PopEntrevista
Trio Rooftime fala sobre inspirações, websérie, novidades, turnê e muito mais; confira
Rooftime nasceu da sintonia e parceria musical de Lisandro Carvalho e os irmãos Gabriel Souza e Rodrigo Souza, alinhados ao background de cada um. O trio, nascido em Itatiba, no interior de São Paulo, vem conquistando seu espaço no cenário musical com números cada vez maiores nas plataformas de stream.
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O talento dos músicos foi reconhecido antes mesmo de se apresentarem ao público pela primeira vez, quando chamaram atenção do selo holandês Spinnin Records. Tal encontro gerou a collab de “I Will Find” com Vintage Culture e o hit explodiu, com mais de 96 milhões de streams somente no Spotify e milhões de visualizações no Youtube.
“It’s All About”, chegou no início de 2019, com uma ótima recepção do público, abrindo caminho para emplacar o sucesso de “Live Your Life”. Repetindo a parceria com a Spinnin Records, a música fala sobre o tempo e a sua influência na vida das pessoas, acompanhada de melodia sutil, vocais e violão ao mesmo tempo que mescla a batida eletrônica que faz da sonoridade do Rooftime, diferente e inesquecível.
Em 2020, anunciaram a emocionante “Free My Mind” lançada pelo selo Controvérsia, que contou com participações de ALOK e Dubdogz. A track traz uma mistura
emocionante e irresistível de elementos acústicos com eletrônicos, além de vocais suaves e letras introspectivas, contando com mais de 40 milhões de plays no Spotify.
Com o início da pandemia de Covid-19, Lisandro, Gabriel e Rodrigo não deixaram a ambição de conquistar seus sonhos e alcançar seus objetivos serem abalados; na verdade, isso os fortaleceu e puderam ver seu sucesso crescer de forma orgânica. “Don’t Let It Go”, hoje uma das músicas de maior destaque do trio, foi responsável pela marca de 2 milhões de ouvintes mensais nas plataformas de stream e foi convidada para integrar a trilha sonora da novela das 21h da Rede Globo, “Um Lugar Ao Sol”, antecessora de “Pantanal”.
Durante shows e eventos, o trio Rooftime também chama a atenção do público por se destacar da maioria das atrações, tanto pelo som, como também pelo estilo. Sendo um diferencial no cenário como uma banda de eletrônica, o trio, formado por Lisandro Carvalho e os irmãos Gabriel Souza e Rodrigo Souza, se preocupa com a estética nas aparições do grupo.
Nas roupas, reúnem paletas que traduzem e se relacionam com as melodias das faixas, as quais também inovam na mistura de batidas eletrônicas e a música orgânica, com vocais ao vivo e instrumentos. Os músicos comentam que, acostumados a se expressarem de uma forma sonora através da música, também transbordaram sua arte para a moda com o objetivo de criar uma identidade condizente com o que desejam transmitir com o som.
Neste ano, Rooftime se prepara para lançar uma série de músicas novas e futuras apresentações, que prometem tirar o fôlego. Em fevereiro, o trio chegou com a nova “Keep Walking”, em mais uma parceria de sucesso com Alok pela gravadora Controvérsia, e que entrou para a nova campanha da Johnnie Walker.
Já em abril, o trio divulgou o EP “Through Waves”, com faixas inéditas que integraram o projeto musical do livro-documentário The Outlaw Ocean, do jornalista do New York Times, Ian Urbina. Agora, Rooftime chega com a série “Highs and Lows”, projeto cinematográfico e autoral que traz dez episódios, cada um representado por uma faixa do grupo e um pouco da sua trajetória.
websérie “Highs and Lows”
Recentemente, o Rooftime encerraram a websérie “Highs and Lows” com o décimo episódio intitulado “O Fim de um Novo Começo”. Em uma metáfora com a relação do tempo, o grupo formado por Lisandro Carvalho e os irmãos Gabriel Souza e Rodrigo Souza escolheu a primeira música da carreira para fechar o que consideram a “primeira temporada do Rooftime”: o sucesso “I Will Find”, parceria com Vintage Culture.
O projeto cinematográfico apresentou, a cada episódio, uma música que marcou a carreira do Rooftime, além de contar um pouco mais sobre a trajetória do trio, o que permitiu ao público conhecer mais sobre a essência deles. Para traduzir essa história, sempre acompanhada da música e arte, a escolha do local da gravação foi um lugar que carrega muito significado: Pernambuco, berço também da cultura brasileira.
Sobre a escolha de “I Will Find” para fechar a websérie, Rooftime comenta: “Quando você cria uma música, você tá começando uma história nova. Mas ao mesmo tempo você está terminando a tinta de uma caneta. A maior ligação que a gente tem na vida é entre o começo e o fim. Hoje nossa série acaba. I Will Find, que foi a primeira música que a gente fez, que começou a nossa história também termina nossa primeira temporada como Rooftime. Ela foi feita justamente para dar cor a todas as outras músicas. O estopim de tudo. O leque que se abriu pra gente e que tornou possível a gente enxergar tudo isso. Conseguem entender porque I Will Find é o começo e o fim de tudo isso? Porque sem ela a gente não teria nem começado e nem terminado essa série.”
