Brasil

Selo Taquetá une Mariana Froes, Rodrigo Alarcon e Ana Muller e lançam ‘Carta Que Não Diz’

Foto: Divulgação

O encontro de três diferentes vozes da Nova MPB acontece no projeto inédito do selo Taquetá, com a capixaba Ana Muller, a goiana Mariana Froes e o paulista Rodrigo Alarcon. O primeiro single do “Taquetá Vol.1” chegou nesta sexta, (26), intitulado “Carta que Não Diz”.

A faixa foi a primeira composição antes do projeto tomar forma, escrita por Müller e Alarcon, de maneira despretensiosa, que abre com a voz de Mariana Froes. A produtora musical Niela Moura, uma das idealizadoras do projeto que também colaborou na composição da faixa, conta que a canção surgiu de um dia exaustivo de gravações, mas que motivou os artistas a produzirem mais. “Quando definimos que ‘Carta que Não Diz’ entraria para o repertório e abriria a série de lançamentos, nós não tivemos dúvida que a voz que abriria essa experiência sonora tinha que ser dela, e foi uma escolha muito feliz”, comenta. 

Froes, que completou 18 anos recentemente, conta que a canção chamou atenção desde o início da produção. “Viciei na música no primeiro dia!”. “É muito sentimental, tem uma melodia contagiante e traz uma mensagem fácil de se identificar, por retratar um cenário em que muita gente já se viu em algum momento da vida”, completa.

O projeto “Taquetá Vol. 1” será contemplado em um EP, lançado em breve, com cinco faixas que selam a parceria da empresa com os três artistas. A união das três vozes já conhecidas pelo público da geração atual marca um resgate da MPB dos anos 50 e 60, demonstrando a versatilidade dos artistas que, apesar de beberem dessas referências, nunca haviam lançado algo parecido. 

Niela completa que: “Meu desafio era conseguir levar para outro lado, mantendo uma unidade estética que englobasse o universo dos três artistas e ainda soasse diferente. Essa concepção estética, arranjos e instrumentação estavam borbulhando dentro de mim e tudo se encaixou perfeitamente”. 

Alarcon revisita relações familiares: “Sinto muito orgulho desse trabalho, ainda mais por terem sido minhas duas avós que me apresentaram grande parte dos gêneros musicais que estão neste projeto. Minha avó paterna sempre gostou muito de Bethânia, Ney Matogrosso e Chico Buarque, enquanto minha avó materna me apresentou Nat King Cole, Orlando Silva, bolero, outra vertente da música brasileira e jazz. As duas foram muito importantes na minha formação musical e acho muito massa lançar esse trabalho com uma roupagem que traz esse resgate. Me sinto parte porque faz sentido para minha história”.

Para Ana Müller, que está com o recente “Prelúdio” lançado, conta que esse lançamento “Significa um rompimento meu com a ideia de que uma música é definida tão logo ela se mostra, sabe? Eu tinha muito essa ideia de que uma música é ou não é. E essa música meio que não era, ela ficou na gaveta sem terminar durante um tempo. Eu cheguei com a primeira parte pronta, duvidando um pouco de que poderíamos juntos levar ela pra algum lugar, foi a primeira vez que eu me permiti esse processo de abrir uma ideia, de direcionar uma criação junto com alguém, de dividir mesmo. Foi bonito terminar ela junto com o Rodrigo, essa conexão precisa ser muito estreita para que a música tenha sentido e seja real, você pode cair muito fácil numa coisa monótona, sem sentimento.”

Juntos, os artistas acreditam que conseguiram unir suas próprias influências para gerar essa estética: “Tem muito de nós neste trabalho, dos artistas que a gente ama, das primeiras descobertas. No meu caso, Chico Buarque, Rosa Passos, Miúcha, Caymmi, João Gilberto, Tom. É uma celebração às nossas primeiras descobertas e também a nossa amizade”, finaliza Ana.

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