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Morre Ozzy Osbourne, lenda do rock e fundador do Black Sabbath

Ozzy Osbourne. Foto: Divulgação

Ozzy Osbourne, uma das figuras mais icônicas da história do rock, faleceu nesta terça-feira (22) aos 76 anos, após uma longa batalha contra o mal de Parkinson. A informação foi confirmada pela BBC.

Fundador do lendário Black Sabbath, Ozzy não foi só uma lenda do heavy metal. Ele também brilhou como artista solo e, nos anos 2000, virou estrela de reality show com “The Osbournes”, conquistando até quem nunca tinha ouvido “Iron Man”.

Mesmo enfrentando sérios problemas de saúde nos últimos anos, Ozzy surpreendeu os fãs ao subir no palco há apenas duas semanas, durante o “Back to the Beginning”, festival que marcou a despedida do Black Sabbath em sua cidade natal, Birmingham, na Inglaterra. O evento foi um verdadeiro tributo à banda que mudou a história do rock pesado, com participações de Metallica, Guns N’ Roses, Slayer, Tool, Pantera, Alice in Chains, entre outros gigantes.

A família divulgou uma nota emocionada: “É com uma tristeza maior do que palavras podem expressar que comunicamos que nosso amado Ozzy Osbourne faleceu esta manhã. Ele estava cercado de amor e da família. Pedimos respeito e privacidade neste momento difícil.”

Ozzy havia revelado o diagnóstico de Parkinson em 2020 e, em 2023, anunciou sua aposentadoria dos palcos, dizendo que não se sentia mais fisicamente capaz de encarar longas turnês. “A ideia de decepcionar meus fãs me destrói mais do que vocês imaginam”, confessou na época.

Uma vida de excessos, música e reinvenção

Nascido John Michael Osbourne, em 1948, em Birmingham, Ozzy foi um dos responsáveis por criar o som sombrio e pesado que definiria o heavy metal. Entre 1969 e 1979, comandou o Black Sabbath com vocais marcantes e um carisma caótico. Hits como “Paranoid”, “War Pigs” e “Iron Man” se tornaram hinos de uma geração.

Expulso da banda em 1979 por causa do abuso de drogas e álcool, Ozzy deu a volta por cima e lançou uma carreira solo ainda mais bem-sucedida, revelando guitarristas como Randy Rhoads e Zakk Wylde. Seu primeiro disco, Blizzard of Ozz, trouxe o clássico “Crazy Train” e vendeu milhões.

Ozzy também foi o cérebro por trás do festival Ozzfest, idealizado por sua esposa e empresária Sharon Osbourne. O evento rodou o mundo nos anos 90 e 2000, revelando e celebrando novas gerações do metal.

E como se não bastasse a carreira musical, nos anos 2000 ele virou ícone da cultura pop ao abrir as portas de casa no reality “The Osbournes”, da MTV, ao lado de Sharon e dos filhos Kelly e Jack. Desbocado, desajeitado e genuinamente carismático, Ozzy se transformou em um símbolo improvável da TV familiar.

Lendas nunca morrem

Ozzy sempre foi sinônimo de polêmica: mordeu a cabeça de um morcego no palco (achou que era de brinquedo!), foi preso por tentativa de homicídio após uma briga com Sharon nos anos 80, e lutou décadas contra o vício em drogas e álcool. Mas também foi sinônimo de superação — e de um amor gigante pela música.

Nos últimos anos, mesmo com a saúde frágil, lançou dois álbuns muito elogiados: Ordinary Man (2020) e Patient Number 9 (2022), que mostraram que sua voz e seu espírito seguiam vivos e intensos.

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