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PopEntrevista | Conheça o som de André That Hora

Cantor e compositor baiano fala sobre sua carreira e o álbum “Rockerz”.

Em setembro deste ano foi lançado o álbum “Rockerz”, que marca uma nova fase na carreira do cantor e compositor baiano André That Hora, unindo suas influências do nu metal, hardcore e trap em um projeto vibrante e inovador. Gravado em Salvador (BA), cidade natal do artista, o álbum oferece uma imersão nas vivências e histórias de bastidores dos rockstars dos anos 90 e 2000, com referências a ícones como Limp Bizkit, Korn e Metallica, enquanto traz uma abordagem moderna e ousada ao rock e ao trap.

Tivemos a oportunidade de conversar com André sobre sua carreira e projetos futuros.

  1. Conta pra gente como você começou no mundo da música? É algo de família ou você foi o primeiro a querer seguir esse caminho?

Na infância eu tenho lembranças de tentar imitar o Mano Brown por causa do meu irmão mais velho escutar muito o disco “Sobrevivendo No Inferno”. Eu tive acesso a alguns instrumentos na infância e cheguei a fazer aulas de violão. Não segui muito nessa linha. Na escola participava de algumas batalhas de rima, de brincadeira mesmo, mas já tinha começado o sonho de viver disso. Meu primeiro single lancei em 2011 (não encontra-se em nenhum lugar mais), era muito ruim, mas tenho muito orgulho do que fiz na época. 

  1. E como é o seu processo de composição? Você se envolve em todas as etapas da produção das suas músicas? 

Geralmente eu me envolvo em todas etapas. Eu me reúno com os produtores, explico as referências que desejo, participo da mixagem e masterização, indico efeitos em determinados momentos da música. Gosto de auxiliar na pré e pós produção dos instrumentais. 

Eu componho tanto sozinho ou em conjunto, não tenho problema com isso. Porém o “Rockerz” é um trampo completamente freestyle, as músicas eram feitas na hora. Ligava o microfone e despejava.

  1. Está cada vez mais comum os estilos musicais se misturarem, o seu som é algo que foge um pouco do que estamos acostumados quando o assunto é a cena trap no Brasil, notamos alguns elementos que são bastantes usados em música eletrônica e em rock, como você define seu estilo? 

Eu defino como Trap Rock (nome do primeiro EP nesse estilo que fiz). Não é somente pegar uma guitarra e botar no beat. A lírica tem que ser de rock, o flow tem que ser de rock, as guitarras tem que acompanhar as melodias como rock. O 808 e o drumkit tem que acompanhar o que a melodia propõe. Eu não sou pioneiro, mas muita gente só joga um sample de guitarra e diz que está fazendo Trap com Rock, não concordo.

  1. Você é um artista independente, com a internet se tornou mais fácil de alcançar novas pessoas e construir fanbases em outras cidades e até mesmo em outros países, como você enxerga isso? (Perguntamos porque você é natural de Salvador e saibamos que o maior consumo de trap acaba sendo no sudoeste).  

As rede sociais são espaço perfeito pra divulgar sua música, posso direcionar minha música pra qualquer lugar do mundo e acessar pessoas que jamais conseguiria daqui de Salvador. Porém, mesmo com essa arma poderosa que temos, é difícil conquistar o público de fora, infelizmente números falam mais alto que qualidade, as pessoas costumam dar atenção primeiro aos número e só depois ao conteúdo. Mas sim, a internet ajuda muito na divulgação do artista independente.

  1. E pra finalizar, você pode compartilhar com a gente os seus planos para 2025? 

Planejo continuar utilizando minhas referências do rock na minha arte, porém focarei em singles e alguns projetos com temas mais sérios. Quero falar de coisas que possam tocar as pessoas, ajudar a refletir em situações ou ajudar de alguma forma na melhora de suas vidas.

Para conhecer melhor o trabalho e ficar por dentro dos próximos lançamentos é só seguir o André no instagram: https://www.instagram.com/andrethathora.

Ouça “Rockerz” no Spotify:

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