De acordo com o dicionário online Michaelis, “mitomania” é a “tendência patológica para mentir, criar histórias ou simular”. Mas o que seria um “Mitomaníaco”? A resposta pode ser encontrada no novo single de pop rock do cantor capixaba Lucas Gavvi, que já está disponível em todas as plataformas digitais.
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A canção dá continuidade ao ritmo e à história apresentada em “Jogo de Fogo”, lançada em junho também pelo selo Sonora Digital, que viabilizou lançamentos de nomes como Xamã e Alexandre Pires. Na sexta-feira (27), ao meio-dia, será publicado, em seu canal no YouTube, o videoclipe da faixa inédita.
Através de versos como “pena que a verdade nunca tá do seu lado”, o artista canta sobre uma pessoa que é viciada em mentir e inventar desculpas para se safar de problemas, e a forma como isso pode afetar uma relação. É uma letra na qual o protagonista dá um ponto final no relacionamento tóxico vivido em “Jogo de Fogo”.
“’Mitomaníaco’ é baseada numa relação que vivi, onde lidei com alguém que contava muitas mentiras, e com esse jeito essa pessoa estava sempre no controle das situações. Fiquei muito indignado quando a minha ficha caiu e resolvi escrever essa composição junto da minha amiga Mafe Peccin. O diferencial da música se propõe na ponte, com uma mudança um pouco mais experimental, dando uma ideia dos meus próximos lançamentos”, explica Lucas, que há dois anos mora em São Paulo.
Assim como “Jogo de Fogo”, o novo single carrega a atitude e sonoridade pop rock, ritmo que tem voltado com tudo, seja com novos talentos ou com grupos e cantores consagrados que retomaram os seus trabalhos recentemente. É o caso das bandas Restart, NX Zero e Cine, que fizeram muito sucesso nos anos 2000 e 2010.
Contudo, a principal inspiração de Lucas para as duas músicas são os dois mais recentes álbuns da estrela Demi Lovato, “Holy Fvck” (2022) e “Revamped” (2023). Ambas também foram produzidas por Matheus Stiirmer, que tem trabalhado com Elana Dara e Gabriel Nandes. Já a mixagem e a masterização do lançamento são de Daniel Mariano, nome por trás de trabalhos de artistas como Fresno e Maneva e indicado ao Grammy Latino.
Videoclipe
O videoclipe tem direção assinada por Gabriel Lopes e pelo próprio cantor e compositor. Além disso, Lucas interpreta três personagens na produção, que conta ainda com a participação da cantora Mafe Peccin e do ator Luis Galves (Malhação – Viva a Diferença).
“Interpreto três personagens diferentes: o primeiro é o da paz, que sorri, medita e encara a vida com leveza. O segundo é rebelde, maluquinho, fumante e que enche a cara, enquanto o terceiro é o mitomaníaco, o mais louco de todos. Através desse clipe, quero mostrar que qualquer pessoa pode ser um mitomaníaco, seja ela uma boa ou ruim, da paz ou não”, conta o capixaba.
Confira a entrevista com Lucas Gavvi:
O novo single “Mitomaníaco” já está disponível nas plataformas digitais e queria que você falasse sobre o processo de composição e as inspirações para compor a faixa?
Mitomaníaco nasceu sendo uma música em inglês chamada Living a Lie. Eu até levei pro estúdio pra que a gente pudesse testar e tal como que ia rolar, só que não ia continuar com a música em inglês, mas tudo instrumental, toda melodia, tava muito, muito legal. Eu sentei e falei: “cara, eu quero muito usar isso pra alguma música, mas eu também não queria fazer uma tradução livre assim, sabe?” E aí eu simplesmente sentei em casa, com meu caderno e fui escrevendo, escrevendo, escrevendo, escrevendo, e aí nasceu Mitomaníaco. E o processo de composição dela foi muito interessante porque primeiro eu não queria fazer uma tradução livre do que já havia sido escrito na música em inglês, mas eu queria usar o mesmo tema, que é sobre você viver uma história com uma pessoa que tem diversas mentiras, diversas… diversos problemas e você visualiza aquilo como uma coisa que te machuca, mas que você nunca entende porque essa pessoa faz tudo isso, sabe? E as minhas inspirações pra poder compor a faixa, eu gosto muito de música pop, então a gente traz uns elementos pop no refrão, tanto de repetição de algumas letras pra poder isso ficar mais na cabeça das pessoas e tal, e envolver mais todo mundo. Então eu trouxe isso muito como inspiração e é muito o que a Taylor Swift faz nas músicas dela quando produz alguma coisa e eu quis trazer isso junto pra poder entregar ainda mais pro pop rock.
