Headliner do terceiro dia de Rock in Rio, Bon Jovi colocou os saudosos fãs para chorar em show no Palco Mundo. Reunindo os maiores sucessos da carreira, a banda norte-americana liderada por Jon Bon Jovi fez um show impecável dentro dos limiares de possibiliade, levando em consideração a idade dos integrantes. A voz de Bon Jovi não é a mesma, mas nada pode-se falar da empolgação do músico de 57 anos.
Falar de Bon Jovi sem percorrer a história é quase impossível. Carta marcada no Rock in Rio, onde encontra um quase reduto dentro do país, a banda se mostra completamente à vontade ao retornar ao Rio de Janeiro, encerrando a noite dos “cinquentões”. E com casais apaixonados, o grupo entoou seus mais famosos hinos.
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Tudo correu bem na apresentação do Bon Jovi. Apesar da voz prejudicada, o frontman prova que ainda dá um caldo, percorrendo o palco de lado a outro e esbanjando simpatia com o público em uma entrega tênue que beira a paixão. Se não nasceu para isso, aprendeu a viver para os palcos, que sem Bon Jovi nada são.
O show
Bon Jovi. Foto: Divulgação/Diego Padilha
Falar do show do Bon Jovi é apelar para a mesmice, no bom sentido da palavra. Foi, sem tirar nem pôr, um show idêntico ao apresentado em 2017, também no Rock in Rio. Com a mesma entrega e setlist bastante semelhante, coube para as projeções no telão darem um tom visualmente distinto ao doutra performance. A questão, é claro, passa batida pelos fãs, que se despencam em massa para conferir a performance de uma das bandas mais icônicas de todos os tempos.
E percorrendo o mundo a bordo da turnê “This House Is Not for Sale“, o Bon Jovi, que já havia se apresentado em São Paulo, Curitiba e Recife, Pernambuco, voltou a fazer história no Rock in Rio em apresentação para cerca de 100 mil pessoas. Como de costume, o grupo tentou passar sua verdade ao som do bom e velho Rock’n Roll.
E para aqueles haters que costumam dizer que “o Rock morreu”, o público prova que o que falta é espaço para dar voz à artistas tão interessantes. Há fãs de todos os tipos quando a música é boa.
Na atual turnê, Bon Jovi percorre sucessos. Iniciando com “This House Is Not for Sale“, que dá nome ao show, a banda logo emenda em “Born to Be My Baby“e “Lost Highway“. Com 17 faixas no setlist e que 2 horas de apresentação, faltou espaço para alguns outros sucessos dos mais de 30 anos de carreira.
Bon Jovi. Foto: Divulgação/Wesley Allen
“You Give Love a Bad Name“, “Roller Coaster“, “We Weren’t Born to Follow” e “Blood on Blood” logo chegam promovendo um festival de interação.
O show do Bon Jovi é conhecido pela fluidez. Sem divulgar previamente o setlist do show como de praxe, parece que a banda vai tocando o que dá na telha, com o objetivo de sentir justamente o flow. Lógico que, não apenas as longas décadas de estrada, mas a sintonia da banda, são grandes diferenciais para a maestria da apresentação.
Voltando a falar das semelhanças das últimas passagens pelo Brasil, assim como em 2017, a apresentação da banda começa a tomar forma com mais sinergia em “It’s My Life“. Deslocada para a segunda metade do set, a faixa, um dos maiores sucessos dos artistas, é um hino quando se trata da banda, e acaba recebendo holofotes, sendo um dos momentos mais esperados do encontro.
Bon Jovi. Foto: Divulgação/Wesley Allen
Outro momento aguardado por todos é quando a produção do artista sobe uma fã para dançar e cantar ao lado de Jon. Desta vez, no entanto, a escolha não foi efetiva. Após dançar coladinha com o astro, a moça desceu do palco correndo, para espanto do artista. Na sequência, uma nova mulher sobe, aí sim para ganhar o tão sonhado beijo do galante cantor.
Coube à “Always” encerrar o show após uma saída da banda do palco. Fazendo aquele “charminho” que todos conhecem, os músicos deixaram o palco para apatia do público que, ao invés de clamar por mais sucessos, decidiu virar as costas para seguir o rumo de casa. No espanto, foram surpreendidos com o repentino retorno dos músicos ao palco.
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