Sair de uma gravadora, trabalhar coletivamente e de maneira independente, acreditar no próprio trabalho, no próprio eu. Esses foram alguns dos processos que a mineira Luiza Carmo passou para chegar até seu novo EP, “Seco Seu Gelo”. Com pop, R&B e batidas do afrobeat Luiza apresenta 4 canções que mostram um novo lado, mais maduro e com espaço para experimentações ainda não apostadas pela cantora.
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Com “Seco Seu Gelo”, o EP, Luiza Carmo adiciona mais duas músicas às já lançadas “Seco seu Gelo” e “Deja Vu” ambas com produção musical de Pastor. Duas canções que ganharam videoclipe e foram escolhidas para a lista de melhores do site Hits Perdidos. A primeira homônima, foi teve clipe gravado no icônico edifício JK, em Belo Horizonte e trata da passagem de um casal pela vida adulta, fala das incertezas que esse momento de crescimento pode trazer. A segunda teve clipe gravado em um estúdio de dança em SP e traz a liberdade de criação sem amarras.
“A gente consegue sentir na pele o amadurecimento desde a confecção criativa de tudo até o lançamento de cada projeto, ainda mais quando comparamos um com o outro. Acho que em ‘Sublime’ [Ep lançado em 2024] eu ainda precisava muito me impor, experimentar na produção e na composição. Em ‘Seco Seu Gelo’, ainda sinto essa demanda, mas já me sinto um pouco mais madura e “calejada” pela a carreira independente, enquanto no primeiro era tudo muita novidade. E espero que isso siga acontecendo numa crescente, que eu me sinta ainda mais madura, segura e coerente no álbum do próximo ano”, revela Luiza Carmo.
Agora a artista apresenta “Morde e Assopra” e “Rezo um Terço” que unificam o conceito do disco como um todo, unindo estético e musical. Pensando na imagem do frio pintou os cabelos de loiro platinado e trouxe a água em diferentes estados: no vapor do banho, no copo, no rio, no suor e no gelo trazendo a ideia de transformação constante que ela também está passando. As novas canções ganham visualizers.
“A gente nunca vai poder ser livre e se conhecer por inteiro se a gente não se permitir testar, experimentar até errar. Sempre gostei de R&B e definitivamente é uma influência clara no meu som. Até alguns anos atrás, só tinha feito esses trabalhos com uma gravadora, eu chegava tocava a minha música no violão e recebia uma versão da mix final pra aprovar de volta. Desde que comecei o meu trabalho independente, descobri que a música pode e, pra mim, tem que ser um trabalho colaborativo. Não tem preço estar no estúdio com pessoas que te inspiram genuinamente, todos com um propósito comum, que é tirar o melhor daquele trabalho. Acho que daí vem esse ponto dos beats e tudo, da autonomia pra experimentação. Sobre o visual, acho que o cabelo passa pelo mesmo ponto, acaba sendo bem simbólico, mas é sim um ponto importante da percepção que a gente tem de si mesmo. Tinha feito de primeira pensando no EP, o que seriam os visuais e a estética de gelo. Mas gostei tanto do resultado que acho que devo manter mais”, se diverte Luiza.
Foi após discussão com o então namorado que nasceu a letra de “Morde e Assopra”. Ela morava em São Paulo, ele em Belo Horizonte e num vai e vem de declarações, surgiu da boca dele: “Você vai ficar nesse morde e assopra aí?”. A música saiu em poucos minutos. A canção tem produção musical de JEFF, que tem trabalhos com Agnes Nunes e Kehlani. Já “Rezo um Terço” nasceu no começo de 2024, quando Luiza se preparava para entrar de cabeça no meio independente.
“Tava morando em São Paulo e eu ainda fazia parte de um selo musical com o qual já não me identificava — e, ao mesmo tempo, começava a viver os primeiros desafios de um relacionamento de longo prazo, marcados pela distância e pelo amadurecimento do casal. Era uma fase cheia de mudanças, imprevisibilidades, ansiedade e também muito ânimo pelo que estava por vir. Em várias áreas da minha vida, tudo parecia estar se transformando ao mesmo tempo. Essa faixa é muito especial pra mim. “Rezo um Terço” fala sobre predestinação, fé, caminhada e propósito. É uma música sobre confiar — em mim, na vida e no meu próprio trajeto. A produção é do KoY, um artista belorizontino que admiro muito e que já trabalhou com nomes como Lagum, VHOOR e Iuri Rio Branco. A gente construiu uma sonoridade que mistura fortes referências da música brasileira com elementos modernos. Tem bongô, violão de nylon, guitarra e várias percussões, que se encontram com sintetizadores e baterias eletrônicas — criando uma textura rica, orgânica e contemporânea”, comenta.
Para as influências ela cita nomes como Liniker, Marina Sena, Ana Frango Elétrico, Kali Uchis, Men I Trust e Clairo.
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