Música
Loreena McKennitt traz leveza e encanto para show magistral em retorno ao Rio
*Por: Guilherme Lima
Edição: Danielle Barbosa
Na última sexta, 2, a canadense Loreena McKennitt, ganhadora do disco de platina duplo no Canadá e disco de ouro na Austrália, Nova Zelândia, Itália e Espanha, retornou ao Rio de Janeiro, com apresentação majestosa no Km de Vantagens Hall, na Barra da Tijuca. Esta foi a segunda turnê de Loreena pela América Latina, exibindo o seu último álbum lançado, intitulado “Lost Souls”.
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O show
No retorno de Loreena ao Brasil após cinco anos longe do calor dos brasileiros, ficou evidente a ansiedade que ela e público compartilhavam e dedicação com que foi conduzida a apresentação da sexta-feira, 2. A ruiva, de ascendência irlandesa e sueca, tomou o palco de forma sutil e elegante, valendo-se apenas da sua voz e de uma harpa no primeiro momento, que foi mais do que suficiente para causar reações acaloradas na plateia. A artista de 61 anos aderiu a simplicidade cenográfica, dando foco para seu talento individual e de seus multi-instrumentistas.
No público, uma diversidade tribos. Havia hippies, executivos, casuais, jovens, senhores, universitários, ciganos, bruxas e elfos, todos sucumbindo em suma hipnose aos encantos da ruiva, que agradeceu e cumprimentou os fãs em português.
Mesmo o espetáculo configurado com a plateia sentada em cadeiras, a euforia tomou a cabeça de uma parte dos fãs, que tentavam “burlar a lei”, chegando mais próximo da artista e indo tirar fotos o mais perto possível do palco – até o momento em que algum segurança aparecesse, o que era uma questão de segundos.
No palco, a cantora estava acompanhada de um grupo de multi-instrumentistas, incluindo um baterista, baixista, guitarrista, violinista e violoncelista. No local, também não havia ostentação na cenografia. A decoração limitou-se a um jogo de luzes coloridas e um grande pano de cor pouco mais fechada que o verde-bandeira, com alguns detalhes de brilho, sem qualquer tipo de exagero. Elegância sim, tivemos na vestimenta da cantora: uma bota pra lá de charmosa, que casava muitíssimo bem com o resto da indumentária preta, repleta de babados
Os espíritos celtas tomaram a atmosfera local, costurando melodias com pitadas de Oriente Médio e outro tanto de quaisquer coisas atemporais, o que deu nuances interessantíssimas ao show, que foi capaz de trazer leveza à plateia em tempos tão difíceis. No repertório, Loreena fez um passeio e contemplação à sua trajetória tão bem-sucedida, com canções de sete álbuns diferentes, com foco para o “Lost Souls” (‘A Hundred Wishes’, ‘Ages Past, Ages Hence’, ‘Lost Souls’ e ‘Spanish Guitars and Night Plazas’) e o “The Visit” (‘Tango to Evora’, ‘The Lady of Shalott’, ‘The Old Ways’).
Após três apresentação primorosas em São Paulo e Rio, a ruiva leva a mágica da turnê “Lost Souls” para Belo Horizonte, no Km de Vantagens Hall, neste domingo, 4.
Entrevista para o PopNow
Antes de sua apresentação em São Paulo (30 e 31/10) e no Rio, a cantora, compositora, produtora e multi-instrumentista concedeu uma entrevista, com exclusividade, ao PopNow. Ela falou sobre o seu estilo de música, carreira, importância da música na sociedade e a ansiedade em rever os fãs brasileiros.
Carreira
Com mais de 30 anos de carreira e 10 álbuns de estúdio lançados, Loreena McKennitt é uma referência quando falamos de folk/celtic music. A ruiva, de 61 anos, carimbou seu nome na indústria da música como uma das mais elegantes e talentosas vocalistas do gênero, com diversos prêmios na prateleira, nomeações ao Grammy e tendo, inclusive, sido a performer principal na celebração inglesa The Golden Jubilee Celebrations, comemoração dos 50 anos de ascensão ao trono da rainha Elizabeth II, em 2002.
Em sua carreira, ela coleciona recordes e grandes feitos. Por exemplo, muitas de suas obras já foram trilha sonora de filmes, como “Soldier”, “Jadie” e “The Mistsof Avalon”. No Brasil, sua arte ganhou notoriedade ao chegar às telenovelas globais, como “Viver a Vida”, com “Dante’s Prayer”, e “Corpo Dourado”.