Durante participação no podcast Reclaiming, apresentado por Monica Lewinsky e divulgado nesta terça-feira (10), Miley Cyrus falou abertamente sobre os desafios enfrentados durante a era Bangerz, em 2013, período marcado por uma guinada artística e visual que chocou o público e rompeu de vez com a imagem de estrela teen associada à personagem Hannah Montana.
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Segundo a cantora, as críticas intensas à sua postura provocativa e visual ousado tiveram reflexos profundos em sua vida pessoal. “Naquela época, fui muito atacada e fiquei muito envergonhada”, afirmou. “Chegou ao ponto de meus irmãos não quererem ir à escola por vergonha de serem meus irmãos.”
Cyrus destacou o sentimento de culpa que carregava, especialmente em relação à família. “Era difícil imaginar como devia ser ser meu irmão ou meu pai. Era constrangedor. Eu não conseguia olhar nos olhos do meu pai sem me sentir envergonhada”, contou, mencionando ainda que a relação com sua avó também foi abalada.
A artista revelou que precisou de terapia para superar os sentimentos de vergonha e a perda de conexões pessoais. “Perdi tudo. Se eu continuasse me vestindo ou agindo de determinada forma, meus relacionamentos desmoronavam. Ninguém queria se envolver comigo porque minha expressão sexual era pública, compartilhada com o mundo”, explicou.
Na época, Miley estava noiva do ator Liam Hemsworth, com quem o relacionamento acabou não resistindo. “Aquilo não deu certo porque eu estava mostrando uma parte de mim que alguns homens queriam que fosse só deles”, refletiu.
Mesmo diante da controvérsia, a era Bangerz marcou um novo momento na carreira da artista, rendendo o hit “Wrecking Ball”. Mais de uma década depois, Miley celebra uma fase distinta: com o sucesso de “Flowers”, que liderou o ranking por oito semanas, a cantora conquistou seus primeiros Grammys em 2024. Recentemente, lançou o álbum Something Beautiful.
Ao olhar para o passado, Cyrus reconhece que a reação do público teve relação direta com sua imagem anterior. “O que eu fazia nem era tão chocante. O que chocava era ser eu fazendo aquilo”, afirmou. “Foi difícil entender por que artistas como Rihanna não recebiam as mesmas críticas. Mas Cardi B, por exemplo, nunca foi voltada ao público infantil. Eu era.”
Confira a entrevista:
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