Em ascensão no cenário da música eletrônica no Brasil, já como um dos 10 maiores artistas do segmento no país, Rooftime vem de importantes colaborações com Alok, Vintage Culture e Dubdogz, em pouco mais de quatro anos de carreira. O grupo chegou a emplacar a faixa autoral “Don’t Let It Go” na trilha sonora da novela das 21h da Rede Globo, “Um Lugar Ao Sol”, antecessora de “Pantanal”. Também se apresentam pelas mais importantes casas e eventos do Brasil, como Laroc Club, Green Valley, P12, Réveillon de Pipa e Arcanjos.
Confira a entrevista na íntegra:
1- Contem um pouco do grupo, como vocês se conheceram?
Rooftime: O grupo surgiu por volta de 2017, 2018, estamos há uns 4 anos na estrada. O grupo surgiu de uma brincadeira entre três irmãos, onde o Rodrigo e o Lisandro vieram a se conhecer na faculdade, depois de alguns sonhos frustrados com musica e perceberam que tinham o mesmo sonho em comum, que era viver do universo musical. Eles conversaram e acabou que viemos aqui em casa e saiu uma musica, a primeira o projeto Rooftime. E desde desse primeiro estopim, foi uma coisa que foi se desenrolando naturalmente, fomos cada vez mais se desenvolvendo como projeto, buscando uma identidade diferente dentro do meio eletrônico e daí surgiu o Rooftime.
Rooftime, que significa Homem do Telhado, na tradução literal, porque a primeira musica que a gente fez, subimos no ultimo andar daqui de casa e ficamos num lugar que dava acesso ao telhado, então a gente as vezes fugia pra o telhado pra fazer musica. Então é basicamente isso.
2- Quais as principais referências e inspirações do Rooftime?
Rooftime: Acho que cada um tem inspirações diferentes, por ter vindo de vertentes diferentes. Por exemplo, eu e o Gabriel antes tinhamos uma base muito mais pop rock, de musicas da década de 70 até 2000. Mas a influencia pro Rooftime é uma junção. Coldplay de certa forma influenciou muito o som, uma pegada mais pop, mais vocal, piano, violão. Eu gosto de traduzir muito o que eu penso com Gorillaz, Justin Jay e outros. Foi essa mistura de influencias dentro e fora do eletrônico que nos possibilitou pensar numa maneira diferente de produzir musica eletrônica, de vir com uma proposta diferente.
3- Sobre a websérie, por que escolheram o estado de Pernambuco como cenário de gravação?
Rooftime: É fácil você escolher Pernambuco, porque é um centro histórico brasileiro. É o lugar que durante a nossa historia ficou com a herança maior. Você anda pelas ruas e consegue ver a Travessia dos Poetas, Centros Históricos, Marco Zero, tudo muito próximo um ao outro. Então olhando aquilo, pensamos: “olha como transborda historia.” Eu brincava que a cada esquina havia uma crônica diferente em Pernambuco. E pensamos que precisaríamos de um lugar para abrigar a nossa historia, então tinha que ser um lugar que tivesse um peso igual.
4- Conta um pouco sobre “Highs and Lows”, quais desafios e conquistas com relação a esse projeto?
Rooftime: O grande desafio dessa serie foi ligar os três: Gabriel, Rodrigo e Lisandro, com o Rooftime, fazer essa conexão para que as pessoas pudessem entender melhor o que a gente estava propondo. Pra gente também foi a loucura da gravação, 10 episódios gravados em doze dias. Mas tudo isso valeu muito a pena.
5- O grupo tem colaborações com Alok, Vintage Culture e Dubdogz, tem algum outro artista que vocês sonham fazer parceria?
Rooftime: Temos muitos nomes na cabeça que gostaríamos de fazer e na minha concepção iam agregar muito. Pra o Rooftime não importa onde o musico está no mercado, a primeira coisa que vamos olhar é a musica boa. Se a musica for boa, tiver uma historia, uma verdade, vamos abraçar ela para uma colaboração.
6- Como está a agenda de shows, estão preparando alguma turnê?
Rooftime: Aqui no Brasil graças a Deus estamos viajando bastante. Tivemos a oportunidade de tocar pela primeira vez no Acre, muito legal, o povo muito acolhedor. E sobre turnê, estamos fomentando uma turnê que vai ser ligada a um lançamento muito importante que a gente tem pra esse segundo semestre deste ano, não posso falar muito.
7- Quais novidades o Rooftime pode nos adiantar, além da websérie?
Rooftime: Esse lançamento que falei é a grande novidade. Estamos preparando um álbum que vai traduzir muito do que é a musica hoje e onde podemos chegar com a nossa musica. Foi um álbum que começamos a produzi-lo no começo da pandemia, um momento que estávamos querendo nos libertar de todas as arestas, todos os nossos costumes e preconceitos musicais que a gente e fazer o que estávamos mais a vontade pra fazer naquela hora e produzir. E o resultado, de primeira, foi algo que até nos assustou, porque é uma visão diferente do que a gente enxergava com relação a musica. Estamos ansiosos demais para compartilhar.