Com público de Rock in Rio, Sandy & Junior encerram turnê comemorativa

Desde o anúncio do retorno para comemorar os 30 anos de dupla, Sandy Leah e Durval de Lima Junior não imaginavam que as festas de três décadas renderiam tantas respostas positivas. Agora, 18 shows depois e um ano e meio após o início das conversas para a realização do projeto, chega o fim mais uma etapa exitosa da carreira dos artistas. Sandy & Junior são muito mais que dois artistas e provaram isso após uma das maiores histórias da bilheteria recente brasileira. Avassalando multidões, deixam o legado da dupla para sempre. E com esse pensamento de nostalgia, os dois encerraram a turnê “Nossa História” em um show para 100 mil pessoas no Parque Olímpico do Rio de Janeiro.

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Com céu nublado, não teve ameaça de chuva que contivesse o público ávido para assistir ao show. Por volta das 13h30 deste sábado, 9, os primeiros fãs já começaram a se aglomerar à frente do palco. Se pouco menos de dois meses muitos estavam ali para o Rock in Rio, neste sábado o clima era semelhante. Parecia um grande festival onde a única, mais importante e aguardada apresentação era de Sandy & Junior. Sob ameaça de chuva forte e intervalos de queda branda de algumas gotas à tarde, não teve tempo ruim que espantasse os fãs. E eles estavam ali, se aglutinando para estarem perto dos ídolos uma última vez.

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E para deixar os fãs bem acariciados, Sandy & Junior fizeram tudo aquilo que estava no script: dançaram, cantaram, interagiram entre si e com o público, e se achegaram próximos aos fãs em um momento mais íntimo e emocionante, com direito a diversos desabafos de Junior e um sentimento de troca verdadeira com o passado, construindo novas lembranças.

O show

A ansiedade da platéia estava a mil. Afinal, o maior show da história de Sandy & Junior estava prestes a acontecer. Após percorrer o Brasil com shows lotados e se apresentarem no Barclays Center, em Nova York, e em Lisboa, Sandy & Junior escolheram o palco do Parque Olímpico no Rio de Janeiro para encerrar a trajetória. Se há 12 anos o sentimento era de tristeza, quando foi anunciado o fim da dupla, agora o pensamento é de realização. Com uma homenagem aos 30 anos de carreira, os irmãos Lima findaram uma era de forma triunfal.

Com mais de 100 mil ingressos vendidos, Sandy & Junior tiveram um Rock in Rio para chamar de seu. Com um público heterogêneo, que ia desde jovens crianças acompanhados de seus pais a um público mais adolescente, não havia quem estava ali por outro motivo. As músicas da dupla estavam nas pontas das línguas, enquanto as imagens dos dois se mesclavam em faixas, camisetas, bonés e diversos adereços. Foi dia de resgatar a criança interior e entoar os maiores sucessos da carreira dos artistas.

Por volta das 22h15, com quase uma hora de atraso, Sandy & Junior pisaram no palco juntos pela última vez. Abrindo o show com o sucesso “Não dá pra não pensar“, do álbum homônimo lançado em 2001, os irmãos foram recebidos ovacionados pelos cariocas. Com um sentimento misto entre saudades e emoção, os dois pareciam incrédulos com o tamanho do público. Logo “Nada vai me sufocar” (Identidade), de 2003 abre espaço no show, acompanhado de coro dos fãs.

Deslumbrada com o que estava acontecendo, a dupla rememorou sua participação no Rock in Rio, em 2001, quando se apresentaram no festival. Entre emoções, seguiram embalando o público com outro sucesso: “No fundo do coração“, do álbum Era uma vez… Ao Vivo (1998).

A apresentação seguiu com alguns outros sucessos como “Estranho jeito de amar” (2001), a lendária “Olha o que o amor me faz” (1999), “Nada é por acaso” (2001) e a icônica “Love Never Fails” (2001), única faixa em inglês apresentada pela dupla na turnê.

Encerrando o primeiro bloco do concerto, logo chegam mais músicas: “As quatro estações” e “Aprender a amar” e “Imortal“, do CD As quatro estações (1999) e “Libertar“, do projeto Sem Limite, de 2001.

Let`s Dance

Abrindo a parte coreografada do show, uma interlude rememora nos telões o sucesso “Sandy & Junior“, série estrelada pelos irmãos e exibida na TV Globo entre 1999 e 2002, que contava, entre outros, com participação de Wagner Santisteban, Fernanda Paes Leme, Camila dos Anjos e Paulo Vilhena. Neste momento, Sandy & Junior retornam ao palco com novos figurinos, investindo no brilho e no preto, onde apresentam a lendária faixa “Acho que pirei” (1997).

Entre danças e interações com os bailarinos, que surgem no palco, os irmãos Lima engatam um medley de “Beijo é bom / Etc… e tal / Vai ter que rebolar / Dig-Dig-Joy / Eu quero mais“. Logo, Junior surge sozinho no palco para a performance de uma faixa solo, “Enrosca“, sucesso de Fábio Jr. regravado por ele no álbum As Quatro Estações, de 2000.

Junior reina

Após a equilibrada e animada apresentação de “Enrosca“, o domínio do palco fica por conta de Junior. Uma bateria surge através de elevador na parte frontal do palco para deleite do artista. Além de tocar baixo, guitarra, dentre outros instrumentos, o artista também manda muito bem na bateria e a atividade fica evidente com um solo de quase 10 minutos. Neste, a plateia começa a ver um artista diferente. Expressivo, visivelmente emocionado e aclamado sob gritos de seu nome, o famoso surge rindo em cima do instrumento.

Após ser aclamado com gritos de “Lindo, tesão, bonito e gostosão“, o artista se diverte.

“Esse grito é velho, hein! Entrega a idade da gente.” – Junior Lima.

Em seguida, Sandy retorna ao palco para “A gente dá certo” (2001).

Momento acústico

Em todos os shows da turnê que percorreu o Brasil e atravessou fronteiras internacionais, a dupla reservou um momento mais íntimo com os fãs. Sentados na parte frontal do palco, Sandy & Junior percorreram sucessos de forma acústica. Para a apresentação no Rio, no entanto, uma estrutura foi pensada para o momento.

“Podemos ficar um pouco mais perto de vocês?” – Sandy.

Foi quando, pela primeira vez, os dois desceram do palco e foram seguindo pela parte frontal do stage até a house mix (área destinada à equipe de som). Em uma escada, subiram em um segundo palco onde foram colocados dois banquinhos e a dupla pôde ter um contato mais íntimo com os 100 mil fãs que lotaram o espaço.

Emocionado, Junior comentou sobre como estava se sentindo e brincou ao falar que o grande número de pessoas estava o desconcentrando, e que seria melhor ele não olhar para que pudesse sentir como se estivesse na sala de casa, ou no quarto, tocando violão.

Em voz e violão, Sandy & Junior abriram o stage secundário com a singela “Você pra sempre” (2001), percorrendo “Ilusão“(1997) até a inesquecível “Não ter” (1996). Nesta, era impossível não ouvir o público cantando como se fosse uma única voz, em um momento lindamente sublime do show.

A faixa logo dá espaço à romântica “Olha o que o amor me faz” (1999), passando por “Encanto” (2001) até chegarem na inesquecível “Era uma vez…“, um dos momentos mais lindos de todo o show. A música composta por Toquinho e gravada pelos irmãos em 1997 esteve presente no álbum “Sonho Azul“.

Veja a galeria de fotos do show:

Veja Setlist do show:

*Post em construção.