O podcast Original Spotify Mano a Mano chega ao seu penúltimo episódio nesta quinta (2). Desta vez, Mano Brown recebe o ator e cineasta Wagner Moura para um papo reto. Um dos pontos de encontro entre os artistas é o longa recém-lançado no Brasil Marighella, para o qual o rapper foi convidado pelo diretor para protagonizar, mas não prosseguiu pela falta de agenda. “Eu acho que eu não nasci pra isso e aprendi a respeitar muito mais a profissão de ator. Não é fácil e não é pra qualquer um. Tem que estudar, tem que ter tempo, tem que ter compromisso. Você tem que ser livre, tem que renunciar muita coisa, dos seus próprios complexos. Eu não sei como vocês lidam com isso quando estão sozinhos”, confessa Mano Brown.
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Política é outro tema da conversa. Wagner relembra em que momento a pauta despertou seu interesse. “Quando eu comecei a entender que eu vi coisas que não faziam sentido, foi quando eu comecei a procurar saber. (…) Minha casa não era uma casa de gente politizada. (…) Depois que eu entrei para a faculdade de Jornalismo, aí sim, aos 17 anos, abriu um mundo”, comenta Wagner.
Wagner também relembra um dos primeiros shows que viu dos Racionais, em Salvador. “Eu nunca vou esquecer aquele show. Você chamou uns moleques do rap de Salvador no palco, você rimou, você fez freestyle com um moleque lá. E eu nunca vou esquecer aquilo, cara. Aquele cara era muito zangado. Era uma raiva muito potente e compreensível”, recorda. Em seguida, o diretor questiona o que mudou daquela época em relação ao Brown de hoje. “Eu não sou cheio de razão. Eu não afirmo mais nada com tanta convicção. Tá tudo em mutação. Só com 50 anos você percebe isso. Com 20 anos, você é um incendiário, e depois dos 30, vira bombeiro. Você quer corrigir as coisas, aquelas músicas, aqueles machismos, aqueles erros brutais da juventude que só o jovem tem direito a cometer”, responde o MC.
O podcast Original Spotify Mano a Mano, conduzido por Mano Brown, tem novos episódios toda quinta-feira com uma conversa direta com personalidades do esporte à política, da música à religião. O último episódio vai ao ar na semana que vem, dia 09 de dezembro. Nos episódios anteriores, Mano Brown recebeu a cantora Karol Conká, o médico Drauzio Varella, o ex-Presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva, os craques veteranos do Santos Futebol Clube Juary, Gilberto Sorriso e Pita, o pastor Henrique Vieira, o vereador da cidade de São Paulo Fernando Holiday, o técnico de futebol Vanderlei Luxemburgo, a cantora e compositora Leci Brandão, o rapper Djonga, a cantora Ludmilla, o casal de atores Taís Araújo e Lázaro Ramos, o professor e arqueólogo Rodrigo Silva, a cantora Gloria Groove e a filósofa e escritora Djamila Ribeiro.
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