Andrew “Roo” Panes é um artista britânico de 31 anos e uma carreira sólida: seu primeiro EP, “Once“, foi lançado em 2012. Desde então, Roo tem sido comparado com artistas como Nick Drake, Sufjan Stevens e George Ezra.
No mesmo ano, foi o rosto de campanhas da Burberry, marca de luxo do Reino Unido, destacando-se pelos olhos profundos e expressão serena.
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Em 2014, lançou o seu primeiro álbum de estúdio, “Little Giant“, que contém músicas como “Ran before the storm” e “Know me well“.
O lançamento foi bem recebido e, um ano depois, Roo lançou “Paperweights” – onde, vale dizer, está “Lullaby Love“, música que fez com que o moço ficasse famoso em terras brasileiras. Para quem não sabe, a canção faz parte da trilha sonora da novela “A Dona do Pedaço“.
Na noite passada, o cantor subiu ao palco do Fabrique Club (R. Barra Funda, 1071), normalmente conhecido por suas festas e agitação, e apresentou músicas de diversas etapas de sua trajetória. O setlist completo você encontra ao final desta matéria.
O show, que estava marcado para às 20h, começou com pouco mais de meia hora de atraso. A plateia foi enxuta, devido ao tamanho do espaço escolhido para abrigar o artista, mas animada: reagiu fervorosamente à entrada do rapaz e, durante toda a apresentação, respondeu às suas perguntas, cantou, aplaudiu e brincou com ele.
Roo, embora tímido e reservado – ele se define como “um homem silencioso” (leia a entrevista ao PopNow), que também é o título de seu último álbum (“Quiet Man“) -, fez questão de manter um rico diálogo com o público durante todo o evento.
Exemplos? Pouco depois de entrar, já com o violão firme entre os dedos, riu e disse que “não teria muito para oferecer além do violão e da voz”. Para aliviar a ausência de outros elementos, “contaria histórias e curiosidades sobre as suas composições”.
Para quem ficou curioso: “Thinking of Japan“, do álbum “Quiet Man“, é, de acordo com ele, “uma música confusa, que nenhum dos meus amigos entende bem. (…) na verdade, é sobre o término de um relacionamento”.
A faixa-título de seu lançamento mais recente, por sua vez, foi criada diante da necessidade de entender o silêncio e fugir da agitação: Roo morou em Londres, o que fez com que estivesse cercado por barulho, frenesi, carros e luzes durante tempo considerável.
Para escrever as letras de “Quiet man“, refugiou-se no interior e “descobriu a importância de viver uma vida simples, com galinhas no quintal e afins”. O inglês agora vive em uma área bastante calma do Reino Unido.
O show, como se pode ver, foi bastante intimista e tranquilo: Roo não parecia ter pressa nem ansiedade de terminar o que estava ali para fazer.
Prova disso foi o fato de ter retornado duas vezes após o “encerramento” da apresentação. Mesmo doente, como afirmou estar, não “conseguia ir embora, tamanha a vontade de continuar tocando para a plateia da noite”.
Acerca das habilidades do moço, o que podemos dizer é: ele soa exatamente igual ao CD. E o faz sem exageros ou preciosismos, o que torna ouvi-lo cantar algo muito agradável. Nos graves e nos falsetes, Roo é preciso e habilidoso. Em alguns momentos, soa um pouco como Chris Martin (Coldplay), seu conterrâneo.
Ao final de tudo, o cantor atendeu aos fãs por quase uma hora. Ainda doente, diga-se de passagem, mas sempre sorridente e com uma boa dose de paciência. Muitos pontos positivos para o britânico, que saiu cativado e cativando.
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