Com apenas dois anos de carreira, Bianca já viu sua vida virar de ponta cabeça. A cantora, natural de Campos dos Goytacazes, interior do Rio de Janeiro, já chegou a dormir de favor e vender caipirinha na praia enquanto lutava por uma oportunidade no mundo da música.
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Hoje, a artista acumulou 108 milhões de plays no Spotify apenas em 2022, figurando nas principais listas da retrospectiva da plataforma divulgadas na manhã desta quarta-feira (30/11).
‘Ai Preto’, sua parceria com L7NNON e Biel Do Furduncinho, foi a 27° música mais escutada no Brasil e a 18° mais ouvida em Portugal. O hit, que chegou à atingir o topo da parada em julho deste ano, também foi eleita pela plataforma como o oitavo melhor funk do ano e o 15° maior hit viral da internet em 2022. Bianca também figurou na lista das melhores músicas femininas com ‘Tropa Das Soltinhas’, sua parceria com Jojo Todynho e Gabily.
Confira a entrevista com a Bianca:
Vamos falar sobre o ano da Bianca. Você estourou para todo mundo, foi divulgado que você está na lista de mais ouvidas em Portugal e no Brasil. O que mudou na sua vida nesse ano?
Bianca: Mudou muita coisa. antes na pandemia eu tive uma música estourada que foi ‘Tudo no Sigilo’ só que as pessoas não me conheciam, só conheciam a minha voz sabe, conheciam a música mas não sabiam quem cantava, não sabia nem o nome. Então com ‘Aí Preto’ eu consegui ter a visibilidade de imagem que eu não consegui ter com ‘Tudo no Sigilo’ que também foi uma música muito estourada. Eu no ano de 2020 eu saí em nono lugar das mulheres mais escutadas do Brasil, ela também bateu em Portugal, então depois da pandemia que veio ‘Ai Preto’ eu acho que foi isso, a galera começou a conhecer minha cara, a conhecer meu rosto, a conhecer meu nome, então isso que mudou, e isso muda muita coisa. Abriu muitas portas para mim, eu comecei a ter contato com outras pessoas, conhecer outras pessoas, o público que é para mim é a melhor coisa, você vê a galera cantando suas músicas no show, muito doido, e hoje eu tô conseguindo meio que conciliar ‘Tudo no Sigilo’ também, então a galera tá começando a entender.
Entendem quem é a pessoa por trás de ‘Tudo no Sigilo’ e de todos os outros trabalhos que você vem lançando desde então, né?
Bianca: Exatamente. ‘Tudo no Sigilo’ foi uma música que mudou a minha vida. Eu morava num estúdio, dormindo no chão de um estúdio lá em Caxias de favor, e aí ela fez a reviravolta na minha vida. Como eu falei antes, foi um processo, e tá sendo um processo ainda da galera entender que aquela música é minha e juntar tudo.
Você é uma pessoa muito representativa em uma série de fatores. Você acha que falar sobre essas pautas é algo que as pessoas acabam focando muito nisso e deixam de olhar seu lado musical? Como você vê isso?
Bianca: Antes mesmo de eu cantar eu já tinha me descoberto bisexual, desde muito novinha, e sempre falei muito abertamente, nunca tive esse problema. Eu sofri muito preconceito dentro da minha casa, mas mesmo assim sempre me mantive firme. Eu sou uma pessoa muito transparente, então eu sou o que eu sou e doa quem doer é isso. Eu acho que quando a pessoa chega no nível onde ela tem uma voz para falar com o público ela tem que falar, porque tem muitas pessoas que passam por coisas que eu passo e já passei, e às vezes eu falar ‘ você tem que se aceitar’, porque tem gente que às vezes nem se aceita por conta de medo do que as pessoas vão achar, de família, e da sociedade, então eu acho que quando a gente tem voz, a gente tem que falar mesmo, a gente tem que defender a causa mesmo. Eu não acredito que isso possa fugir um pouco da música, eu acho que é um combo quando você é artista você tem responsabilidade não só de cantar, porque as pessoas acham que é só isso também, mas não é é só isso. Eu acho que é muito importante você estar presente em pautas, falando sobre pautas porque isso espelha e encoraja outras pessoas. É só você ser quem você é e tá tudo bem, as pessoas vem tipo ‘ai meu Deus’, mas é uma coisa muito normal, muito simples.
E o que você espera para 2023? O que pode nos adiantar? Quem sabe um EP, um álbum?
Bianca: Eu espero muito trabalho, eu espero mais um sucesso, mas dois quem sabe. Eu acho que sucesso também é fruto de trabalho, eu tô trabalhando para caramba, então eu acho que 2023 vai ser um ano talvez de virada de chave da minha carreira, eu tô bem focada nisso tô trabalhando bastante para isso acontecer. Não posso falar muito, mas vai ter single, vai ter umas coisinhas aí, música de carnaval, feats, bastante coisa legal.
Se pudesse escolher um artista brasileiro e um internacional para um feat, mas que não fosse óbvio, que fugisse bem do óbvio. Alguém que você acha que combinaria com quem a Bianca gosta.
Bianca: Eu acho que eu faria uma música com a Kehlani, porque ela é minha diva master, eu acho que ela fala bastante coisa nas músicas dela que são coisas que eu me identifico. E brasileiro, que não seja óbvio, muito difícil, mas acho que a Gloria Groove, é meio óbvio, mas eu faria muito um feat com a Gloria Groove. Pra mim a Glória Groove é uma das artistas mais completas que o Brasil tem, eu acho ela incrível, eu amo, sou apaixonada, assumida, ela sabe.
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