K-Pop
Shows do NCT 127 inauguram ano que promete muitas surpresas kpopeiras para o Brasil
Os três dias de shows do NCT 127 inauguraram um ano que promete muitas surpresas kpopperas para o Brasil. Com anúncio dos shows em São Paulo apenas em dezembro, o grupo formado por Taeyong, Yuta, Johnny, Mark, Taeil, Doyoung, Jaehyun e Jungwoo. – e Haechan que não veio após ter palpitações cardíacas e está descansando – entregou shows menores do que estão acostumados, mas nem um pouco menores em energia: “o grito de vocês foi o maior que eu já ouvi em toda minha vida”, disse Doyoung em uma das interações com o público.
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Os kpopperos já sabem que quando seus grupos vêm ao Brasil virão mimos falando sobre a energia brasileira – e não é pra menos. Todos os shows no Vibra São Paulo não tiveram lotação completa e mesmo assim o público segurou a alegria contagiante sempre no alto. “A energia de vocês fez desse um show muito divertido”, comentou Johnny pouco antes de dizer “vocês são quentes!”, segurando uma bandeira do Brasil.
Um setlist de mais de 20 canções – dentre elas, clássicos como “kick it”, “Cherry bomb”, “Paradise”, e a recente “2 baddies” – foi cantado do início ao fim por fãs vestidos de verde neon, balançando os lightsticks quadrados da mesma cor, e dançando sem parar por incríveis três horas de show.
Para um grupo que costuma se apresentar em grandes arenas, o tamanho do show poderia ter desanimado, mas o profissionalismo dos artistas vale uma nota de reconhecimento. Cada dança, cada solo e cada vocal parecem demonstrar que independente de qualquer coisa, os membros estão preocupados com experiência dos seus fãs devotos. Esse é um grande diferencial do k-pop: artistas e fãs dão tudo pela melhor experiência para ambos os lados. E nenhum ficou devendo: “Eu cheguei a ficar emocionado durante o meu solo ao ouvir da boca de vocês “saranghae” (eu te amo, em coreano), disse Doyoung.
Em uma última pausa do show, marcada por um filme emocionante em que os membros deixam cartas abertas aos seus fãs, lê-se: “quando vocês precisarem de uma força para continuar, podem contar com a gente”. É empático, fofo e atencioso esse tipo de discurso que faz toda a diferença para a conexão com os idols.
Antes de acabar o show, teve frases como “muito massa” e vestir a camiseta do Brasil para um verdadeiro tchau em grande estilo.
Do lado de fora, uma porção de barracas de fãs aguardando este grande momento foi diminuindo ao longo das três sessões de shows. Seis meninas de 19 a 21 anos, acampadas há quatro semanas na rua lateral do Vibra São Paulo, ficaram de 3h a 9h por dia guardando lugar. O pedido para tirar uma foto foi educadamente recusado. O motivo: “meu chefe e família não podem saber que eu estou aqui”, diz uma delas.
Isso só para deixar registrado que, quem acha que kpop é brincadeira, não está vendo o fenômeno.
O que vem por aí?
Esse ano já tem anúncio de shows de k-pop em terra brasilis:
Super Junior – os verdadeiros “cheguei aqui era tudo mato” vão fazer um show especial no dia 9 de fevereiro, no Espaço Unimed. Mais informações em: https://www.eventim.com.br/artist/super-junior/
OneUs – Em fevereiro também tem OneUs, com a tour “Reach for Us”. Mais informações em: https://www.eventim.com.br/artist/oneus/
Mirae – Em 11 de março, os idols inauguram sua tour no Brasil, que passa por Rio de Janeiro e São Paulo. Mais informações em: https://www.clubedoingresso.com/evento/oneus-sp
The Rose – O grupo de k-rock vem ao Lollapalooza em março. Mais informações em: https://www.lollapaloozabr.com/
Jackson Wang – Um dos reis do k-pop do momento vem ao Brasil com sua tour, mas ainda sem data definida.
Letícia Akamine(@le.akamine)
26, jornalista, army e paulistana.
Apaixonada por karaokê e cultura coreana.
Edição: Daniel Outlander