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PopEntrevista| Nico Antonio e os Filhos do Mar

O grupo brasileiro Nico Antonio e os Filhos do Mar, formado em 2017 por Nico Antonio, Rafael Lauro, Adriana Vasconcellos, Juliana Gushi, Luisa Hokema, Gabriel Garrett e Heitor Marin e Leni Rocha, lançou recentemente seu álbum “O Paquiderme”.

Lançado em forma de “ópera canção”, o disco conta com influência de ritmos e compositores brasileiros, além de ser um compilado de todas as faixas lançadas em formas de EP’s desde o inicio do ano.

Confira abaixo o bate papo que tivemos com Nico, integrante e fundador do grupo.

Como aconteceu o surgimento do grupo?
O grupo começou comigo e com Rafael Lauro, que na época era meu professor de violão. Apresentei pra ele o rascunho do que viria a ser O Paquiderme e convidei pra que fizesse a direção musical, ele topou e a partir daí fomos juntos complementando as lacunas da história que tínhamos em mão. Pensamos numa estrutura de grupo e em algumas pessoas que conhecíamos e achávamos que iam encaixar no projeto – aí foi o destino juntando pessoas que nem imaginavam ou conhecíamos pra completar nossa manada.

A figura do elefante está presente em todo o disco, inclusive na capa do álbum. Expliquem um pouco os motivos que inspiraram essa escolha.
A figura do elefante me fascina. Há tanto nele que carrega poesia, de hábitos à fisiologia – tem uma grandeza pra além de seu tamanho. Isso me fez, anos atrás,  me debruçar sobre paquidermes num geral e em especial sobre o bicho: de textos dos aspectos biológicos e comportamentais à literatura, poemas, música. Do “Elefante” de Drummond, a “Viagem do Elefante”, do Saramago, a fábula dos Sábios Cegos, a peça de Ionesco. Essas referências todas ficaram nalgum canto da cabeça e quando começou o parto da nossa história, os simbolismos vieram a tona, surgindo na narrativa que estava escrevendo ali. As metáforas que a figura do elefante permite criar casam perfeitamente com o que nossa protagonista vive ao longo das canções. Daí o nome, a capa. 

Durante as canções, há a narração de poemas e trechos de livros de escritores como Valter Hugo Mãe, Murilo Mendes e Conceição Evaristo, o quanto a literatura influencia na forma de compor?
Para mim a literatura tem uma relação direta com a composição porque ambas têm a palavra como ferramenta. O que leio molda o que escrevo tanto quanto o que escuto, e não só dentro de uma perspectiva de repertório, como também pela sensibilização. Criar é expressar algo que trago, e isso pode ser tanto algo que vivi, como fatos que presenciei ou fruto das emoções que uma outra arte me gerou. Lembro uma vez, uns bons anos atrás, quando fui a uma instalação no CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil) que mexeu tanto comigo que passei a semana seguinte meio recluso, com a necessidade de transformar em música aquela sensação – só sosseguei quando aquilo tudo virou canção. No caso do Paquiderme, a presença das narrativas como elementos que amarram a história junto com as canções tornou esse limite  entre as linguagens ainda mais tênue, permitindo a incorporação de forma mais fluida.


Com quem gostariam de fazer uma parceria musical? Tanto nacional como internacional?
O grupo é grande e essa resposta talvez fosse diferente dependendo de quem fosse responder. Tenho uma admiração danada pelo Tim Bernardes e pelo André Prando, adoro o trabalho deles, “Recomeçar” é um álbum que tá entre os que mais escuto. Mulamba também. Nossa, já gostava muito do disco, mas quando vi elas ao vivo, eita, que força! Outra referência pra mim é Chico César. As músicas do Chico conseguem traduzir as coisas que carrego cá dentro dum jeito simples e potente. Internacionalmente, Amanda Palmer e Jorge Drexler são daquelas pessoas que se um dia eu pudesse sentar para jantar e trocar ideia, já tava feliz.

Existem planos de novos trabalhos que o grupo já possa comentar?
Temos esboços e ideias para coisas novas, mas no atual momento o que queremos é nos reunir: desde o começo da pandemia que a banda toda não se junta. Gravamos o disco juntando o mínimo de pessoas ao mesmo tempo possível, e agora nossa maior vontade é se juntar e subir pro palco de novo. Rodar um pouco com o show do Paquiderme pós disco enquanto preparamos as coisas novas que fervilharam em nossas cabeças durante o isolamento. Mas algo que dá pra adiantar é que, depois de mergulhar nesse trabalho mais introspectivo e narrativo, os Filhos do Mar devem explorar caminhos um tanto diferentes.

Para mais informações:
Instagram: https://www.instagram.com/nicoantonioeosfilhosdomar/
Youtube: https://www.youtube.com/channel/UCDOfdDVl1jNF198fI53q4pw
Spotify: https://sptfy.com/6ks8

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