Zeca Baleiro inicia a celebração de seus 26 anos de carreira com o mais novo single, “Ventos de Outono”, já disponível em todas as plataformas digitais. Lançada nessa sexta-feira, 19, a faixa explora a realidade do artista durante a pandemia de COVID-19, flutuando em torno dos sentimentos que enchiam sua vida na época.
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“Uma canção de saudade, ausência e perda, sentimentos que me tomaram naqueles dias”, é assim que a lenda da MPB Zeca Baleiro descreve “Ventos de Outono” – composta no primeiro isolamento causado pela pandemia. Ao olhar à sua volta, para “as folhas da amendoeira começando a se desprender”, o artista teve inspiração para a faixa.
“‘Vento de Outono’ foi uma das primeiras canções que fiz quando se deu o isolamento causado pela pandemia. Era outono naturalmente. Eu buscava compor algo leve, radiofriendly, como dizem os executivos, quando vi as folhas da amendoeira frondosa da minha rua começando a se desprender, formando um belo tapete de folhas secas na rua”, relata o cantor.
Continuando: “Então um primeiro verso me ocorreu – ‘vento de outono vem e cai a folha’ e este verso simples desencadeou uma livre associação de ideias baseada na rima. É uma canção de saudade, ausência e perda, sentimentos que me tomaram naqueles dias e, suponho, a muitas pessoas também”.
Descrevendo um relacionamento que chegou ao final e faz o eu lírico sofrer com essa separação, as letras de “Vento de Outono” narram a saudade que espeta o coração de nosso protagonista. Com muito tato e muito sentimentalismo, Zeca Baleiro analisa as emoções que um término como esse traz, estendendo empatia para a outra pessoa.
Zeca Baleiro canta acompanhado por Pedro Cunha (teclados), Tuco Marcondes (guitarra), Fernando Nunes (baixo), Kuki Stolarski (bateria), Tiquinho (trombones), Hugo Hori (sax e flauta) e Érico Theobaldo (programação e synths). A mixagem é de Sérgio Fouad e a masterização de Flávio Decaroli Sani. O single é um lançamento da Saravá Discos com distribuição digital da ONErpm.
“Vento de Outono” é o primeiro de uma série de singles inéditos que chegarão semanalmente nas plataformas digitais e que culminarão com o lançamento de um EP autoral. Esse é o primeiro projeto da comemoração de 26 anos de carreira do artista, mas está longe de ser o último – Baleiro ainda prepara um disco de samba autoral e um álbum com Chico César.
“Vento de Outono” é o primeiro lançamento solo de Zeca Baleiro desde “O Tempo Não Espera” (2021) e o duplo single “Forró de Ilusão + Face” (2021), no entanto, seu retorno para projetos solo não será pequeno, já que um talk show e até mesmo um livro de memórias também estão no prelo para essa celebração.
“Não sou muito de comemorar aniversários e efemérides, mas ano passado fiz 25 anos de carreira discográfica e deu vontade de celebrar com o lançamento de alguns trabalhos guardados, coisas que vêm sendo gestadas há algum tempo. Com o temporal da pandemia, o aniversário de 25 anos passou a ser de 26”, apontou o artista.
Desde seu primeiro disco, “Por Onde Andará Stephen Fry?”, lançado em 1997, o artista ficou conhecido por sua mistura de ritmos, gêneros e referências musicais diversas, colaborações com artistas distintos e seu envolvimento com outras áreas, como a literatura, o cinema, a dança e o teatro. Em maio, além dos singles inéditos que chegarão semanalmente nas plataformas digitais, estreia no teatro “Dom Quixote de Lugar Nenhum”, do cineasta e escritor Ruy Guerra, com direção de Jorge Farjalla e música original de Baleiro.
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