Por: Juliana Del Rosso.
Edição: Daniel Outlander.
A banda finlandesa The Rasmus, formada em 1994, retornou ao Brasil para uma apresentação única neste domingo, 11.
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Os quatro componentes, Pauli Rantasalmi (guitarra), Lauri Ylönen (voz), Aki Hakala (bateria) e Eero Heinonen (baixo), não se apresentavam por aqui desde 2006, quando fizeram shows no Rio de Janeiro, em São Paulo e também em Belo Horizonte.
Vale lembrar que, no ano passado, Ylönen e Hakala passaram rapidamente por aqui para divulgar o novo CD da banda, “Dark Matters“, o primeiro álbum de inéditas em cinco anos. Você pode conferir a entrevista que os dois nos concederam no ano passado aqui.
Sem mais delongas, falemos sobre o show de ontem.
A casa abriu as suas portas por volta das 18h. O espaço escolhido para abrigar o evento foi o Tropical Butantã (Av. Valdemar Ferreira, 93), que tem mais cara de boate do que de casa de espetáculos. Ainda assim, o local estava bem organizado, com as instalações limpas e com uma equipe simpática.
O show estava marcado para às 20h e não atrasou mais do que cinco minutos. Simpáticos, os integrantes foram ovacionados pelo público – tímido em quantidade, é verdade, mas extremamente disposto.
Uma verdade a ser dita: é interessante ver que a fanbase do The Rasmus manteve-se sólida por mais de uma década. Todas as músicas, desde os álbuns antigos, foram cantadas em uníssono. E quando eu falo todas, são todas mesmo: um dos destaques da noite, inclusive, foi quando o The Rasmus convocou uma fã, chamada Jaqueline, para cantar “Rakkauslaulu“, uma música inteiramente em finlandês. A moça fez bonito, mas não cantou só. Um coro a acompanhou, ainda que sem grandes conhecimentos do idioma escandinavo.
Para “esquentar”, Ylönen e companhia escolheram algumas das músicas mais famosas, como “Guilty“ e “First Day of my Life“. O que se seguiu, num geral, foi uma retrospectiva da banda (que, como já comentamos, tem mais de duas décadas de história): entre as canções escolhidas, podemos citar “In My Life“ e “Funeral Song“, ambas do álbum “Dead Letters“(2003), e “F-F-Falling“(2001), do “Into“. “The Fight“, embora tenha sido pedida por boa parte do fã-clube presente, não esteve presente no setlist.
Boas surpresas incluíram a execução de “Holy Grail“, música lançada há pouco mais de dois meses, e “Justify“, do CD “Black Roses” (2008). Os fãs que, como eu, esperavam poder ouvir “It’s Your Night“ ou “Keep Your Heart Broken“, terão que esperar uma próxima turnê.
Num geral, pode-se dizer que o The Rasmus que se apresentou ontem é infinitamente mais maduro do que o The Rasmus que esteve por aqui em outros verões.
O grupo, mais velho e mais concentrado, mantém-se sorridente e brincalhão, mas executa as suas músicas com mais maturidade. O som que se ouve no CD, diga-se de passagem, é exatamente o que se escuta durante o concerto. Ponto para a experiência que só o tempo é capaz de trazer.
Para além disso, duas coisas merecem destaque: a simpatia de Lauri Ylönen, que falou palavrão, fez piada, declarou-se apaixonado por São Paulo e brincou com os membros da banda algumas vezes, e a doçura de Eero Heinonen. O baixista, todo zen, fez um solo de voz e violão e tentou cantar “Águas de Março“, do Tom Jobim. Por não saber a letra, no entanto, manteve-se no “lalalala” durante toda a música. A audiência foi à loucura e explodiu em gritos de “Eero, eero, eero!”.
A apresentação durou aproximadamente uma hora e meia, mas poderia ter ido além. Os fãs, saudosos, teriam endossado os gracejos dos moços por um bom tempo a mais. Resta esperar que, em uma próxima oportunidade, a banda venha para cá com mais shows, mais tempo e mais divulgação.
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