Quem acompanhou a trajetória de cinco singles que a banda paulistana Wasadog lançou nos últimos meses tem uma boa ideia do que encontrar no álbum Lure – com lançamento nas plataformas digitais na última sexta, 31, na casa de shows Z Carniceria (Pinheiros), na mesma data.
Suas nove músicas trazem uma apropriação contemporânea daquilo que o rock já foi e sempre será como base à identidade que o quarteto, antes conhecido como The Moondogs, apresenta. É um som tão bem humorado quanto cheio de força, despojado e perfeccionista ao mesmo tempo, feito por uma banda que tem na reinvenção a sua principal característica.
O nome do disco já diz muito sobre ele. Lure, como verbo, significa “atrair”. Como substantivo, é a própria “isca”. Em faixas variadas em mensagens, vibes e até inspirações, Wasadog “fisga” o ouvinte interessado no que o rock de cara indie e vintage tem produzido hoje em dia, de Arctic Monkeys a Alabama Shakes.
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A noite do dia 31 no Z Carniceria serviu de comemoração do lançamento, assim como também foi uma oportunidade de ouvir as novas músicas em versão ao vivo pela primeira vez. As bandas Deb And The Mentals e Pretty Babies completam a festa. Com Lure, o grupo consegue atrair até o fã mais exigente do gênero em um disco ideal tanto para playlists quanto para os festivais. “O peixe escolhe a isca ou a isca escolhe o peixe?” – é difícil responder, mas é tranquilo afirmar que ouvir Wasadog é cada vez mais a escolha certa.
Ouça Lure:
Veja o clipe I’m Willin’:
Sobre Wasadog
Antes conhecida como The Moondogs, Wasadog é a nova cara de uma banda que já possui muita história para contar. Depois de uma trajetória com muitos cenários, personagens e, é claro, muita música, o que ficou foi uma base sólida para uma carreira muito maior se desenvolver nesta sua nova fase, com um novo álbum para sair em 2018 e a conquista de um lugar de destaque dentro do rock no Brasil e no mundo.
O quarteto formado em 2010 por Johnny Franco (vocalista e guitarrista), Gabriel Gariani (baixista), Victor Prado (guitarrista) e Gabriel Borsatto (baterista) iniciou sua discografia em 2014 com “Black & White Woman”, disco produzido por Gustavo Riviera (da banda Forgotten Boys) que já nasceu histórico por ter sido o último mixado pelo lendário Roy Cicala, que teve no currículo de John Lennon a Frank Sinatra, de AC/DC a Jimi Hendrix. Foi com esse álbum que a banda foi escolhida pelo próprio Jake Bugg para a abertura de seu primeiro show em São Paulo, naquele mesmo 2014.
No ano seguinte, o grupo foi um dos maiores destaques no programa “Superstar”, da Rede Globo, oportunidade que não só alavancou sua popularidade como também o colocou em contato com outras bandas que viraram parceiras na vida e amigas no trabalho – ou vice-versa. Em seguida, foi atingida a marca impressionante de 40 shows em 80 dias, passando por Londres, Nova York, Nashville, Los Angeles e Santa Monica ao lado da também independente Ted Marengos, tudo registrado em uma série documental publicada na Internet.
Foi desse diálogo com outros nomes da nova cena do rock brasileiro, ao lado da intensa experiência nos palcos, que The Moondogs evoluiu para Wasadog, uma nova fase com liberdade criativa ainda maior e intenções mais diretas. Até o volume sonoro é outro, o que gera músicas mais densas e envolventes, sem perder sua identidade bem humorada e despojada que a banda sempre apresentou, tanto nos palcos quanto nas redes sociais – como uma vez disse Chuck Hipolitho: “jovens, brilhantes e com sangue nos olhos”.
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