A expectativa por trás do ‘SOS’ de SZA era multifacetada. Fãs dedicados esperaram cinco anos após a estreia do aclamado ‘Ctrl’ por outro corpo completo de trabalho da cantora de R&B – mas essa pressão só pareceu adicionar mais desvantagens e levou a ciclos laboriosos de auto-introspecção ouvidos no conjunto de 23 músicas.
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‘Para eu ficar focada no álbum por cinco anos e trabalhar nele e não ficar entediada, tenho que começar a fazer coisas completamente diferentes em momentos aleatórios’, explica ela em uma nova entrevista para a Rolling Stone Music Now .
‘Geralmente consigo perceber o que estou escondendo de mim mesma ou no geral’, diz ela, referindo-se ao lirismo do álbum. ‘Seja por vergonha do meu ex, seja por vergonha, seja por insegurança, seja o que for…. Talvez essa seja a única maneira de não ficar entediado é fazer, tipo, atos bizarros de auto-constrangimento’.
Ela passou a detalhar vários desafios ao longo do processo de gravação, incluindo seus muitos desejos de voltar atrás em ‘SOS’, mesmo na semana que antecedeu seu lançamento. Sobre o processo de composição, ela diz que muitas vezes se sentia entediada com o que estava fazendo, um resultado indireto de ter ficado sentada no álbum por tanto tempo e porque estava tentando dizer e criar algo novo.
‘Nunca pensei em um milhão de anos que as pessoas iriam gostar’, diz ela. ‘Meu pai está me visitando agora, com minha mãe. Todo mundo veio para garantir que eu não enlouquecesse se o álbum fosse ruim assim que fosse lançado. E agora estamos apenas saindo, porque não foi nada mal!’
Ela continua: ‘Mesmo quando eu estava [fazendo a] lista de faixas, eu pensava, ‘Ugh, essa merda é tão chata’ ou ‘é uma merda’, ou quando eu não conseguia algumas das coisas que eu queria para o primeiro ideia de capa ou as coisas não estavam funcionando, eu fico tipo, ‘vamos lançar sem capa e deixar tudo em branco.’
Chegando a um ponto em que ela ‘só [queria] acabar logo com isso’ e ‘encontrar meu próprio destino’, ela admite que tinha um plano de jogo para ‘nunca mais fazer música’ se as pessoas não gostassem do álbum: ‘Eu disse meu engenheiro, vamos nos mudar para a Índia e vamos viver em um ashram e faremos um voto de silêncio e é isso.’
Esse conflito interno foi algo sobre o qual ela falou longamente, lembrando também a pressão de seu lançamento no estrelato solo em um círculo que pertencia a mulheres de ‘pele clara e magra’.
‘E então eu saí e simplesmente não era nenhuma dessas coisas. Eu ainda queria fazer músicas interessantes… e todo mundo estava falando mais como, ‘Quem diabos é esse? E por que você está aqui? E traga Jhene [Aiko]’ quando eu estava abrindo para ela. E isso foi difícil. E eu sinto que as pessoas abordam Punch [o CEO de sua gravadora, TDE] frequentemente, como, ‘oh, bem, você deveria transformá-la’… Eu não via nada de errado em ser, você sabe, 200 libras com roupas largas e tendo todas essas emoções diferentes e exibições de criatividade’, diz ela.
Na semana passada, um vídeo dos bastidores da produção do álbum foi discretamente lançado no YouTube de SZA e exibiu abertamente algumas de suas lutas mencionadas, incluindo uma conversa com lágrimas nos olhos em que a cantora diz que está ‘exausta’ depois de descobrir que o álbum pode ser adiado para um lançamento em janeiro.
O vídeo também mostrou uma lista de possíveis colaboradores em destaque com nomes como Billie Eilish, Harry Styles, Doja Cat, Drake e Frank Ocean.
Falando sobre sua próxima turnê, SZA disse que quer dar aos fãs o que eles merecem de ‘músicas inéditas que eles pensaram ter ouvido na internet, ou seus cortes de álbuns favoritos ou cortes profundos de 2012.’ A caminhada terá o apoio de Omar Apollo e começa em 21 de fevereiro em Columbus, Ohio.
