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Pearl Jam demostra apoio ao povo indígena Kayapó

Pearl Jam. Foto: Reprodução/Instagram

No último sábado (22), comemorou-se no mundo inteiro o Dia da Terra ou Dia Mundial do Planeta Terra, data que representa a luta em defesa do meio ambiente, promovendo a reflexão sobre a importância do planeta e o desenvolvimento de uma consciência ambiental. O tema deste ano foi “investir no Planeta Terra”, algo que não é novo para ativistas veteranos.

Conhecida publicamente por sua forte relação com causas sociais e ambientais, a banda norte-americana Pearl Jam comemorou o Dia da Terra demonstrando apoio, através de seu site oficial e redes sociais, ao Kayapó Project. O povo Kayapó é guardião de uma vasta extensão de floresta amazônica na linha de frente do desmatamento e está sob diversas ameaças e ataques intensos.

No sábado, o Pearl Jam postou em seu Instagram, plataforma onde reúne mais de três milhões de fãs, um vídeo sobre a importância do povo Kayapó para a manutenção da floresta amazônica, da biodiversidade e dos ecossistemas da região, além de convidar o público a conhecer mais e apoiar o projeto.

Este ano, o Dia da Terra está pedindo às pessoas que reflitam sobre como investir em nosso planeta. Uma maneira que o Pearl Jam investiu este ano foi por meio de seu apoio aos povos indígenas da Amazônia, por meio do programa de compensação de carbono. Os Kayapó são um dos povos indígenas que lideram a luta contra o desmatamento no Brasil. Eles vivem na linha de frente da expansão industrial no estado do Pará, no Norte do país, e, apesar de enfrentarem ameaças crescentes de extração ilegal de madeira, garimpo e pesca, os Kayapó e seus aliados conseguiram preservar sua floresta tropical e rios.

O segredo de seu sucesso está no Programa de Postos de Guarda Kayapó, que consiste em 15 postos de guarda estrategicamente posicionados, administrados por três ONGs Kayapó e financiados pelo Fundo Internacional de Conservação do Canadá (ICFC). Esses postos de guarda servem como uma linha de defesa crucial ao longo da fronteira de 2.200 km (1.375 milhas) de Kayapó, ajudando a deter possíveis intrusos e protegendo a incrível biodiversidade da região. O Pearl Jam fez um investimento significativo neste programa e, neste momento, o ICFC está buscando apoio para estabelecer um novo posto de guarda para proteger uma vasta porção do território dos Kayapó da extração ilegal de madeira.

Em sua última turnê, o Pearl Jam destinou US$ 200 por tonelada para seu programa de compensação de carbono. O quinteto investiu essa quantia em várias soluções, inclusive com o povo Kayapó no Brasil. Este representa o maior investimento único do grupo em qualquer organização desde que lançaram o programa de carbono.

Formado em 1990, o Pearl Jam tem sido, há muitos anos, um defensor ativo de causas socioambientais. Em suas turnês, há sempre a preocupação de minimizar o impacto ambiental de suas apresentações. Em passagem pelo Brasil, em 2018, por exemplo, o grupo compensou as emissões de carbono dos shows com a plantação de mais de 10 mil árvores através do Amazonia Live, em parceria com a Conservação Internacional e o Programa Carbono Neutro do Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (Idesam).

Em março de 2020, o Pearl Jam lançou o álbum “Gigaton”, o 11º álbum da banda. Na época, a capa do disco foi bastante comentada nas redes sociais. Isso porque ela trazia uma foto intitulada “Ice Waterfall”, capturada pelo fotógrafo, filmmaker e biólogo marinho canadense Paul Nicklen. Tirada em Svabald, na Noruega, a imagem retrata a calota de gelo de Nordaustlandet, que se derrete em enormes quantidades de água. No repertório do disco, está a faixa “Retrogade”, cujo clipe, que já ultrapassou mais de dois milhões de views. O vídeo  procurou chamar a atenção do público ao alertar sobre as consequências do descaso com o meio ambiente e a urgência em buscar novas soluções. Além de mostrar ondas gigantes e fuga de animais, o clipe também mostra a jovem ativista sueca Greta Thunberg.

Liderado por Eddie Vedder, o grupo contabiliza, ao longo de seus mais de 30 anos de banda, 11 álbuns de estúdio, centenas de apresentações ao vivo, diversos prêmios (incluindo dois GRAMMYS® e cinco American Music Awards) e mais de 85 milhões de discos vendidos mundialmente. Em 2017, a banda também entrou para o seleto time de artistas que fazem parte do Rock and Roll Hall of Fame.

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