Vamos começar com uma verdade: dificilmente você encontrará uma pessoa que já passou dos 30 anos e que nunca tenha visto (e amado) Jurassic Park. O filme, que se tornou uma referência em efeitos especiais e arrastou multidões para os cinemas em 1993 faz parte do imaginário das pessoas e transcende gerações, sendo exibido de pais para filhos – e reprisado nas sessões da Tarde.
Não é de se espantar que “Jurassic World”, quarto longa da saga – que foi lançado em 2015 com ares de remake – se tornou uma das estreias de maior bilheteria da história do cinema, arrecadando US$ 524 milhões no primeiro final de semana de exibição. Mesmo que as duas sequências anteriores, lançadas em 2000 e 2001, não tenham sido tão bem recebidas pelo público, a nova gama de tecnologias à mão e as salas de cinema completamente diferentes das disponíveis nos anos 90 e 2000 fez com que, novamente, milhões de pessoas saíssem de casa para ver, com muita expectativa, os dinos nas telonas.
Agora, com o lançamento de “Jurassic World: Reino Ameaçado” no último dia 21, 25 anos após o primeiro T-Rex ser visto nas telonas e público já mais acostumado com efeitos especiais de “encher os olhos”, fica a pergunta dúvida: afinal, o que há de novo na nova versão?
Para começar, não tem como não falarmos dos dinossauros, não é? Em 1993, Spielberg revolucionou o cinema ao apresentar animais super-realistas. Eles eram, na verdade, bonecos mecânicos (técnica conhecida como animatrônica), daquele tamanho que vemos nas telas mesmo. Diz a lenda, inclusive, que durante a icônica cena em que o T-Rex quebra o vidro do teto do carro para tentar pegar as crianças, a ideia original era que ele apenas se aproximasse do veículo. Mas, o boneco gigante (e pesado) acabou batendo no tampo e derrubando o vidro em cima das crianças, que gritaram a plenos pulmões de medo – acredite! – real.
Agora uma curiosidade: por mais que pareça que eles estão o tempo todo nas cenas, em 127 minutos do primeiro filme, apenas em 15 aparecem os dinossauros. Desses 15, nove são imagens dos bonecos e seis são animações feitas por computação gráfica. Além disso, os velociraptors que aparecem em cenas chave do longa, são animadores vestindo trajes de borracha.
Já para “Jurassic World: Reino Ameaçado”, os bonecos também foram produzidos, mas com uma quantidade de realismo impressionante! Mandíbulas e olhos se movem e o corpo deles imita até o movimento da respiração. Tanto realismo fez com que alguns atores comentassem, inclusive, que dava um certo nervosismo estar próximo dos dinos. Além disso, os animatrônicos são usados como base para que a computação gráfica possa ser muito mais real do era há duas décadas. Em diversas cenas de ação os atores fazem os movimentos que seriam dos dinossauros e são substituídos pelos animais digitalmente.
Boa parte do realismo do primeiro filme é atribuído também à profundidade sonora. Você sabia que os barulhos produzidos pelos dinossauros são sons de cães, vacas e até tartarugas copulando? Com técnica de desaceleração, os produtores conseguiram transformar esses sons da natureza em rugidos grandiosos. Mas não foi só isso que fez com que o som fosse tão especial. O que acontece é que Jurassic Park foi o primeiro filme a utilizar o sistema DTS (Digital Theater Systems), baseado em vários canais de áudio. O próprio Spielberg era um dos investidores do formato nos anos 90.
Atualmente, quem for assistir “Jurassic World” nos cinemas com Dolby Atmos®, o mais potente sistema de som do mercado, independentemente da poltrona em que estiver sentado, terá a mesma sensação de envolvimento com o filme – que já é muito maior do que a convencional. Isso acontece graças ao posicionamento mais apurado das caixas acústicas, de forma que elementos sonoros independentes possam se sobrepor aos canais de áudio tradicionais. Na Rede Cinesystem Cinemas, por exemplo, as salas Cinépic, mais tecnológicas da exibidora, possuem até 128 canais de áudio que são distribuídos por toda a sala, inclusive em meio à plateia. As caixas tornam mais fácil a simulação dos efeitos sonoros e ampliam as possibilidades dos produtores do filme. O som surge de todas as direções e parece preencher a sala de cinema por completo, com uma surpreendente clareza, riqueza, detalhe, profundidade e sensação de inserção.
Por fim, precisamos citar a clareza das imagens. Mesmo com todos os efeitos visuais de Jurassic Park, em 1993, a tecnologia de exibição disponível no mercado não era nem de perto parecida com a de hoje. Para se ter uma ideia, o primeiro complexo cinematográfico 100% digital do Brasil foi lançado apenas em 2011, pela Rede Cinesystem. Hoje em dia, todos os cinemas brasileiros já contam com 100% de digitalização e já existe o primeiro com 100% de projeção a laser, também lançado pela exibidora no Morumbi Town Shopping.
Se pensarmos que o público só teve a oportunidade de assistir a Jurassic Park em 3D no ano de 2013, quando uma versão comemorativa remasterizada foi lançada pela Universal, o salto tecnológico do mercado fica ainda mais evidente.
Quem quiser conferir de perto a nitidez, o grau de realidade e o “barulho” dos novos dinossauros, precisa correr para os cinemas e já garantir ingressos para “Jurassic World: Reino Ameaçado”. O longa estreou no dia 21 de junho nas salas de todo o Brasil.
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