A marca esportiva Adidas encerrou sua parceria com Kanye West por causa de seus comentários antissemitas, em uma medida que estima afetar seus resultados em até US$ 246 milhões (R$ 1,3 bilhões) somente este ano, informou a empresa nesta terça-feira 25/10.
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“Posso dizer coisas antissemitas – e a Adidas não pode me dispensar”, disse o rapper. Em um comunicado, a marca de tênis, referindo-se a West disse: “A Adidas não tolera antissemitismo e qualquer outro tipo de discurso de ódio. Os comentários e ações recentes de Ye foram inaceitáveis, odiosos e perigosos, e violam os valores da empresa de diversidade e inclusão, respeito mútuo e justiça.” Diante disse, Kanye West não é mais bilionário e teve seu nome imediatamente tirado da lista. Sem a Adidas, a fortuna de Ye é avaliada em US$ 400 milhões.
Kanye West que trabalhava com a Adidas desde 2013 em sua linha de tênis super caros e populares Yeezy, se achava intocável. Afinal, de 4% a 8% das vendas totais da Adidas vêm de produtos Yeezy, de acordo com o banco de investimentos Cowen. Para Ye, o negócio era ainda maior, correspondendo a US$ 1,5 bilhão de seu patrimônio líquido.
Mas as palavras de Ye colocaram a empresa alemã de roupas esportivas, com próprios laços nazistas remetendo a seus fundadores, na berlinda. O que se seguiu foi uma pressão ainda maior sobre a Adidas para cortar os laços com o rapper, já que sua série de comentários antissemitas foi condenada pelas principais camadas de Hollywood. Por semanas, a Adidas ficou em silêncio, exceto para dizer em 6 de outubro que sua parceria com Ye estava “sob revisão”.
A pressão sobre a Adidas aumentou depois que uma imagem foi divulgada no último fim de semana de uma faixa pendurada em um viaduto de Los Angeles dizendo “Kanye estava certo sobre os judeus”, acompanhada por um grupo de supremacistas brancos fazendo a saudação nazista aos motoristas. O grupo supremacista aparentemente estava se referindo ao tuíte “death con 3 on Jewish people” de Ye, que teve a conta no Twitter bloqueada [o termo deth con 3 é uma referência à expressão militar defcon, que classifica níveis de intensidade de ameaças à segurança nacional]. Outros comentários antissemitas o levaram a ser bloqueado no Instagram e centenas de milhares de usuários da rede social puxaram um coro pedindo para a Adidas dispensar Ye.
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