Michael Band fala sobre sucesso de ‘Insônia’, inspiração e nova fase musical

*Por Juliana Del Rosso.

Você gosta de sertanejo? Então esse post é para você!

Você deve lembrar do Michael Band da época da boyband P9. O grupo, que abriu para o Justin Bieber e para o One Direction no Brasil, foi responsável pelo hit “My favorite girl“, que foi da trilha sonora da novela “Salve Jorge“.

Hoje, mais maduro e em carreira solo, Band aposta em músicas em português e num estilo bem diferente: com um violão na mão e um sorriso simpático, cantarola versos de amor do sertanejo.

O PopNow bateu um papo com ele na última semana e trouxe, na íntegra, uma entrevista bem completa. Confira abaixo o nosso bate-papo (e depois dê uma olhadinha no vídeo exclusivo que ele gravou para nós!):

PopNow: Conta pra gente de onde veio o desejo de começar a trabalhar com música!

Michael Band: Desde muito pequeno, música sempre foi uma coisa da qual eu gostava. Eu vivia cantando pela casa. Meu pai mesmo achava que aquilo ia dar em alguma coisa. Eu fui crescendo e, com oito ou nove anos, pedi pra ele um violão de aniversário. Comecei a tocar. Quer dizer, peguei, larguei, peguei, larguei. (Risos) Aí quando eu tinha onze, doze anos, meu amigo me chamou pra tocar num festival de poesia do colégio. Foi a primeira vez que eu me apresentei em público, para umas duzentas pessoas. Aquilo ali mudou tudo.

PopNow: Isso foi no Rio de Janeiro?

Michael Band: Não, nessa época eu estava no Mato Grosso do Sul ainda. Depois eu fui para o Rio. Foi no Rio que eu montei uma banda no colégio, com uns amigos. Era um estilo puxado para o Rock Indie, era coisa autoral, mas bem ruim. (Risos) Eu entrei na faculdade, aí apareceu a oportunidade do P9.

Michael Band. Foto: Reprodução/Instagram (@bandmichael)

PopNow: Sobre o P9, como surgiu a banda?

Michael Band: Um dos meninos da banda, que era meu amigo, conhecia esse cara que tinha um projeto. Nós fomos apresentados, eu assinei contrato e nós saímos atrás dos outros dois integrantes. Eles vieram por meio de audição.

PopNow: Na época do P9, vocês abriram para grandes nomes, como o One Direction e o Justin Bieber. Como foi isso?

Michael Band: Surreal. Indescritível. Coisa de outro mundo. Foi uma experiência maravilhosa ter a chance de tocar para setenta mil pessoas. É difícil colocar em palavras; foi absurdo e, ao mesmo tempo… Eu costumo falar que eu dou muito valor para música, sabe? Ao mesmo tempo em que foi algo gigante, porque foi mesmo, isso não me deslumbra. Eu acredito que o que importa é ter alguém para ouvir o que você tem a dizer. Não importa se são duas pessoas ou setenta mil.

PopNow: Durante uma época da sua vida, você morou em Nova York. Como você foi parar lá?

Michael Band: Eu tava bastante frustrado nessa época, cheio de problemas para resolver. Para espairecer, eu resolvi sair daqui, abandonar aquele pensamento antigo. Ir para fora me ajudou a compor, me fez conhecer várias pessoas, foi ótimo. Nessa época, eu foquei em compor em inglês e, por isso, fiz parcerias e bons amigos.

PopNow: Então você mira o mercado internacional?

Michael Band: Eu sinceramente sou bem pé no chão. As coisas vêm com o tempo. Dizer que sim é atropelar algo que eu nem fiz ainda. Eu tô lançando a primeira música. Sim, eu escrevo em inglês, é algo que eu gosto muito, mas eu faço por mim, por prazer. Eu adoro cantar em inglês, claro, e não vou dizer que não adoraria expandir o meu trabalho, mas não tenho planos para isso agora.

PopNow: De onde vem a inspiração para compor, tanto em português quanto em inglês?