O videoclipe de “Mitomaníaco” também está disponível no youtube, você participou do processo de criação?
Toda a questão do videoclipe de Mitomaníaco, a ideia inicial de trazer três personagens pra poder classificar a ideia de que o primeiro que é de boa, da paz, tranquilo, tudo certo pra ele, o segundo que é meio louquinho, bebe, fuma, e o terceiro que é realmente mitomaníaco. A ideia por trás disso é mostrar pra todo mundo que qualquer pessoa pode ser um mitomaníaco, entendeu? Então, no final do vídeo até aparecem os três sorrindo de uma maneira muito específica pra poder demonstrar que qualquer pessoa realmente que tá apresentando a sua vida pode ser uma pessoa que mente muito e que esconde isso, mas uma hora a gente sempre acaba descobrindo. Então essa ideia inicial foi minha e eu fiquei muito feliz com o resultado.
Transformar algo que aconteceu nas suas vivências pessoas em música é algo desafiador ou fácil?
De certa forma, eu digo que é mais um refúgio, porque às vezes quando eu tô sentindo muita coisa, eu preciso colocar isso pra fora e eu coloco isso pra fora através da música. Então é algo que me satisfaz muito, que realmente é uma fórmula de escape pra mim, mas às vezes eu sinto que é muito desafiador porque me faz voltar em sentimentos que eu não quero voltar, sentimentos que me fizeram muito mal, mas eu preciso lidar com isso, porque eu tô escrevendo, eu quero ficar o mais imersivo possível pra poder fazer a melhor composição, a melhor letra, então acaba sendo mais desafiador do que fácil, sem dúvidas alguma.
O single carrega essa sonoridade do pop rock, que também fez muito com bandas dos anos 2000. Você pretende continuar trabalhando nessa sonoridade?
É um estilo que eu me encontrei, sem dúvidas alguma, e lançar Jogo de Fogo, que foi meu primeiro single desse ano e foi uma experiência muito legal e agora Mitomaníaco, só me faz ter a ideia de que eu sou muito apaixonado pelo pop rock e que eu quero continuar com isso, mas no ano que vem eu vou migrar para um outro estilo de música e já tá inclusive em fase de finalização no estúdio e eu tô super feliz com isso também, porque eu gosto de testar sempre novas coisas, novos elementos, novas histórias, novos estilos de música, pra que meu público também entenda que eu sou um artista eclético variado e que as coisas podem combinar comigo, entendeu? E eu fico muito satisfeito com isso, porque a cada vez que eu tento coisas novas, eu me descubro mais, eu aprendo mais e eu gero mais conteúdos e histórias através das minhas músicas, Então é algo que eu tô muito animado e pretendo não demorar tanto tempo pra poder lançar a minha próxima música.
Partindo para o lado pessoal, como a música entrou na sua vida e o que ela representa?
A música entrou na minha vida desde que eu era muito pequenininho, minha mãe me colocou na aula de piano, eu tinha cerca de 8 anos de idade e naquela época, eu sinto que aquilo nasceu comigo, sabe? Eu não me lembro atualmente de quando eu não sabia, por exemplo, tocar piano, e logo em seguida ela me colocou na escola de canto, então eu comecei a me apresentar em vários sarais que aconteciam da minha escola de música e fui pegando cada vez mais paixão por isso e virou pra mim como uma essência de vida, como um motivo que me faz querer seguir meus sonhos, um motivo que realmente me dá forças pra poder continuar nos momentos mais difíceis. Então, ter a música presente na minha vida foi realmente foi um presente, porque é algo que me completa muito, sem dúvidas alguma. E ela representa, hoje pra mim, viver, sem dúvidas.
Mais novidades que pode nos adiantar?
Eu posso adiantar umas novidades. A minha próxima música vai falar sobre 4 estágios do amor, desde quando você começa a se apaixonar por uma pessoa e depois você namora ela, fica apaixonado e você ama, e depois começam as brigas e depois o término e toda a fase de superação, é só isso que eu posso falar, não quero entrar muito em mais detalhes porque a gente está finalizando muita coisa, mas vamos trabalhar isso de uma forma diferente, num estilo diferente, que está super em alta também e eu pretendo lançar bem no comecinho do ano que vem.
