses artistas incríveis e fechar o meu ano musical, literalmente, com chave de ouro“, diz Kynnie, fazendo referência ao título da faixa de trabalho. “Tive a honra de realizar um sonho, que foi produzir uma música ao lado da Preta Gil, que há muitos anos me inspira como mulher, personalidade, de discurso forte e atemporal. Com certeza, falar sobre algo pessoal para nós duas – Oxum – foi tão, mas tão puro e enérgico, que na hora do clipe nos emocionamos“, conta a artista.
Completam o novo EP as também inéditas “Champagne & Lingerie” (feat. Luthuly) e “190” (com Dona Nyna, Ruxell feat. Bivolt), além das já apresentadas no EP 1 “Não Sou de Ferro” – feat com Edi Rock, que ganhou clipe tendo como referência estética o filme “A Voz Suprema do Blues” -, “Pretinho” (part. Lukinhas) e ” Alucinação“, cujo material audiovisual foi gravado no Viaduto de Madureira, no Rio de Janeiro, no clima do tradicional Baile Charme local.
Sobre os novos feats, Kynnie completa: “A Bivolt, é uma artista que conheci na festa de 50 anos da Som Livre e me identifiquei. Ela tem o rap e a rima na voz, com seu timbre completamente diferente de tudo que eu já tinha visto. Ela escreve de uma forma irada e rápida e eu tenho muito orgulho e honra de ter tido a oportunidade de gravar uma faixa com ela, pois sou fã. Dona NYNA, por sua vez, está começando agora, como eu, e vem da zona norte mostrando para o mundo que chegou pra ficar. E Luthuly é um amigo de longa data. Me emociono ao ver ele compondo. Já vivemos histórias de outros carnavais – literalmente. Ele é daqueles amigos que larga tudo pra poder somar. Então, veio com uma letra incrível, que desde a primeira vez que eu escutei eu falei ‘cara, é isso!’, não tinha nem pra onde ir. Ele simplesmente entregou” .
Para a artista, seu novo EP simboliza um importante ciclo da sua carreira – o primeiro de muitos. “O EP2 vem com a ideia de fechamento da minha apresentação para o mercado. Desde os singles, até o EP, estávamos construindo uma história e narrativa sólida e o EP2 nada mais é do que a materialização de um sonho. Eu sinto forte no meu peito que o lançamento deste projeto vai concretizar essa história que viemos construindo desde 2020. Sabe quando falta só aquela chave pra virar? Pois bem, acredito que este EP seja essa chave”, conclui Kynnie.