Pop
Kesha volta atrás e troca capa de single após críticas sobre uso de inteligência artificial
Depois de causar polêmica com o uso de inteligência artificial na arte do single “Delusional”, Kesha resolveu mudar o rumo. A cantora compartilhou uma nova capa para a faixa no último dia 20 de maio e explicou aos fãs por que decidiu deixar o visual feito por IA para trás.
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Lançada em novembro, a música veio acompanhada de uma arte digital gerada por IA: uma pilha de bolsas de grife em uma faixa de pedestres, com o nome da canção estampado (e até com erros de ortografia). A imagem dividiu opiniões entre os fãs, muitos acharam impessoal e criticaram o uso da tecnologia. Agora, a capa foi substituída por uma foto real de Kesha sentada em uma cadeira, com braços e pernas amarrados por enforca-gatos e um sorriso no rosto.
Na legenda da publicação, Kesha explicou: “Quando criei a capa de Delusional, queria provocar uma reflexão: é DELIRANTE que o mundo espere que artistas continuem produzindo arte quando somos tão desvalorizados. Tentei passar essa mensagem com uma capa mais política. Mas percebi que estar em paz com minha integridade vale mais do que provar um ponto.”
Ela agradeceu à equipe criativa envolvida na nova imagem e também falou sobre o uso de IA na arte: “A inteligência artificial é uma caixa de Pandora que a sociedade já abriu. Mas é importante lembrar das consequências humanas enquanto aprendemos a usar isso como ferramenta, e não como substituto.”
A publicação terminou com um desabafo direto: “Apenas eu, me curando, em tempo real.”
Confira:
“Delusional” é o segundo single do álbum . (PERIOD), previsto para o dia 4 de julho e será o primeiro trabalho totalmente independente da artista, lançado pelo selo Kesha Records. Antes dele, a cantora já havia divulgado as faixas Joyride, Yippee-Ki-Yay e Boy Crazy.
E tem mais novidade: Kesha também revelou que mudou o título do seu álbum anterior. Antes chamado Gag Order, ele agora passa a se chamar Eat the Acid, mesmo nome de uma das músicas. Em um post emocionado, ela explicou o motivo: “Fazer esse álbum com o maior produtor vivo, Rick Rubin, foi o ponto alto da minha carreira e da minha vida pessoal. Ele me ouviu, se importou comigo, acreditou em mim e me respeitou. Só precisou de um bom homem.”
Ela ainda contou que Rubin sempre viu o disco como Eat the Acid, mas na época ela ainda estava imersa na dor e não conseguia enxergar com clareza.
Apesar do desempenho comercial mais baixo do álbum nas paradas da Billboard e de ter sido o último da sua antiga gravadora, RCA Records, Kesha vê agora tudo como parte do processo: “Naquele momento eu não conseguia entender, mas hoje tudo faz sentido. Aconteceu por uma razão. Confie no processo. Abra mão do controle. Deixe ir. Encontre Deus onde puder. Acredite em magia. Coma o ácido.”