The Rolling Stones estão compartilhando mundialmente hoje seu primeiro álbum de material original em dezoito anos, intitulado “HACKNEY DIAMONDS”. Recentemente, os Stones anunciaram o lançamento do trabalho em um evento transmitido ao vivo do Hackney Empire, no leste de Londres, onde a banda conversou com Jimmy Fallon sobre o álbum e apresentou a estreia do vídeo de “Angry”, estrelado pela atriz Sydney Sweeney.
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“Hackney Diamonds” é o primeiro álbum dos Rolling Stones (Mick Jagger, Keith Richards, Ronnie Wood) produzido pelo produtor e músico ganhador do prêmio Grammy Andrew Watt e é um lembrete alegre de tudo o que torna os Stones excelentes. Os críticos estão dizendo que é o melhor álbum deles em décadas. O falecido Charlie Watts está presente, e também há uma participação do baixista original Bill Wyman. O disco é um resumo da incrível jornada de 60 anos da banda e uma prova de que a viagem está longe de terminar.
Há pungência e reflexão, faíscas de espírito punk, um momento extraordinário de gospel profundamente cheio de soul, e aquela energia irreverente e extravagante que é marca registrada e que tem o poder de fazer a vida parecer muito mais rica. The Rolling Stones nunca se levaram muito a sério, mas também sabem que nada é mais sério do que boa música. Como diz Ronnie Wood: “Os Stones estão aqui para colocar um sorriso em seu rosto. Já existem coisas ruins demais acontecendo. Queremos que as pessoas fiquem felizes”.
Circunstâncias fizeram com que o álbum demorasse a ser lançado, começando pelos dois anos perdidos para a covid. Mas, com o falecimento do amado baterista da banda, Charlie Watts, em 2021, colocando a vida em foco, Mick Jagger resolveu fazer o trabalho de forma rápida e intensa. O objetivo era capturar um imediatismo semelhante ao de “Some Girls”, que foi gravado em poucas semanas no estúdio Pathé Marconi da EMI, em Paris. O primeiro passo foi Jagger, Keith Richards, o pianista Matt Clifford e o baterista Steve Jordan irem para o GeeJam Studios em Port Antonio, Jamaica, para ver se conseguiam criar a vibe correta. Deu certo. Era hora de gravar.
Mick começou a procurar produtores para o projeto e se deparou com Andrew Watt, um nova-iorquino enérgico de 32 anos cujas produções para Ozzy Osbourne e Iggy Pop revelavam sensibilidade para lidar com classic rock. Watt compareceu às primeiras sessões nos estúdios Electric Lady, em Nova York, e, munido de um conhecimento profundo do catálogo anterior dos Stones, passou no teste. A partir daí, a maior parte do álbum foi cortada no Henson Studios, em Los Angeles, e no Sanctuary Studios, em Nassau, Bahamas, a maior parte no espaço de um mês. Vários convidados de alto nível apareceram a convite da banda para se entregarem no ritmo que os Stones haviam imposto a si mesmos. Paul McCartney tocou baixo em uma faixa. Stevie Wonder, Lady Gaga e Elton John fazem aparições. No entanto, é o inconfundível espírito dos Stones que brilha por toda parte.
Isso ajudou o fato de que “Hackney Diamonds” está repleto de algumas das melhores músicas de Jagger e Richards dos últimos anos. O álbum começa com “Angry”, um rockão clássico, em que Jagger pergunta: “Por que todo mundo está tão irritado? Por que mesmo?” Daí, o disco vai direto para a bateria funkeada, o riff bluesy, o Wurlitzer balançando e o piano saltitante de Elton John na divertida “Get Close”, um lembrete de que os Stones são, em última análise, uma banda de rock de bar, por maior que esse bar tenha se tornado.
“Depending On You” é uma música pop adulta sobre a realidade dos relacionamentos, com cordas elegantes, uma construção lenta em um arranjo simples e a linda guitarra deslizante de Ronnie Wood. “Bite My Head Off” faz você se perguntar: os Stones são uma banda punk? Eles foram a banda punk original, em 1964, quando um show no Empress Ballroom, em Blackpool, terminou em tumulto. O espírito de rebeldia continua, principalmente quando Paul McCartney contribui para a música com um baixo distorcido com fuzz beirando o colapso.
“Whole Wide World” também tem um pouco do espírito punk, pois lembra a lendária imundície de um apartamento dividido no início dos anos 60 por Jagger, Richards e Brian Jones em Edith Grove, em Fulham, com seu cheiro de sexo e gás, e um clima geral de desesperança. À medida que “Hackney Diamonds” avança, somos lembrados da ampla gama musical que os Stones sempre cobriram. “Dreamy Skies” é uma das músicas mais bonitas do álbum, uma ode ao abandono da vida na cidade e à fuga para o campo. “Mess It Up”, com a participação do falecido Charlie Watts, é um groove para as pistas no ritmo “four-on-the-floor” da disco music. “Live By The Sword, a segunda das duas faixas com Watts” — junto com Bill Wyman, revivendo seu antigo papel como baixista dos Stones, e Elton John, acrescentando um toque de boogie do T. Rex ao piano — remonta a 2019, antes da banda gravar “Living In A Ghost Town”.
Keith Richards teve a ideia original de “Driving Me Too Hard”, um belo lamento country rock. Já “Tell Me Straight” traz Keith em sua melhor forma: uma balada esparsa e sombria, repleta de uma mistura afetuosa de resignação, lamento e aceitação.
“Sweet Sounds of Heaven” é um Stones épico com inspiração gospel, na linhagem de “You Can’t Always Get What You Want” e “Shine A Light”. Traz uma performance vocal virtuosa de Lady Gaga e mais Stevie Wonder em Fender Rhodes, Moog e piano. Jagger escreveu a canção em sua casa em Londres em uma tarde ensolarada, tocando um padrão de acordes simples de dó maior, fá e si bemol em seu piano enquanto as folhas farfalhavam nas árvores do lado de fora. Começava ali uma música que tomaria seu lugar no cânone dos grandes sucessos emocionantes dos Stones.
“Hackney Diamonds” termina onde os Stones começaram: com “Rolling Stone Blues”, uma versão cover fantasticamente febril da música de Muddy Waters que deu nome à banda (“Rolling Stone”). Ela tem Keith Richards arrasando com um violão acústico enquanto Jagger sopra na gaita e rosna as palavras de uma forma que penetra no coração pulsante do blues. Assim termina um álbum que celebra e captura a melhor banda de rock’n’roll do mundo: crua, viva e ainda arrasando, depois de 61 anos de carreira.
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