Rock

Phil Collins deixa Tarzan de lado e emociona cariocas com clássicos em primeiro show no Brasil

Phil Collins. Foto: Divulgação/Marcos Hermes

Os fãs cariocas foram agraciados, nesta quinta-feira, 22, com a primeira apresentação de Phil Collins no Brasil. Foram 40 anos de espera desde o estouro do artista à frente do Genesis, banda que o consagrou como um dos maiores nomes do Rock Progressivo. Aos 67 anos, o britânico embalou os fãs com muita nostalgia, mas deixou de fora um dos maiores clássicos de sua carreira. O Portal PopNow acompanhou todos os detalhes do evento. Confira: 

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O show

O clima no Rio de Janeiro contrastava com o astral dos 42 mil fãs que aguardavam ansiosamente. E pouco antes do esperado, às 22h desta quinta-feira, 22, a apresentação do britânico começou. O Maracanã, palco escolhido para o primeiro show da carreira de Phil Collins no Brasil, não podia ter sido mais assertivo. O local, que já abrigou tantos outros eventos históricos, como as cerimônias de abertura e encerramento dos Jogos Olímpicos Rio 2016, as finais das Copas do Mundo de 2014 e 1950, quando fora construído. De fato, o Maracanã é muito mais que um estádio de futebol, o esporte mais popular do país.

Phil Collins. Foto: Divulgação/Marcos Hermes

Vestindo traje todo preto, Phil Collins subiu ao palco som aplausos, afinal, o artista deu um chá de cadeira de 40 anos para a apresentação. Aos 67 anos, o britânico mais parece um “vovô” com uma expressiva e ampla voz.

Phil Collins é um showman. Mesmo não conseguindo se locomover como nos dias de ouro – já que passa a maior parte do show sentado em uma cadeira -, o cantor domina o palco.

O início da apresentação foi marcado pelos sucessos antigos de Phil Collins. “Against All Odds“, de 1984, foi a faixa escolhida para abrir o show. Também, não podia ser diferente. A música, que integrou a trilha sonora do filme “Paixões Violentas“, lançado no mesmo ano, rendeu a Collins o Grammy de Melhor Performance Vocal Pop Masculina, seguida de “Another Day in Paradise“, canção que consagrou o britânico à Gravação do Ano no Grammy de 1989 e um BRIT Award de Melhor Single Britânico.

Phil Collins. Foto: Divulgação/Marcos Hermes

O show seguiu com outros grandes sucessos da carreira solo de Collins como “I Missed Again“, de 1981, “Hang in Long Enough“, de 1989 e “Wake Up Call“, gravação de 2002.

Homenagem ao Genesis

Phil Collins pouco fala sobre sua antiga banda, Genesis, formada em 1967, na Inglaterra, com quem colaborava ao lado de Steve Hackett, Peter Gabriel, e outros tantos artistas de sucesso que passaram pelo grupo. No Rio, alguns sucessos não ficaram de fora, para alegria dos fãs.

Phil Collins. Foto: Divulgação/Marcos Hermes

Collins performou as faixas “Throwing It All Away“, 1986, e “Follow You Follow Me“, de 1978, o que lhe rendeu aplausos gerais. De fato, a sensação era de nostalgia, como se sua antiga banda estivesse no palco.

Embora não em todo o seu vigor físico já que, aos 67 anos, com aparência de muito mais velho, derivado dos problemas que sofreu com o alcoolismo que quase lhe custaram a vida, Collins emocionou seus súditos.

Como todo artista que se preze, Collins apresentou versões para clássicos eternizados nas vozes de outros artistas, como o sucesso “You Can’t Hurry Love“, do The Supremes, gravado pelo britânico em 1982 e “Easy Lover“, sua parceria com Philip Bailey.

Sem Tarzan

Um artista de várias faces, Phil Collins foi responsável por trilhas sonoras de algumas das mais importantes animações da Disney. “You’ll Be My Heart“, faixa principal do filme Tarzan, de 1999, que lhe rendeu diversos prêmios como o Oscar de Melhor Canção Original e o Globo de Ouro na mesma categoria, ficaram de fora da apresentação.

Phil Collins. Foto: Divulgação/Marcos Hermes

Na plateia, alguns “jovens” na casa dos 20/30 anos aguardavam ansiosamente pela performance que remeteria às suas respectivas infâncias, mas a homenagem não veio.

Também ficaram de fora as músicas que o artista assinou para a trilha sonora de “Irmão Urso“.

The Pretenders

PRETENDERS no Estádio Maracanã. Foto: Divulgação/Marcos Hermes

Escalados para abrirem a apresentação, os PRETENDERS atravessam a ponte entre o punk, a new wave a e a música POP Top 40 mais do que qualquer outra banda na história da música, com hits de sucesso mundial como “I’ll Stand By You”, “Back On The Chain Gang” e “Don’t Get Me Wrong“. A banda vendeu mais de 25 milhões de álbuns e a fundadora e líder Chrissie Hynde é uma dos melhores compositoras da música contemporânea.

Em 2016, O PRETENDERS lançaram Alone, 36 anos após seu célebre álbum homônimo de estreia. Alone foi gravado em Nashville com Dan Auerbach do The Black Keys, que capitaneou toda a gravação como produtor e multi-instrumentista, e foi mixado por Tchad Blake (Arctic Monkeys, Peter Gabriel, Elvis Costello). A banda completa se juntou a Chrissie e Dan em  Alone, que teve ainda participações de Dave Roe, ex-baixista de  Johnny Cash, do roqueiro country Kenny Vaughan no violão, além de diversos membros do projeto de Dan, The Arcs. Duane Eddy também fez uma participação especial em “Never Be Together“.

Próximos shows

Phil Collins ainda tem mais três shows marcados para o Brasil. Nos dias 24 e 25, o britânico se apresenta no Allianz Parque, em São Paulo, e em seguida vai para Porto Alegre, onde performa no dia 27. Após o Brasil, o britânico segue para o México, Perú, Chile, Uruguai, Argentina e finaliza a etapa latino-americana da turnê, em 23 de março, em Porto Rico.

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