Michael Band: Compor para mim é algo muito pessoal. Eu não consigo manufaturar composição. Tem compositor que escreve cem músicas; isso é muito admirável, mas eu não consigo. Eu escrevo sobre o que me toca, sobre o que aconteceu comigo ou com gente próxima, então é tudo muito pessoal. É um processo lento; às vezes vem do nada, quando eu não tô nem em casa, daí eu corro para escrever. Eu tenho que liberar o que eu tô sentindo, então eu escrevo. Eu consigo me aliviar por meio da composição; é meio que uma válvula de escape mesmo.

PopNow: “Insônia” é uma música bem pessoal?

Michael Band: Eu já tinha a ideia dela, o sentimento e o refrão. Quando eu juntei com o Rafa, meu amigo que sempre me ajuda a compor, nós criamos o corpo da música. Tudo com base na história que eu já tinha na minha cabeça, mesmo. Num geral, Insônia é uma música que fala sobre um sentimento maduro de saudade e amor por alguém e de desejar o bem para quem a gente ama. Quando a gente gosta de alguém mesmo, o que nós esperamos é que essa pessoa esteja bem, mesmo que com outra pessoa.

PopNow: Você tem planos para um álbum completo?

Michael Band: O mercado em geral não tá tão voltado mais para álbum, né? Nesse primeiro momento, a gente tá dando foco música a música. Eu conversei com o pessoal da gravadora e a gente decidiu que seria bom que eu pudesse ir construindo algo, músicas onde eu me encontrasse. A gente tá sempre mudando e sempre se encontrando. Isso é muito bom pro processo. Ir de música em música, sem ter obrigação de um álbum em que as músicas conversem entre si me dá uma liberdade de criação muito grande.

PopNow: E quando sai a música nova?

Michael Band: Ela já está escrita, mas ainda não produzida. Essa parte é rápida.

PopNow: Já pode dar spoiler do título?

Michael Band: Sim! Se chama “Eu sinto falta de você”.

Michael Band. Foto: Reprodução/Instagram (@bandmichael)

PopNow: Pensando nos artistas do cenário brasileira, com quem você gostaria de trabalhar?

Michael Band: Especialmente no segmento sertanejo, que é mais próximo do que eu faço, eu gostaria de poder trabalhar com Jorge e Matheus. Eu acho que o Jorge tem a melhor voz do sertanejo da nossa geração! Eu também adoro a Marília Mendonça, Zé Neto e Cristiano, o Luan… O Luan construiu uma carreira que foi na contramão do que a galera tava indo, em especial nas músicas antigas dele. Seria uma honra poder trabalhar com qualquer um deles.

PopNow: E fora do segmento sertanejo? Tem algum artista que chama a sua atenção para uma possível parceria?

Michael Band: Eu sou muito eclético! Gosto de tudo, toco de tudo. Nesse momento eu tô puxando mais para essa linha sertaneja, meio pop, bem romântica, que é algo que eu sempre gostei, mas eu não tenho limites. A música vai muito além disso, ela não tem muita regra. A gente é que tenta encaixar em segmentos, mas o que importa é o sentimento que ela é capaz de trazer.

PopNow: Nós trabalhamos com nomes!

Michael Band: Eu adoraria, por exemplo, trabalhar com a Anitta ou com a Iza. Eu amo o trabalho da Iza e, pra mim, a Anitta é uma das maiores artistas em atividade hoje.

PopNow: E o que você espera desse novo momento da sua carreira musical?

Michael Band: Espero continuar escrevendo e cantando o que me toque de coração. Quero também trabalhar muito, fazer muitos shows, enfim… Quero que as pessoas gostem da música, claro! (Risos) Espero que gostem e se identifiquem com o meu trabalho. Tô pronto para cantar bastante, montar agenda e mostrar mais e mais do que eu faço para o Brasil.

Se você ficou curioso para ouvir “Insônia”, já poupamos o seu trabalho de pesquisa. Clique abaixo para ouvir – e compartilhe nas redes!