Brasil
‘A música é a minha paz, minha liberdade’: conheça Bella, nova aposta do mercado musical
Bella acolhe e traduz seus sentimentos em composições na língua inglesa. Aos 20 anos, a cantora, que foi criada no interior de São Paulo, define seu som como “indie pop new age” e é lançada no mercado pelo selo DogMusicLab com produções musicais de André Nine, Nox e Eduardo Biasi. Começou a escrever aos sete anos e aos nove já tinha diversas letras em inglês. “As minhas primeiras lembranças são d’eu fazendo shows para as plantas de casa com três anos. Sempre almejei viver de música”, comenta Bella, que cursou Design Gráfico no Centro Universitário Belas Artes, mas trancou para se dedicar à música.
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Parte de uma geração completamente conectada, Bella tem um histórico parecido com diversos dramas cotidianos de adolescentes. Em suas composições traz desde recorrentes fatos dessa parte da vida, como dores de términos, superações, relações de amizade, até as vivências relacionadas ao bullying na época da escola, feminismo, humilhação em sua cidade, a relação com as drogas, depressão e suicídio. “Sempre fui muito isolada nos colégios, talvez por ser muito diferente, ter estilo próprio. Passei por muitos ataques virtual e pessoalmente, isso fere demais e não tinha outra opção senão escrever e recorrer à música para diminuir a minha dor”, comenta.
Entre as referências musicais, estão as bandas The Neighbourhood, Twenty One Pilots, Beach House, Fazerdaze, Neck Deep, The 1975, Arctic Monkeys e as cantores Avril Lavigne e Halsey. “Eu costumo dizer que XXX salvou a minha vida. Nos meus momentos mais difíceis, quando tudo que eu pensava era em acabar com a minha vida, eu escutava naquelas letras exatamente o que eu sentia e não me via mais sozinha”, conta Bella. “E quero que minhas letras, meus sons, levem isso para as pessoas. Quero mostrar que tudo passa, vai doer, mas as coisas vão se ajeitar. E que as pessoas não estão sozinhas, tem sempre alguém que vai entender a sua dor”, complementa ela.
Já lançou os singles: Getting Cold, Get To You (2001), Lonely (The Remix), Pain (The Remix), Lonely, Move On, DNYIML; – EP: Lonely e Lonely, The Remix
Confira na íntegra a entrevista que a cantora Bella concedeu ao Portal PopNow.
O que a música significa para você?
Bella: A música é a minha paz, minha liberdade, não seria absolutamente nada se não fosse pela música.
Você traz composições que traduzem seus sentimentos?
Acho muito difícil escrever sobre coisas que não são reais pra mim. Minhas dores, minhas alegrias, tudo que eu sinto eu transformo em música.
De alguma forma você se sente vulnerável em mostrar esse lado seu?
Bella: Muitas vezes sim, mas acho que criei uma camada de proteção ao longo dos anos. Em alguns lançamentos sinto mais “medo” da reação das pessoas, se elas vão entender o que eu quero dizer, se elas vão me julgar, mas eu não me deixo levar por esses pensamentos. Minha vulnerabilidade é um ponto de força para mim.
Além disso, você é um forte nome no indie pop. Como é para você ser comparada com a cantora Billie Eilish e considerada como a billie eilish brasileira?
Bella: Eu acho muito doido, eu admiro muito ela e o trabalho dela, sou muito fã mesmo, então é incrível pra mim ser comparada com alguém que eu considero um ícone.
Conta um pouco para gente sobre o single “Getting Cold”, que marcou sua nova fase na carreira
Bella: Getting Cold é uma música muito importante pra mim, escrever ela me ajudou a mudar muita coisa na minha vida, e ela fala exatamente sobre isso, a necessidade de mudar, de se libertar, de perceber as coisas que não te fazem bem e o quanto nos iludimos achando que tudo está perfeito. Eu escrevi ela tão rápido que só entendi sobre o que eu estava escrevendo quando terminei.
Além de Billie Eilish, quais suas outras maiores inspirações no meio musical?
Bella: Halsey e The Neighbourhood são os motivos de eu estar aqui hoje, me influenciaram muito na minha maneira de cantar e escrever.
Pensa em gravar singles em português também?
Bella: Tenho muito interesse em aprender a escrever em português, como sempre escrevi em inglês é uma barreira a ser quebrada, mas posso dizer que em breve vocês vão me ouvir cantando em português.
Já viveu alguma experiência marcante na música?
Bella: Ter a oportunidade de trabalhar com pessoas que eu admiro desde que sou adolescente, como o Nine e o Nox, é marcante por si só, e também ter sido selecionada para o Pitch do WME 2021 completando meu primeiro ano de carreira foi surreal pra mim.
Como você lida com críticas negativas e positivas?
Bella: Levo críticas negativas e positivas de maneira construtiva. Tento escutar, internalizar e como funciona pra mim. Se de fato a crítica funcionar, se vai me ajudar a crescer, com certeza vou seguir, pensar sobre. Tento levar com leveza e ver onde posso melhorar, tanto no meu trabalho e na minha vida pessoal. Sempre vão falar e cada um que escolhe como vai reagir.
Tem projetos prontos para serem lançados ainda este ano?
Bella: Sim! Tenho alguns singles para lançar esse ano, estou ansiosa para mostrar mais dessa nova fase que estou vivendo.
Sabemos que nesse momento o futuro é algo incerto, mas impossível pensar, né? Então, o que pretende fazer quando a pandemia passar? Pensa em uma turnê?
Bella: Sonho em fazer meu primeiro show, cantar minhas músicas em um palco, mal posso esperar por esse momento