Sean ‘Diddy’ Combs é processado por estupro e distribuição de vídeo da agressão

Sean “Diddy” Combs foi processado por uma vítima que afirma que ele e um segurança a estupraram de forma brutal em um estúdio de gravação em Nova York, em 2001. No processo, protocolado nesta terça-feira, 25 de setembro, no Distrito Sul de Nova York, Thalia Graves alega que Combs e seu associado Joseph Sherman a drogaram, a agrediram sexualmente e gravaram o ato sem seu consentimento.

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Graves afirma que, nos anos seguintes ao ataque, sofreu com depressão, ansiedade e ataques de pânico. Em novembro de 2023, ela descobriu a existência da gravação do incidente e que Combs e Sherman a haviam vendido como pornografia.

Graves falou publicamente durante uma coletiva de imprensa na tarde desta terça-feira, 24 de setembro, lembrando-se, emocionada, do impacto que a suposta agressão teve sobre ela, enquanto estava ao lado de sua advogada, Gloria Allred. “A dor interna após ser agredida sexualmente foi incrivelmente profunda e difícil de expressar em palavras”, disse ela. “Vai além do dano físico causado durante a agressão. É uma dor que atinge o seu núcleo, deixando cicatrizes emocionais que nunca serão totalmente curadas.”

Ela continuou detalhando como a agressão causou danos irreparáveis ​​à sua saúde mental. “Eu tive TEPT, depressão e ansiedade. Estou emocionalmente marcada. Tem sido difícil para mim confiar nos outros, formar relacionamentos saudáveis ​​ou mesmo me sentir segura em minha própria pele. Flashbacks, pesadelos e pensamentos intrusivos me fazem sentir como se fosse uma luta constante. Eu também sofro com problemas físicos, como dor crônica, desconforto sexual, a violação que sofri durante a agressão teve efeitos duradouros em meu corpo, causando problemas de saúde e complicações contínuas. A combinação de dor física e emocional criou um ciclo de sofrimento do qual é muito difícil se libertar. Quero continuar nesta jornada em direção à recuperação e cura. Estou feliz que ele esteja preso, mas essa é uma sensação temporária de alívio.”

Graves conheceu Combs por volta de 2000 através de seu então namorado, que era um executivo da Bad Boy Records, de Combs. Supostamente, Combs ligou para Graves no verão de 2001 para falar sobre o emprego de seu namorado, pedindo que ela se encontrasse pessoalmente para discutir a posição dele na empresa.

Combs buscou Graves em sua residência no Queens e ela recebeu um copo de vinho que acredita estar dopado. Ela começou a se sentir tonta e, quando tentou sair do carro, teve dificuldade para andar. Uma vez dentro do estúdio Daddy’s Home, ela perdeu a consciência e acordou sem roupa, com as mãos amarradas atrás das costas. Quando gritou por ajuda, Sherman a prensou contra a mesa de sinuca.

Combs começou a estrupá-la enquanto Graves gritava de dor. Ela então perdeu e recuperou a consciência quando Sherman forçava-a fazer sexo oral. Depois de perder a consciência novamente, Graves acordou e se viu sozinha no quarto. Ela chamou um motorista de aluguel e fugiu do local, com o motorista tentando convencê-la a denunciar o estupro e obter um kit de estupro, mas ela não conseguiu, com medo de retaliação de Combs.

Ao longo dos anos, Combs e Sherman aparentemente entraram em contato com Graves e a advertiram para que permanecesse em silêncio, ameaçando-a com a perda da guarda de seu filho caso ela denunciasse o estupro. Em 2023, logo após a ex-namorada de Combs, Cassie Venture, entrar com o primeiro de vários processos públicos contra o magnata, Graves descobriu a gravação do incidente e que Combs havia continuado a mostrar o vídeo e vendido como pornografia.

Graves é a 11ª pessoa a acusar Combs de agressão desde que Ventura entrou com seu processo em novembro de 2023. Ela está processando por danos compensatórios e punitivos, além de outros custos e taxas.

Sean “Diddy” Combs está atualmente preso após se declarar inocente de três acusações, incluindo conspiração para extorsão, tráfico sexual por força, fraude ou coerção, e transporte para se envolver em prostituição. Seu recurso foi negado durante a audiência de fiança na semana passada, após o juiz o considerar um perigo e um risco de fuga.