Brasil
Nando Reis fala de reencontro com os Titãs e dá detalhes de novo álbum
Costurando lembranças do passado com o presente e fazendo referências a um futuro próximo, Nando Reis contou em seu podcast ‘Lugar de Sonho‘ como se sente aos 60 anos de idade e das expectativas que antecederam a turnê dos Titãs. As passagens estão no quinto e último episódio, que estreia hoje (24) e pode ser ouvido nas principais plataformas de streaming do país. As gravações da série ocorreram no final de 2022.
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“No reencontro [com os Titãs] ficou evidente, para a minha surpresa, a imediata ligação, atração e harmonia que se deu no ambiente, e por uma razão simples: havia uma paixão muito grande pelos encontros, por nós e pelo que estávamos fazendo. A gente estava realizando um sonho. Há uma grande afinidade, uma grande admiração mútua que se sobrepôs a qualquer resquício de memória dos desentendimentos”, afirma o músico, depois de relatar as primeiras reuniões e ensaios do grupo.
Durante o episódio, Nando fala também de seu próximo álbum, de inéditas, cujo lançamento está previsto para o início do próximo ano. Gravado em São Paulo e mixado em Seattle, o disco conta com a participação de uma série de músicos e amigos que o acompanham em sua jornada. Entre eles, Alex Veley, Walter Vilaça, Felipe Cambraia e Peter Buck, guitarrista do R.E.M, com quem assina duas composições.
“É bacana aos 60 anos ter esse olhar retrospectivo, mas que não me dá nenhuma sensação de que algo foi perdido. Pelo contrário, o que acontece no presente traz vividamente e participativamente não só aquilo que me marcou, mas aquilo que eu faço. Isso dá um bem estar”, declara Nando.
O artista também faz resgates do ambiente que lhe serviu como cenário ao longo das gravações. A série de cinco episódios foi gravada em Jaú, no interior de São Paulo, numa fazenda que pertence à família do cantor há gerações e onde ele passou parte da pandemia com seus filhos. No episódio, Nando conta como foi retornar ao local comprado pelo seu avô em 1954 e onde passou as férias de sua infância, e como os objetos que povoam sua memória ainda ecoam e sustentam o seu presente.
“A palavra mais cabível para essa ideia do éden particular é o equilíbrio, tanto entre as coisas que circundam, quanto aquilo que é o real, o ideal e o possível. Esse movimento contínuo de ir ajustando de acordo com a sucessão dos eventos na sua vida. […] Isso é muito análogo entre o que eu faço, o que eu escrevo e a forma como eu vivo, como eu ajo. Está tudo muito relacionado. No fundo, no fundo, a gênese está no que se deu ali na infância”, comenta.