O aguardado dia enfim chegou. P!nk, no auge de seus 40 anos, estreou nos palcos brasileiros com um dos shows mais emocionantes e surpreendentes da história do festival. Se até hoje, a família Medina (dona do Rock in Rio) se lembrava da primeira edição do evento, realizada em 1985, a passagem da norte-americana pelo Brasil já passa a mostrar um verdadeiro divisor de de águas. P!nk não apenas dançou e cantou como toda diva pop de respeito. A artista é uma verdadeira rockstar e personifica isso no palco.
Talvez uma das vozes mais potentes da geração, P!nk tem todo um diferencial de carreira: oriunda do Rock quando, em uma fase “rebelde” chegou a ter seus curtos cabelos tingidos de rosa, a artista ultrapassa qualquer limite do esperado. É surpresa que você quer, @? Então é surpresa que você terá.
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Fora do Brasil, é comum que artistas contem com uma imensa estrutura pirotécnica e de cenografia em suas apresentações. Grandes nomes da música como Miley Cyrus, por exemplo, apresentaram um trabalho muito mais completo em turnês internacionais, quando chegaram ao país, receberam um pequeno “sucateamento”. Mas P!nk não deixou de lado os elementos que a fazem ser uma das maiores artistas de palco da geração. Teve candelabro, performances em lenços e, ao final, uma incrível passagem da diva por toda a extensão frontal do palco Mundo. Em cima da galera voz e performance abriam espaço para expressões de espanto com o que a artista consegue fazer.
O show
P!nk foge de todo e qualquer estereótipo do aguardado para o início de uma apresentação. Descendo em um grande candelabro posicionado ao alto do palco, a cantora, que têm origem circense, faz um show de performance a metros do chão. Sem deixar de lado um “carão” e voz inigualável, a artista inicia a surra de hits da maneira mais descontraída possível.
Sinônimo de irreverência, P!nk ultrapassa qualquer limite do esperado em sua apresentação, que mescla momentos de passos marcados com sua desenvoltura de palco. Livre, a loira percorre todo o stage provando que mulheres tem o poder e que podem fazer o que querem. E de mensagem em mensagem, o evento vai tomando forma e a passagem da estrela se tornando cada vez mais icônica para a história do festival. E rolou de tudo. Desde mensagens fofas em lembrança dos filhos, a um pensamentos mais imperativo e de empoderamento feminino, do qual P!nk é defensora.
“Beautiful Traumma Tour”
Hit após hit, a “Beautiful Traumma Tour” percorreu o mundo passando por países como Alemanha, Holanda, EUA, Suécia, Canadá, entre outros. Chegando pela primeira vez ao Brasil, a cantora cravou no país a única passagem pala América Latina, a qual já prometia uma visita há muito tempo. E a estrela lembrou da promessa falando do quanto tempo havia demorado para aterrizar no país.
“Brasil… Finalmente!” – P!nk.
E não faltou sucesso. Do início ao fim, a cantora apresentou os grandes hits da carreira, desde “Get The Party Started” a “Try“, passando pela nova “Beautiful Traumma” e a saudosa “Just Like a Pill“.
Durante toda a apresentação, a irreverência de P!nk deu lugar a um sorriso intrigante e, ao mesmo tempo, acalentador. A cantora se sentia em casa, e estava mesmo. Que ela sempre volte.
Sucessos
O público clamou as principais faixas de P!nk desde que pousara – literalmente – no palco. A artista que mais ganhou dinheiro com uma turnê na década, P!nk justifica não apenas seu alto cachê, mas sua fama de estrela. Não há uma outra artista com a mesma capacidade vocal e performática que a norte-americana, no mainstream. E entre trocas de roupa e danças com bailarinos, a loira deixa se levar pelo momento com um repertório bem amarrado, colocando sucesso atrás de sucesso.
Após a primeira interlude, momento em que o telão exibe imagens de suporte para entreter o público, P!nkaparece com novas vestimentas e a mesma vontade de arrebatar os fãs enfurecidos, que aguardavam ansiosamente a estreia da cantora no país. E com um medley animado de “Funhouse” e “Just Like a Girl“
Ao todo, o show de P!nk conta com cinco momentos que vão crescendo ao longo da apresentação. No telão, imagens entre engraçadas e de assuntos sérios são mesclados, mostrando um pouco da história de ativismo que a cantora possui e dissemina mundo afora.
Energia
O palco parece pequeno diante do tamanho de P!nk. No auge de seus 1,63m, é imensurável a magnitude que a cantora possui no palco e que atrai todos os olhares mais curiosos. Até mesmo aquele mais cético ou o que não curte “pop” se interessa em assistir o trabalho da loira, enquanto performa os maiores sucessos da história. E são muitos! P!nk já liderou as maiores paradas do mundo e levou para casa alguns dos prêmios mais importantes do planeta como o Grammy e o MTV VMA.
A energia de P!nk se mescla ao grande talento e desenvoltura. Já a voz, um espetáculo a parte, se mostra potente até nos momentos de dança e acrobacias – e são muitos-.
Pedido de casamento
No meio do show, P!nk ainda foi responsável por um dos momentos mais fofos do dia. Como de praxe, algo que já tinha acontecido em algumas apresentações, um jovem brasileiro contou uma história para a artistas falando sobre seu namoro. E, em frente à artista, mostrou que estava preparado para seguir um novo rumo em sua vida.
E ele foi em busca deste momento logo no show de P!nk. Com microfone em punhos, pediu o namorado em casamento, para delírio do público e da artista, que se emocionou com o pedido.
E mais sucessos!
Faixas consagradas de P!nk estiveram na apresentação que teve um pensamento minimamente detalhado para o festival. Nada de músicas do último álbum, “Human 2B Human“, pouco conhecido dos fãs brasileiros. P!nk focou nos sucessos e, de forma maestral, ganhou o coração dos brasileiros, que se aglutinaram para acompanhar o desenvolver da apresentação. Durante que duas horas, o público riu, chorou, aplaudiu e viu de perto uma das maiores artistas que já pisaram no palco do Rock in Rio em todas as suas edições, desde 1985. P!nk tem veia de rock e o show contempla tudo o que um verdadeiro rockstar precisa.
P!nk brinca no palco. Entoando “Just Give Me a Reason“, “divide” os vocais com Nate Ruess, parceiro na faixa, uma das maiores colaborações recentes da artista.
Não fica de lado a incansável “Fucking Perfect” que, desde que seus filhos nasceram, virou apenas “Perfect“, já que a estrela não fala mais palavrão – uma fofa, né? -.
A tríade “Raise Your Glass“, “Blow Me (One Last Kiss)” e “Can We Pretend” foi o grand finale, abrindo espaço para o “fator uau” da apresentação.
Voa, P!nk! Voa!
Se um dia alguém falasse que um artista voaria em cima da plateia em pleno Rock in Rio, grande parte do publico ficaria intrigada. A maioria, no entanto, não acreditaria nem na mais remota possibilidade, principalmente por se tratar de um local aberto. “Onde se posicionaria o equipamento?”, perguntariam os mais técnicos. Mas P!nk apostou no inusitado e, para o “bis”, levou ao palco uma das grandes faixas de sua história, o sucesso “So What“.
Com uma estrutura circular na cintura, a cantora foi içada a uma altura de aproximadamente 15 metros onde percorreu, em cima da plateia, uma extensão de mais de 50 metros em frente ao palco. Brincando com o público e cantando a faixa, a artista deixou os fãs de queixo caído com tamanha desenvoltura. Não houve quem não tenha ficado impactado com a acertava petulância da realização completa da performance sensorial proposta pela artista.
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