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The Pretty Reckless retorna ao Rio com repertório sombrio e instigante
O último show dos nova iorquinos no Brasil havia sido em agosto de 2012.
O Pretty Reckless aterrissou no Brasil no início da última semana pela segunda vez na carreira – eles já haviam vindo ao país em 2012 – para tocar em Curitiba (7), Rio de Janeiro (9), São Paulo (10) e Belo Horizonte (11). O show na capital paranaense, no entanto, foi cancelado* alegando problemas de saúde da vocalista Taylor Momsen. Começou então uma série de boatos e teses a serem cogitados sobre o que a cantora havia tido e a apresentação nas outras cidades foi questionada. Até minutos que antecederam o show do Rio (9), o clima era de aflição para saber em que condições a líder do Pretty Reckless tocaria naquela noite.
Mas, para bom entendedor, meia música basta. A banda subiu ao palco do Vivo Rio – casa de shows localizada na região central da cidade – praticamente lotado no horário previsto e com a energia que lhes é característica ao som de “Follow Me Down”, do álbum “Going to Hell” (2014). Para alívio de todos, Taylor não mostrava sinal algum de que ficara doente há poucos dias. Pelo contrário, a presença de palco, as habituais jogadas de cabelo e vozeirão da artista de St. Louis, Missouri estavam lá, firmes e fortes.
Ninguém deixou de pular em nenhum momento e todos cantaram juntos a plenos pulmões todas as dezesseis canções que compuseram a setlist. Nos raros momentos de pausa entre uma música e outra, o público pôde demonstrar todo o seu carinho e admiração pela artista com gritos de “Eu te amo”, ao levantar uma grande quantidade de isqueiros no momento mais íntimo e calmo da apresentação – em “Who You Selling For” – além de pedir incessantemente músicas, especialmente “Going Down”, do primeiro álbum de estúdio do grupo, e “Zombie” – uma das principais faixas do EP “The Pretty Reckless”, lançado em 2010. Para retribuir, os músicos demonstraram muito empenho e entrega a cada solo de guitarra. Taylor, por sua vez, distribuía sorrisos e seguia fazendo poses sensuais e “carão” frente ao microfone, incitando os apaixonados fãs ainda mais à loucura.
O laço criado entre fãs e ídolos teve uma sintonia fantástica durante toda a apresentação. Até nas músicas do “Who You Selling For” (2016), como “Oh My God”, “Take Me Down” e “Prisoner”, o coro de vozes foi impecável e em uníssono. Mas foram os clássicos dos álbuns anteriores que levaram o show a outro patamar: os singles “Make Me Wanna Die”, “Just Tonight”, “My Medicine”, “Going to Hell” e “Heaven Knows” foram acompanhados de muitos pulos, palmas e empolgação, o que impressionou – e muito – a banda. Em retribuição, rolou “Going Down” logo após o bis, atendendo a pedidos dos fanáticos seguidores cariocas do Pretty Reckless. E o “presentinho” foi exclusividade do Rio de Janeiro, já que nas setlists oficiais de São Paulo e Belo Horizonte foi “Fucked Me Down” que encerrou a passagem da turnê do novo álbum pelo Brasil.
*A apresentação foi transferida para 12 de março.
Veja um trecho de um trecho de “Going To Hell”no Rio de Janeiro clicando aqui.
Retorno em breve?!
Taylor fez questão de ressaltar a saudade que estava dos brasileiros e dizer o quanto é bom estar aqui. Após um longo hiato de cerca de cinco anos entre a primeira vinda da banda para o Brasil e o show agora em 2017, será que teremos mais The Pretty Reckless por aqui em breve?
Resta aguardar pra ver!
Setlist:
1. Follow Me Down
2. Since You’re Gone
3. Oh My God
4. Hangman
5. Make Me Wanna Die
6. My Medicine
7. Prisoner
8. Sweet Things
9. Light Me Up
10. Who You Selling For
11. Just Tonight
12. Zombie
13. Heaven Knows
14. Going to Hell
15. Take Me Down
BIS:
16. Goin’ Down (a pedidos do público)
Quem é Taylor Momsen?
Taylor Momsen é um furacão incontrolável. Por onde passa, a loira arrasta uma legião de fãs fieis e apaixonados por tudo o que ela faz. A norte-americana de 23 anos começou a carreira artística bem cedo e é conhecida por ser multifaceta – atua, compõe, canta, modela e é musa teen. Na TV, seus trabalhos mais conhecidos são a participação na série “Gossip Girl” – que foi ao ar de 2007 à 2012 nos Estados Unidos – com a personagem Jenny Humphrey e nos filmes “O Grinch” (2000) e “Pequenos Espiões 2” (2002), período em que ainda tinha 7 e 9 anos, respectivamente.
O sucesso na música veio em 2010, um ano após decidir criar o “The Pretty Reckless”, banda rock conhecida pela profundidade lírica e atitude no palco. Como em tudo que se propôs a fazer, a líder do Pretty Reckless se jogou de cabeça na música e se deu super bem. Logo no álbum de estreia, a banda alcançou a primeira posição nas paradas musicais da Grã-Bretanha com o single “Make Me Wanna Die”. Quatro anos mais tarde, com o “Going to Hell”, o single “Heaven Knows” – famoso entre os jovens – permaneceu por três semanas consecutivas no topo da Billboard das mais tocadas.
A popularidade da artista no Brasil surgiu a partir do contato dos fãs com a série de TV teen “Gossip Girl”. Talvez isso seja um dos fatores que expliquem a notável preferência do público da banda por Taylor, que faz por onde para ser o centro das atenções a cada apresentação. Sempre bastante irreverente no visual que segue tendências do estilo grunge, a jovem musa atrai olhares de todos e abusa da sensualidade quando sobe no palco. Que mulherão!