Brasil

Zélia Duncan lança clipe de ‘Medusa’, faixa do álbum ‘Tudo é Um’

Foto: Divulgação / Roberto Setton

Em 31 de maio de 2019, tempos difíceis de polarização (que se revelariam ainda mais duros com a chegada da pandemia, em 2020), Zélia Duncan lançava Tudo É Um (Biscoito Fino), uma espécie de antídoto musical aos tempos sombrios, um álbum repleto de afeto.

Produzido por Christiaan Oyens, parceiro de Zélia em tantas canções, o álbum revisitou a sonoridade folk pop do início de sua trajetória. “Foi um álbum quase todo gravado ao vivo, ou seja, com todos nós tocando juntos, inclusive a voz, com exceção de metais e cordas. Minha voz reage aos instrumentos, que reagem a mim, porque “tudo é um”. Um mesmo desejo gigante de arrancar prazer dessa vida e encontrar mais, muito mais cúmplices por aí”, pontuou Zélia na ocasião do lançamento.

Agora, a canção “Medusa”, parceria com Zeca Baleiro incluída no álbum, ganha videoclipe inédito, que estreia na web dia 26, às 18 horas. Sobre ele, a própria Zélia Duncan nos conta mais.

Medusa, parceria minha com Zeca Baleiro, nasceu junto com um punhado de canções que fizemos, quando estávamos em turnê juntos. Faz parte do álbum Tudo É Um, que concorreu ao Grammy ano passado. É uma alegria especial ver o clipe estrear depois de tantos percalços, incluindo a pandemia, que nos impediu de fazer a ideia original de um clipe presencial, já com roteiro pronto. Até que os diretores, Clarissa Ribeiro e Lorre Mota, sugeriram de fazermos à distância, em 3D, com a artista gráfica, Bárbara Kani. Achei um desafio imenso e desafio é comigo mesmo, partimos para viabilizar. O processo é lento e com a distância forçada, demorou ainda mais. Mas eu confiei muito em Clarissa e Lorre, sempre atentos, me estimulando e resolvendo as questões que apareciam.

O roteiro do clipe sugere uma espécie de heroína, que passa por uma saga, por caminhos, portas e saídas que precisa inventar, sem se deixar paralisar. Descobri durante esses meses, que a medusa da letra mora dentro de mim, tanto quanto a heroína. Só quem nos paralisa somos nós mesmos, não podemos delegar a ninguém o poder que é só nosso, de seguir adiante, sendo quem somos. A comunidade LGBT sabe muito bem o que é esse caminho que dói, mas liberta. Este clipe tem a ver com nossa luta, antes de mais nada. E com todas as lutas que enfrentamos dentro e fora de nós.

Agora é comemorar, assistir com o público, sentir o retorno das pessoas. Agora vem a melhor parte.

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