Foi acompanhando a irmã cantando em festivais da canção que Julia Zatt, de 21 anos, ganhou a inspiração e o sonho de ser cantora. A partir de uma história de amor cheia de altos e baixos, a jovem compôs as quatro canções que formam o EP “Moletom Roxo” (‘Não Liga’, ‘Respostas’,‘Tempestade’ e a faixa que dá título ao trabalho). O projeto chega nesta quarta-feira (8) às plataformas digitais, acompanhado do clipe da canção homônima produzido pela própria cantora.
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O EP, co-criado em parceria com o produtor Zak Beatz, ganha videoclipe com ajuda do amigo Yannis Martins e namorado Gabriel Kazmierczak”.
Julia Zatt foi cursar medicina na Polônia após decisão em família, mas a insatisfação em não fazer o que sonhava falou mais alto para a artista, que desde os 3 anos de idade já subia ao palco e, após dez meses, ela voltou ao Brasil para investir definitivamente na carreira de cantora e compositora. “Enquanto eu estava lá, era como se eu não me reconhecesse na vida. Eu realmente não estava feliz”, conta.
Como todo bom compositor, foram momentos amorosos conturbados que inspiraram as recentes composições de Julia. “O single ‘Moletom Roxo’ é sobre uma peça de roupa que meu namorado queria muito. É uma história que marcou nosso relacionamento e que só foi se resolver após uma separação dolorosa”, explica a cantora.
Ganhando repercussão nas redes sociais por meio de vídeos que abordam o tema da saúde mental, a gaúcha faz parte de uma cena musical que entende como tem funcionado o mercado e usa as diversas plataformas para cativar o público e manter contato com outros artistas da região, levando-a a integrar uma efervescente cena musical de novos talentos do sul do país, unidos por uma visão progressista, direcionando sua arte a quem precisa ser representado e acolhido em tempos de extremismo político.
A voz doce de Julia Zatt e a narrativa singela das composições chegam próximos do que pode ser ouvido nos dois primeiros álbuns da paulistana Tiê e da pernambucana Clarice Falcão, mas com roupagem moderna pop eletrônica/ lo-fi. “Eu ouço muita coisa, sobretudo divas pop, evito ter preconceitos musicais. Quero expandir as possibilidades da minha música e então, para “Moletom Roxo”, por exemplo, eu trouxe esse beat puxando para o lo-fi, com ruídos de fundo e voz abafada como se fosse um quarto em dia chuvoso”, explica.
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