Engenheiro de formação, músico por vocação. Proponente da neo-mpb baixo-astral-tropical, fã de músicas calmas para dias quentes e músicas quentes para dias calmos. Assim se define o cantor, compositor e instrumentista carioca Eric Guimarães Camargo, que agora passa a assinar como Megic Eric. O artista integrou a banda Baltazar, de 2014 a 2018, e após o término do grupo, passou a trabalhar no álbum que seria a estreia de sua carreira solo. O primeiro single, “Vida Comum”, chega às plataformas no próximo dia 30 de maio, terça-feira.
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Autoral, a música composta e gravada inicialmente em 2020, passou por alguns processos de remixagens até chegar ao seu formato final. Na canção de sonoridade suave e letra inspiradora, Megic além de cantar toca violões, mandolin e sintetizadores.
O single, assim como o álbum, foi produzido ao lado do produtor e guitarrista Guilherme Lírio, nome responsável por produzir o primeiro disco da artista carioca Ana Frango Elétrico, “Mormaço Queima” (2018), e que já se apresentou ao lado de Gilberto Gil e Marcos Valle. A ficha técnica ainda contempla na percussão o músico Marcelo Costa, que fez parte da cultuada banda A Barca do Sol e já tocou com nomes como Caetano Veloso, Lulu Santos, Adriana Calcanhotto, Maria Bethânia, Marisa Monte e Gal Costa. Dora Morelenbaum, do quarteto Bala Desejo, destaque na cena da nova MPB, integra o coro.
“Vida Comum” foi composta toda de uma vez, em uma tarde após horas de visita e conversa do artista com a sua avó, na segunda metade de 2020, em plena pandemia da Covid-19. A música possui pouco mais de cinco minutos, fugindo ao tempo habitual de grande parte das canções. “Misturando histórias e personagens reais, sem querer, acho que fiz algo que fala de ciclos da vida que são comuns a todos. É uma música sobre vida, morte e renascimento. É, também, uma reflexão sobre a existência que compartilhamos enquanto seres vivos. Respiramos o mesmo ar, somos feitos dos mesmos átomos, vivemos entrelaçados”, explica o artista.
Amante da música e do som em primeiro lugar, Eric adorava ouvir as fitas cassetes e os CDs de seus pais desde bem novo. Por volta dos 10 anos de idade, começou a se aventurar no violão e na guitarra. Apesar de também ter estudado piano e se aventurado em outros instrumentos, como o baixo e o saxofone, o violão ainda é seu principal local de expressão, é nele que nascem a maioria de suas composições. Em contraponto ao seu lado mais analógico, Megic também ama produzir beats e brincar com manipulações digitais.
Entusiasta do Rock e do Soul dos anos 60 e 70, da MPB, do Jazz, do Hip-Hop e de outros estilos, as ecléticas referências musicais do artista se renovam e se expandem regularmente, sendo difícil reconhecer um campo único de inspiração. Sua maior curiosidade é por conhecer novas formas de se fazer música, ao redor do planeta e ao longo do tempo. Entre os artistas que admira, estão nomes como Gilberto Gil, Os Beatles, Keith Jarrett, Bon Iver, JPEGMAFIA, Clube da Esquina, Stevie Wonder, Nick Hakim, Nick Drake, Jack Johnson, entre outros .
O cantor acredita que fazer arte na sua máxima potência e viver o ato artístico em um momento de show, gravação, composição, ou qualquer outro, seja expressar algo íntimo que, de alguma forma, ressoa com o interior de outras pessoas. “Arte pra valer vem do âmago, não só da pessoa que realiza a obra, mas do âmago da alma inconsciente coletiva inteira. Por isso, mesmo cantando sobre algo particular, outras pessoas podem se identificar com aquela mesma emoção”.
Eric Guimarães Camargo se prepara para entrar em cena com um trabalho autoral que retrata a sua verdade, despido de amarras, mas sempre com um pé na realidade e outro na fantasia, como retrata em sua nova identidade musical: MEGIC (que vem de Magic) ERIC.
O disco completo, composto por dez faixas, chegará em breve às plataformas. O trabalho foi gravado em diferentes estúdios, ao longo de três anos, incluindo um home estúdio que o artista montou em sua casa, no estúdio de Caetano Veloso, com o cantor e técnico de som Lucas Nunes (Bala Desejo), além de estúdios como Iglu, 304, Guê Gá e Carolina.
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