O Oscar 2025 consagrou Anora como o grande vencedor da noite, levando os prêmios principais da cerimônia, incluindo Melhor Filme, Melhor Direção para Sean Baker e Melhor Atriz para Mikey Madison. No entanto, a ampla dominação do longa gerou debates entre críticos e cinéfilos sobre a justiça das escolhas da Academia. Teria Anora sido realmente o melhor filme do ano ou houve injustiça na premiação?
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O triunfo de Anora
A trajetória de Anora no Oscar já era esperada, considerando sua recepção calorosa em festivais e sua narrativa intensa e provocadora. O filme, dirigido por Sean Baker, conquistou público e crítica com sua abordagem sensível e performances marcantes. Para muitos, o favoritismo foi justificado, e a noite apenas confirmou o que já era antecipado. No entanto, a ampla dominação do longa gerou debates entre críticos e cinéfilos sobre a justiça das escolhas da Academia.
O The Hollywood Reporter classificou o longa como “um retrato fascinante e angustiante da sociedade moderna”, enquanto o Variety elogiou a direção de Baker, dizendo que “ele entrega um de seus trabalhos mais maduros e visualmente impactantes”.
Controvérsias e a concorrência
Apesar dos prêmios, alguns especialistas questionaram se Anora deveria ter levado tantas categorias. Filmes como O Brutalista, Conclave e Emilia Pérez foram apontados como concorrentes de peso que poderiam ter conquistado mais estatuetas.
O IndieWire destaca que “o domínio de Anora pode ter ofuscado outras narrativas igualmente inovadoras e merecedoras de reconhecimento”, enquanto o Los Angeles Times comentou que “Mikey Madison brilhou, mas performances como a de Cynthia Erivo em Wicked também poderiam ter sido premiadas”.
Se para muitos a vitória foi justificada, a ideia de que a falta de profundidade no roteiro e a forma simples como foi apresentada, podem apontar potência para o discurso do triunfo do filme. O longa traz leveza para um tema tênue e, por muitos, considerado tabu. No filme, apesar de objetificada, a protagonista corre atrás da sua própria identidade e relevância, sendo notada por sua força e perseverança.
No entanto, se para muitos isso pode ser considerado fácil, há quem diga que há beleza na sutileza. E a ausência de recursos tecnológicos ou de pirotecnia ajudam a confirmar o porquê o filme foi tão contemplado na premiação.
A decisão da Academia foi justa?
A vitória esmagadora de Anora reacendeu o debate sobre a diversidade e a previsibilidade do Oscar. Enquanto alguns acreditam que o filme realmente mereceu cada prêmio, outros questionam se a Academia poderia ter valorizado mais a variedade de narrativas apresentadas este ano.
Independentemente das opiniões, Anora garante seu lugar na história do cinema, e o Oscar 2025 será lembrado como o ano em que o filme de Sean Baker dominou a maior premiação do mundo.
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